sábado, 28 de maio de 2011

abrindo os olhos

Quando não há mais nada a ser dito, silencia.

Quando não há mais nada a ser feito, permita apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agir.

Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranqüilidade, descansa e refaz tua energia. Não há pressa, a prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.

Quando o vazio instalar-se em teu peito dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado. É necessário descobrirmo-nos em tais estados para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável. Tudo pode ser mudado. Existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.

Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saiba que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes de tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.

Não te preocupes. Se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver.

Confia e vai em teu caminho de paz. Nada é mais gratificante do que ver alguém emergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.

Ela sempre esteve presente.

Era só abrir os olhos.

(Autor desconhecido)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Filhos são como navios…

Ao olhar um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas. E haverá muita gente no porto feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS. Estes tem nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.
Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:
HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.

A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL PRA BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar nos que os pais conquistaram. Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
QUEM AMA EDUCA!
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS!”

Içami Tiba

sábado, 21 de maio de 2011

Texto comovedor de Gabriel Garcia Marques

Gabriel Garcia Marquez retirou-se da vida pública por razões de saúde: Cancro linfático. Agora, parece que é cada vez mais grave. Enviou uma carta de despedida aos seus amigos que, graças à Internet, está a ser difundida. A sua leitura é recomendada porque é verdadeiramente comovedor este texto escrito por um dos Latino-americanos mais brilhantes dos últimos tempos.

"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada
minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que
nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia
que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens... Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido
aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me
Guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer..."
GABRIEL GARCIA MARQUEZ

quinta-feira, 19 de maio de 2011

a metáfora da luzinha

A metáfora é a linguagem do inconsciente, desperta um sentimento que o leva direto ao coração, este, sem necessidade de descodificações complexas da linguagem verbal,
reconhece de imediato. Não estranhe se um sentimento de saudade invadir seu ser, uma saudade não sei bem do que.
Imaginem que voltassem no tempo rapidamente, antes de Cristo, antes dos dinossauros, antes da existência do Planeta Terra, antes da formação do nosso sistema solar e de todos os outros. Antes da existência de todas as coisas no universo.
Tudo que existia era Luz, muita e muita Luz.
Certa vez uma pequenina parte da Luz, chamada Luzinha, perguntou a outra porção de Luz Chamada Mãe Luz. “O que é ser Luz?” “Como posso saber o que é ser Luz se tudo a minha volta é igual a mim?”
A Mãe Luz percebeu a dúvida da Luzinha, não existia a dualidade, nós humanos só sabemos o que é quente porque existe o seu oposto frio, só sabemos o que é alto porque existe o seu oposto baixo. Mas naquela época ainda não havia a dualidade tudo apenas era o que era.
A Luzinha precisava de um lugar onde existisse o oposto do que ela é para que compreendesse a intensidade de seu ser.
Então a Mãe Luz movimentou-se muito depressa, afastou-se de si mesma e criou um espaço vazio em meio a Luz, um espaço onde não existia Luz. E colocou a Luzinha bem no meio deste vazio, explicando-lhe: “O oposto da luz é a falta dela, que causa esse vazio escuro.” “Criei este espaço, minha querida, onde você poderá perceber, através da experiência prática, o que é ser Luz. Se você escolher fazer essa experiência, terá que perder momentaneamente a consciência do que é. Terá apenas que ser você mesma, encontrar a essência do seu ser. Sei que parece fácil, mas já vou te prevenir que por falta desta consciência você criará um mundo de ilusão e se perderá nela.
É como se você estivesse em um cenário de um filme e fará vários personagens, tantos quanto necessários para conhecer o que é constante, ou seja, a essência do que realmente é.
Outras Luzes, suas irmãs, também escolherão fazer essa experiência, mas vocês não se reconhecerão, pois não terão consciência de quem são, nem de quem suas irmãs são, isso as fará ter a impressão de estarem sós, mas na realidade, nunca estarão sós. Eu estou a toda volta e estou zelando pela vossa experiência. Os observarei sem julgar, mas intervirei sempre que pedirem por minha ajuda e saberei reconhecer vossos sinceros esforços no caminho da Luz. E farei grandes festas com muita alegria para
comemorar cada passo que vocês derem em direção a casa. Cada um fará a seu tempo e escolherá as experiências que achar necessária.
Assim, vocês viverão livremente e a medida que forem tendo consciência de si mesmas irão se aproximando cada vez mais mim, que os espero amorosamente.
Poderão me contactar sempre que quiserem, mas primeiro terão que se lembrar que eu estou em você e que enquanto vocês se experimentam e entre tantas opções escolhem a luz, eu brilho ainda mais. Entendam que eu me experimento através de vocês, porque nós somos unificados, na verdade, não existe separação entre vocês e eu, e nem entre vocês mesmos. Eu sou vocês e vocês sou eu, somos todos parte do mesmo todo.
Por isso terão que relembrar o caminho para encontrar a vocês mesmos.
O Filme só termina quando voltarem para casa, será fantástico o seu retorno, você, na verdade, nem terá se movido. Quando retomar a consciência de que você é Luz e que não há separação entre eu e você, e entre você e as outras luzes que escolheram partir para essa experiência.
Todo o espaço vazio que eu criei para vocês se experimentarem ficará imediatamente repleto de luz e o cenário criado deixará de existir, pois ele é apenas uma ilusão criada com a finalidade de vocês terem consciência de quem são.
Enfim… aqui estamos nós, limitados pelo cenário ilusório que criamos, como se ele fosse a única realidade possível. Cada um de nós é essa Luzinha que veio do Todo para um cenário ilusório para experimentar o quanto é fantástico ser o que somos.

Bárbara Oliveira