terça-feira, 16 de abril de 2013

Lições difíceis

Doenças e dificuldades nos trazem uma lição. Nossas experiências dolorosas não foram feitas para nos destruir, mas para incinerar nossas impurezas e nos apressar, na nossa volta ao Lar. Ninguém está mais ansioso pela nossa libertação do que Deus.
A cortina-de-fumaça da ilusão se interpõe entre Deus e nós, e Ele lamenta que O tenhamos perdido de vista. Ele não gosta de ver Seus filhos sofrerem tanto - morrendo por causa de bombas que caem, de doenças terríveis e de hábitos de vida errôneos. Deus lamenta isso tudo, pois nos ama e no quer de volta. Se pelo menos você fizesse o esforço, à noite, de meditar e estar com  Ele... Ele pensa tanto em você... Você não foi abandonado. Foi você quem abandonou seu verdadeiro Ser.
Quando você toma as experiências da vida por instrutores e aprende com elas a verdadeira natureza do mundo e o papel que você desempenha nele, essas experiências se tornam guias valiosos para chegar à satisfação e à felicidade eternas.
Em certo sentido, a infelicidade é sua melhor amiga, porque o impulsiona a buscar Deus.
Quando você começa a ver claramente a imperfeição do mundo, começa a procurar a perfeição de Deus. A verdade, é que Deus está usando o mal, não para nos destruir mas para nos desiludir de Seus brinquedos, das distrações deste mundo, de modo que possamos buscá-Lo.
O desalento não é senão a sombra que projeta a mão da Divina Mãe, quando se estende para acariciar. Não se esqueça disso. Às vezes, quando a Mãe vai acariciá-lo, Sua mão produz uma sombra, antes de tocá-lo. Desse modo, quando as dificuldades chegarem, não imagine que Ela o está punindo. Sua mão, que projeta sombra sobre você, detém uma bênção, ao estender-se até você para trazê-lo para mais perto Dela.
O sofrimento é um bom professor para os que aprendem com ele, rapidamente e de boa vontade, mas torna-se um tirano para os que resistem e se ressentem.
O sofrimento pode nos ensinar quase tudo. Suas lições nos estimulam a desenvolver discernimento, autocontrole, desapego, moralidade e consciência espiritual transcendente. Uma dor de estômago, por exemplo, nos diz para não comermos em excesso e prestarmos atenção ao que comemos. A dor resultante da perda de riquezas ou de pessoas queridas nos lembra a natureza temporária de todas as coisas neste mundo de ilusão. As consequências das ações errôneas nos impelem a exercitar o discernimento.
Por que não aprender por meio da sabedoria? Dessa maneira você não se submeteria à dolorosa disciplina - desnecessária - desse rude capataz: o sofrimento. O sofrimento é causado pelo mau uso do livre-arbítrio. Deus nos deu o poder de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. Ele não quer que tenhamos de enfrentar infortúnios, mas não vai interferir quando optarmos por ações que levem à infelicidade.
Yogananda

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