Somente o necessário: Excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas
Publicado por Fatima dos Anjos em 21 dezembro 2013 às 23:59 em ECOLOGIA INTERIOR
Embora
as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem,
existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que
possuímos em excesso.
Aliás,
os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram
mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os
excessos só quando despertam a nossa consciência.
Comemos
em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado,
não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas),
nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de
preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em
geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas
continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos
falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida
mais franco, sincero e liberto.
Tudo
o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado.
Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com
as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram),
compromissos demais, pressa demais.
Todos
nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo
(sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar
nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o
mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de
costume.
Viver
melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão
maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das
hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.
Quem
está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de
coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com
muito menos!
Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...
Liberte-se
dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é
só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços
(consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria
existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com
compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é
verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo.
Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.
Nada
é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta
sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor.
Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com
pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só
sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se
desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta
deles, não se reconhecem.
Nunca
sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de
amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos
sempre bem.
Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio...
Fonte Blog de Wagner de Luca
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