sábado, 3 de outubro de 2015

O PENSAMENTO CONTROLA O AMBIENTE? OU O AMBIENTE CONTROLA O PENSAMENTO?

Publicado por Fatima dos Anjos em 2 outubro 2015 às 21:59 em O PODER DA MENTEBack to O PODER DA MENTE Discussions



A maneira como você pensa e a maneira como você sente produz o ESTADO DE SER. O que você pensou hoje? São cerca de 60.000 a 70.000 pensamentos por dia. Uau!!! Cada pensamento é capaz de produzir uma informação. Agora, de onde nascem os pensamentos? Ou melhor, quem ou o que está “estimulando” o surgimento de um pensamento? Por enquanto, vamos ficar com o ambiente e a luz. Você está conectado com o seu ambiente. O cérebro permite essa conexão.
O cérebro tem “fome” por informação e está prepado para isso. Os sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) conectam o cérebro com o ambiente. No caso da visão, a luz proveniente do ambiente estimula a retina e essa transforma esse estímulo em informação elétrica (potencial de ação) que leva essa informação ao cérebro. Está feito! Um estímulo do ambiente provoca o surgimento de um pensamento. Uma modificação interna chama a atenção para algo fora de você. Você está percebendo o mundo. Você é o sujeito da ação de perceber o mundo. A potencialidade de um pensamento concretiza-se em química no cérebro com os neurotransmissores em ação.
A mente é o cérebro em ação. Para onde você direciona sua atenção é para onde vai sua energia.
Em que você está colocando sua energia? Onde você está colocando sua atenção? Em que, no ambiente externo, está a sua energia/atenção? Quais os vínculos que você está criando com 0 ambiente? Quais as identificações que você está criando com os objetos externos? Facebook? Computador? Casamento? Crianças? Animal Doméstico? Chefe? Colegas de trabalho? Contas para pagar? Televisão? Livros? Vizinhos? Governo? Para onde está indo sua atenção? Para onde está indo sua energia?
Todas as vezes que você cria um vínculo com algo fora de você um pouco da sua energia é compartilhada. Igual, por analogia, quando um átomo de oxigênio liga-se a outro átomo de oxigênio compartilhando energia (elétrons) para formar a molécula de O2. Com toda a sua atenção no ambiente fora de você, há tempo para você prestar atenção dentro de você?
Prestar atenção em seus pensamentos?
Prestar atenção em seus sentimentos?
Acredito que não. Tudo esta em programação automática. “Rodamos” essa programação feita há alguns anos. Difícil mudar essa programação? Como a nossa atenção está fora de nós, não conseguimos identificar os vínculos entre pensamentos, ações e sentimentos. Estamos sendo nós mesmos. Para mudar, para realmente mudar, precisamos nos tornar “alguém” a mais do que somos hoje. Precisamos nos tornar familiar com os aspectos não conscientes dentro de nós. Descobrir essa programação automática. Preciso explicar a vocês como fazer isso. Vamos devagar com as informações.
Como vimos no post anterior, nosso cérebro está conectado com o ambiente. Cérebro e ambiente conectados. Pensamento e ambiente conectados. O cérebro “grava” as informações do ambiente. Aqui cabe uma pergunta: O pensamento controla o ambiente ou o ambiente controla o pensamento?
O ambiente, segundo os estudos da genética, é capaz de sinalizar nossos genes e, inclusive, o consideram (o ambiente) como uma das causas de doenças. Como será que ocorre esse processo de sinalização? Um ambiente adverso provoca uma alteração interna. O cérebro conectado ao ambiente através dos sentidos altera-se internamente. Uma sequência de neurônios, um padrão de disparo entre as sinapses, uma combinação específica produz uma química específica (neurotransmissores) que estimula o “segundo andar” cerebral (cérebro límbico) a liberar neuropeptídeos que, por sua vez, informam ao corpo através de centros hormonais (circulação sanguínea) e tronco cerebral (sistema nervoso autonomo). Esta feita a alteração interna.
O ambiente estimulou essa alteração. É essa química produzida pelo pensamento que irá sinalizar os genes a produzirem aquilo que fazem de melhor: sintetizar proteínas.
O ambiente permite surgir um pensamento, que produz uma experiência que , por sua vez, provoca uma emoção/sentimento (que possui um “teor” informacional, uma determinada energia de informação) que sinaliza nossos genes. Esses sintetizam proteínas que permitem o funcionamento da vida. Esse processo é o ambiente controlando nossos pensamentos. Essa é a lei de causa e efeito newtoniana. Algo externo a mim “causa” um “efeito” dentro de mim. Isso é tudo? Hummmmm. Isso é parte da equação, mas não é a equação completa. Vocês acreditam, em algum nível, que o seu pensamento pode “causar” um “efeito” na sua vida, fora de você?
Na mecânica newtoniana podemos afirmar que o ambiente provoca uma alteração interna. O pensamento conduz a formação de uma emoção que, por sua vez, chama a atenção para o que está acontecendo no externo. O que está acontecendo fora de mim?
Esse “chamar a atenção” faz a a nossa atenção” voltar-se para o “externo”. É a clássica lei de causa e efeito. O ambiente controla o pensamento. Dessa maneira, estamos reagindo ao ambiente e não temos nenhuma chance de modificá-lo ou controlá-lo. Somos vítimas daquilo que está fora de nós. Isso acontece quando estamos identificados com o ambiente.Quando colocamos nossa energia (atenção) no externo. A rotina provoca isso. Fazer as mesma coisas todos os dias, repetidas vezes, provoca os mesmos tipos de pensamentos, as mesmas escolhas, as mesmas experiências, as mesmas emoções/sentimentos que irão sinalizar os genes a trabalharem da mesma forma.
Dessa maneira está traçado o seu destino genético. A rotina faz 0 cérebro pensante dormir e o corpo (nossa mente subconsciente) assume o comando.
O corpo, com seus programas automáticos, conquistados naquela sequência pensar-fazer-ser assume a maestria. Ele foi ensinado a fazer isso. Passamos a acreditar que o ambiente controla nossos pensamentos. O cérebro não muda. Todos os dias produzimos as mesmas coisas baseadas nas mesmas informações passadas. Não consigo “criar”nada novo. O ambiente não muda, meu cérebro também não muda. Houve uma identificação com o ambiente. Pensamos “dentro da caixa”. Pensamos apenas com aquilo que é conhecido. Criamos o mesmo todos os dias, perdemos a noção da habilidade inata de criatividade. Criamos reações emocionais ao ambiente. Aqui está uma compreensão importante no processo de transformação: reações emocionais. Percebam que elas estão sempre no passado. Você memoriza emoções da mesma forma que memoriza conhecimento. As vezes insistimos em trazer o passado todos os dias em nossas vidas. É o passado que não passa.
Com a nova visão quântica da realidade, podemos retomar a criatividade hibernada e voltarmos a tentar criar um futuro melhor para todos nós. Será que podemos? Será que meu cérebro permite eu pensar em algo antes desse algo acontecer e eu sentir como se já estivesse acontencendo?
A neurociência afirma que é totalmente possível. O cerebro não diferencia uma experiência que já aconteceu de uma experiência que esta acabando de acontecer e de outra que ainda vai acontecer. A química produzida em qualquer uma dessas três situações é a mesma.
A sequência de redes neurais disparadas em qualquer um dos processos é a mesma. Olha que conhecimento fantástico?! Nosso cérebro não diferencia realidade de imaginação. Essa compreensão é muito importante.
Isso permite sinalizar nossos genes de uma forma diferente. Criarmos uma vida diferente. Irmos além do ambiente, isto é, superarmos nosso ambiente ou de outra forma, sermos maiores que nosso ambiente.
Pensar diferente, aprender algo novo, produz uma alteração na sequência de disparos neuronais, cria uma nova conexão cerebral, produz uma nova química cerebral, possibilita uma nova escolha, uma nova esxperiência e uma nova emoção/sentimento que, por sua vez, produzirá uma nova informação aos genes.
Uma modificação interna é capaz de literalmente causar um efeito no externo. Com essa nova visão, você cria a sua própria realidade. Uma visão de mundo mais ampla, mais abrangente. Por que esse raciocínio é importante? A lei de causa e efeito newtoniana funciona, mas não inclui tudo em sua equação. Uma alteração dentro de mim é capaz de provocar um resultado fora de mim? Isso é possível?
A neurociência afirma que isso é totalmente possível. Como acontece esse processo? As vezes é difícil mudar o ambiente externo, mas é totalmente possível mudar o que esta dentro de nós.
Mudando o que está dentro de nós “causa” um “efeito” fora de nós. Temos o Lobo Frontal que torna tudo isso possível. O pensamento controla o ambiente. O pensamento sinaliza os genes. Vamos aprofundar esse processo. Estão comigo ainda? Momento para a água! Podem ir beber água refletindo sobre as informações. Retome a leitura em seguida.
Vamos adiante? Estão comigo?
A maneira como eu penso e maneira como eu sinto, repetidas vezes, produz o que chamamos de Estado de Ser. O Estado de Ser “transmite” a sua energia para o campo quântico. É a sua assinatura energética. É a maneira como estabelecemos essa comunicação. O campo quântico responde de forma inteligente “produzindo” as mesmas infomações que você está transmitindo.
O campo quântico possui quantas possibilidades? Infinitas.
O que estou “transmitindo”? Qual o “teor energético da minha informação ao campo quântico? Alegria? Tristeza? Sofrimento? Culpa? Gratidão? Ressentimento? Ternura? Amor? Ódio? Raiva? Admiração pela vida?
Todo esse teor informacional carrega uma energia. Todas essas informações tem um correspondente químico (moléculas da emoção – ligante/receptor).
A circulação dessa energia (informação) chegam as células e informam (sinalizam) os genes. Agora os genes sabem o que fazer. Perceberam a importância do pensamento? Perceberam a potencialidade que temos em nossas mãos? Perceberam que estamos cada vez mais valorizando os aspectos internos com sendo absolutamente reais e participantes da nossa realidade? Perceberam? A maneira como eu penso pode sim provocar algum efeito em minha vida. Pode, inclusive, mudar o meu corpo (produzindo proteínas saudáveis). Pode superar o ambiente por mais adverso que ele possa ser e pode também superar o tempo. Ir além do tempo.
Terá continuação…
Abraços fraternos
Dr Milton Moura

Nenhum comentário: