sábado, 26 de maio de 2018

A Libertação do egoísmo

Nos pequenos círculos, o encontro com a alma do outro pode despertar o amor e respeito a uma pessoa amada, aos filhos, amigos próximos ou mesmo aquele que desinteressadamente nos estende a mão… tirando sutilmente o nosso foco egocêntrico do propósito de dar satisfação apenas a nós mesmos, trazendo assim um olhar compassivo e altruísta para o outro ser humano.

A LIBERTAÇÃO DO EGOÍSMO E DA SUBMISSÃO ÀS FORÇAS INSTINTIVAS

Dentro do processo evolutivo do ser humano, o ser humano passa por processos de superação e domínio de certas forças que atuam nele e o guia nos estágios primitivos de seu desenvolvimento.

Algumas delas são bem simples de se identificar, o que não quer dizer que é fácil superá-las, como as forças instintivas e o apego ao prazer e às percepções sensoriais.

Superar e dominar não quer dizer negar ou suprimir, mas transcender, fazer com que nossa consciência individualizada não seja suprimida por elas. É um processo de maturação, onde consigo dominar estes impulsos e não ser apenas guiado por eles.

O homem primitivo é guiado por seus impulsos e instintos básicos… quase como um animal que segue seus instintos básicos de sobrevivência e perpetuação da espécie. É conduzido de forma muito inconsciente pelas forças de mente coletiva. É o princípio animalesco das relações humanas.

Logo este processo intensifica o desenvolvimento do ego, para separação do EU das forças coletivas, ou seja, impulsiona a percepção do ser humano para si próprio, para a percepção de que é uma entidade separada do todo, única e individual… obviamente isto nos leva a uma fase egoísta, porém essencial para que esta percepção aconteça: se não consigo me compreender, como posso compreender o outro?

Nessas fases, a realização pode se vincular a um nível mais superficial, como percepções sensoriais: consumo, sexo, entorpecimento (alcool e outras drogas), diversão, a busca por um parceiro emocional e etc… tudo que pode nos traz prazer e satisfação e realização de meus desejos…

Logo, dentro de nossas relações humanas, perceberemos que nossas necessidades e interesses são singulares, não são iguais a de todos. O meu modo de pensar é diferente, e existe uma necessidade de aceitação social, de ser reconhecido.

Em muitos casos, o ser humano dá uso à sua vida na Terra com o único propósito de dar satisfação a si mesmo, na única experiência de intensificar o seu próprio ego egoísta… neste caso o ego pode buscar status social e poder, sobrepujar os outros, quer ser melhor, mais importante e idolatrado. Essa força do ego passa a ser tão grande que não se importa com os outros, apenas nos seus próprios interesses. Para atingir seus objetivos, não se importará com o sofrimento alheio, pois está tão mergulhado em si próprio que se torna incapaz de sentir empatia, amor ao próximo…

Daí podemos compreender a tirania, arrogância e desejo pelo poder de muitos que estão em altos cargos dos governos, em grandes empresas ou mesmo que herdam um grande “status” a partir de condições financeiras favoráveis de suas famílias e etc… seu poder pode subjugar as pessoas e se sentem superiores aos demais. Muitas vezes chegam a estas posições a custa de muito muito sofrimento alheio e não hesitarão em manter essa corrente em prol da manutenção de seus privilégios ou para alcançar seus objetivos particulares.

Para quebrar essas correntes, existe algo muito simples que é a base do sentido de Humanidade: as relações humanas. A lei do carma coloca as pessoas em contextos que crie condições favoráveis para a transformação pessoal. Haverão os encontros com as pessoas que despertarão a semente da compassividade, do amor e do respeito. Isso pode se dar em seus pequenos círculos, despertando esses sentimentos ali para que possa aos poucos crescer e abarcar toda a humanidade. Nesses pequenos círculos, o seu encontro com a alma do outro pode despertar o amor e respeito a uma pessoa amada, aos filhos, amigos próximos ou mesmo aquele que desinteressadamente lhe estende a mão… tirando sutimente o seu foco egocêntrico, do propósito de dar satisfação apenas a si mesmo, trazendo assim um olhar compassivo e altruísta para o outro ser humano.

Leonardo Maia

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Invocando a Luz Divina

por: Fatima dos Anjos


EU,........, um Ser de Luz encarnado no Planeta Terra
Me expressando a partir do Raio de Sabedoria e Amor
Vivenciando experiências terrenas junto com todos os meus irmãos que escolheram estar encanados neste momento de Transição Planetária.

Invoco toda a Supremacia Divina, na expressão das Chamas Sagradas da Infinita Perfeição de Deus, para se manifestar agora no Planeta Terra.

Peço que a alquimia do Fogo Sagrado de toda a Energia Transformadora se manifeste para transmutar, purificar, limpar, curar, todas as manifestações inferiores da mente coletiva que traz ódio, intolerância e desamor que estejam se manifestando contrário aos desígnios divinos da evolução desta civilização.

Clamo a Misericórdia da Mãe Divina na expressão do Amor Sabedoria que se manifeste ativando a Chama Trina em nossos corações, para que possamos despertar da ilusão da separação, para que assim possamos vivenciar a consciência de união e nessa luz ver se manifestar aqui na Terra o Reino de Paz, Luz e Amor.

Que a Chama da Misericórdia e do Amor Divino se manifestem em todo seu esplendor para Apoiar nossas Missões e Caminhos designados pelo nosso Contrato de Alma com o Grandioso Espírito do Universo.

Investidos e conscientes do Poder e a Sabedoria do Universo, na consciência de união, nos tornaremos a Força do Criador em cada projeto à Alcançar.

Com a Alegria em nossos corações, investidos do Poder e Criatividade Divina, expandiremos Amor e a Luz para o Bem Maior de Tudo e de Todos.

Eu, ....... creio e assim é.

Com o Amor Crístico ativado em meu coração, envio à Toda a Humanidade " Todos os Seres Sencientes", vidas deste Planeta Frequências Sagradas de Amor e Luz para o Despertar Pleno e Completo.
Eu Sou agora, me expressando a partir do Raio de Amor Sabedoria.
Eu Sou Luz, Amor e Paz!
Eu Sou Alfa e Ômega!
No Amor e na Luz EU SOU FATIMA DOS ANJOS
Gratidão. Gratidão. Gratidão.
Está feito.
Amém.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

O VERDADEIRO PROPÓSITO DA PRÉ-ESCOLA


“Qual é o verdadeiro propósito da educação afinal? Há muitas questões embutidas nesta pergunta. Queremos dizer o propósito de um sistema educacional? Uma educação individual? O objetivo de uma maior aprendizagem e como esse propósito se desloca por graduação
ou da infância à idade adulta?”
De acordo com o experiente educador Waldorf Kasea Myers, a resposta para todas essas questões – o propósito da educação e do aprendizado – é abrir uma pessoa para todas as maravilhas da vida.

Vivemos para aprender e aprender a aprender é o propósito da educação. Portanto, o maior objetivo da escola é inspirar o amor pela aprendizagem, para que os alunos se mergulhem nas questões com uma genuína curiosidade e reverência que persiste para produzir uma vida rica e gratificante.

Myers diz: “A educação é vida. Não apenas a escola. Aprendemos até o dia em que morremos. Nossa educação, nossa escolaridade, deve nos ensinar os fundamentos – o amor a si mesmo, o amor aos outros e o amor pela comunidade. Como educadores, devemos inspirar engajamento e entusiasmo pela vida”.

Para os educadores Waldorf, como Myers, a primeira infância, nossos anos de pré-escola e jardim de infância, são o momento mais essencial para estabelecer esse engajamento e entusiasmo pela aprendizagem. Isso é feito naturalmente, e de forma apropriada ao desenvolvimento, através do aprendizado experiencial, que às vezes é simplificado demais pela palavra “brincar”, embora seja muito mais. Por outro lado, a maneira mais fácil de diminuir o entusiasmo e desativar um jovem aprendiz é através de um ambiente bidimensional de aprendizado e leitura.

Existe uma idade e um ambiente adequados para os conteúdos acadêmicos, mas não é o pré-escolar e o jardim de infância. Myers gosta de usar o exemplo de aprender sobre a palavra maçã. Quando alguém diz a palavra “maçã”, o que vem à mente? Para alguns, é uma imagem do desenho de uma maçã. Ou talvez até mesmo um papel com a palavra maçã nela. Para outros, pode ser uma maçã em uma mesa ou na mão ou na boca. Myers argumenta que esta experiência instantânea com a idéia de “maçã”, provavelmente decorre de nossas primeiras experiências com o aprendizado sobre a própria fruta.

“Na pedagogia Waldorf, tomamos tempo na pré-escola e no jardim de infância para inspirar amor e engajamento de inúmeros relacionamentos com sons e imagens. É um trabalho profundamente holístico e se concentra na qualidade, que então crescem para conteúdos como matemática e artes da linguagem acadêmicas. Nós inspiramos o futuro envolvimento acadêmico de dentro para fora”.

O que significa que, na sala de pré-escola e jardim de infância de Waldorf, os estudantes Waldorf seguram as maçãs, ajudam os professores a cortá-las, comê-las, a assar com elas e até vê-las crescerem em uma árvore … tudo antes de lhes serem ditos que a maçã começa com a letra “M ” com o som “mmmm”.

“Esta é uma conexão essencial para uma aprendizagem mais profunda”, diz Myers, “celebrar a maçã e sua fonte, a árvore, para desenvolver cuidados e amor por isso, antes de aprender intelectualmente sobre frutas e botânica. O fundamento do amor e a celebração da aprendizagem a partir do nosso programa de primeira infância criam o relacionamento curioso e maravilhoso que precisamos para realizar uma vida de aprendizado mais profundo que nos transporta através de tópicos “específicos”.

Então, isso é tudo? Apenas ensinar as crianças a amar a vida, divertir-se, brincar e se envolver com entusiasmo? Alguns pais pensam que isto está bem para crianças de três e quatro anos, mas se preocupam quando chegam a cinco e seis anos de idade e não estão mergulhando ainda no ensino intelectual.

Myers argumenta que, enquanto esta base fundamental de engajamento e entusiasmo está sendo estabelecida, isto está apoiando uma miríade de oportunidades de aprendizagem diárias essenciais na primeira infância. E acelerar este processo em favor da aprendizagem bidimensional é um erro feito com enormes consequências.

“Nossos cinco e seis anos de idade precisam desse último ano de aprendizagem experiencial. Eles têm um trabalho importante a fazer. É essencial que as crianças não sejam apressadas de uma aprendizagem construtiva, intrinsecamente motivada e imaginativa no último ano da educação inicial. Se eles são apressados em uma experiência acadêmica bidimensional, perderão para sempre a oportunidade de desenvolver os caminhos neurológicos e conexões de que precisam para uma aprendizagem acadêmica mais profunda na graduação”.

Ela esclarece dizendo: “Neste seu ano de jardim de infância, é o ano em que eles constróem resistência suficiente para mergulhar no complicado e detalhado mundo das relações, de histórias mais complexas e construção de mais caminhos e conexões no cérebro: capacidade de atenção, controle de impulsos, habilidades sociais e desenvolvimento de estima pessoal … para citar apenas alguns. Intelectualizar muito cedo significa que essas oportunidades de aprendizagem são perdidas para sempre “.

Fonte: The Waldorf School of Philadelphia

Tradução: Leonardo Maia

quarta-feira, 23 de maio de 2018

AS CRIANÇAS DOS QUATRO TEMPERAMENTOS

Quando notamos num indivíduo a predominância de um “temperamento”, a causa mais íntima é, via de regra, uma falta de harmonização entre as duas correntes que compõem sua personalidade total, isto é, a reencarnação e a hereditariedade.
Convém deixar bem claro que é raro encontrar um indivíduo que represente um determinado temperamento de forma pura.

Em geral, coexistem nas pessoas traços de dois ou mais temperamentos. Na caracterização a seguir, procuramos descrever os tipos mais ou menos “puros”.


SANGUÍNEO – AR

A criança sangüínea pode também ser chamada de “aérea”. Seu corpo leve e ágil parece viver acima do chão. Nunca pára durante muito tempo, seus movimentos consistem em pulos; quando cai, não chora senão durante alguns segundos para logo voltar à alegria, que é seu estado predominante. Assim como não põe os pés firmemente sobre o chão, tampouco se fixa a uma ocupação. Da mesma forma, não se prende durante muito tempo a uma tarefa.

É geralmente inteligente, mas carece de perseverança e de concentração. Não gosta de comida pesada, e tem uma predileção por alimentos azedos e picantes Adormece facilmente e acorda rapidamente. De modo geral, sentimos nela um predomínio do elemento aéreo, isto é, dos processos da respiração e circulação. Em casos extremos, seu caráter tem uma tendência doentia para a superficialidade e para interesses fúteis. Não é pela força que o adulto consegue dominar esse temperamento. Ele tentará prender o interesse da criança sangüínea a uma ocupação ou a uma pessoa através de uma inclinação afetiva. Se ela for tomada de um verdadeiro amor, fixar-se-á mais demoradamente no objeto de sua afeição.

Convém lembrar que a infância em geral tem algo sangüíneo em comparação com as outras idades. É uma característica da criança não ligar-se com extrema seriedade àquilo que a circunda. A alegria e uma inconstância graciosa – lembrando um pequeno passarinho – são qualidades que, mantidas dentro de certos limites, sempre nos sensibilizam, provindas de qualquer criança.

MELANCÓLICO – TERRA

O temperamento melancólico é, em todos os sentidos, oposto ao sanguíneo. Em vez da leveza e da alegria, temos o peso e a tristeza. A criança melancólica foge ao contato com o mundo ambiente. Ela cria dentro de si um mundo imaginário em que gosta de se isolar, embora esteja, no fundo, ávida e afeição e de compreensão. Seu próprio corpo parece ser um fardo.

Seus movimentos são lentos e desajeitados, contrastando com a agilidade da criança sangüínea. Por isso, a criança melancólica não é, em geral, facilmente aceita pelos colegas; isso reforça sua tendência à solidão e ao ensimesmamento. Não tendo contatos fáceis com o mundo real, ela cria dentro de si um mundo imaginário onde lhe cabe o lugar de honra e de destaque que não consegue ocupar na vida: a criança se transforma em herói, em princesa, em autor de infinitas proezas.

O ensimesmamento conduz a um egocentrismo exagerado. Como o corpo não é dominado pela criança, ele se transforma em algo pesado e hostil. A criança melancólica tem uma tendência para doenças, qualquer dor ou mal-estar a arrasa, e ela se compraz, de certa forma, no papel de um pequeno mártir. Sua sensibilidade, tanto física como psíquica, é extrema.

O melancólico come pouco e sofre, muitas vezes, de problemas de digestão. Em compensação, gosta de doces e de balas. Sua vontade é fraca, ele leva muito tempo para acordar, e adormece com dificuldade. Em geral, a criança melancólica tem horror ao frio, aos exercícios físicos, aos jogos violentos.

A amargura diante da vida reflete-se na denominação deste temperamento: melancolia significa a presença de “bílis preta”. A melancolia só pode ser superada por muito calor: seja pelo afeto e compreensão que vem de fora, seja por um calor da alma que nasce quando a criança tem a sua atenção desviada para outras pessoas que sofrem ainda mais do que ela própria. Daí o seu pendor para contos tristes e sentimentais. Em vez de exercícios esportivos violentos, convêm fazê-la participar de movimentos rítmicos e musicais; sua arte preferida, aliás, é a música.

Enquanto o temperamento sangüíneo está relacionado com o elemento “ar”, o melancólico tem grande afinidade com o peso da matéria sólida, isto é, com o elemento “terra”.

COLÉRICO – FOGO

Não é difícil nos convencermos da ligação entre o temperamento colérico e o “fogo”. A criança colérica é em geral pequena e atlética. Seus membros são curtos, a nuca forte e grossa, de modo que todo o corpo contém algo da força concentrada e retida de um touro. Mas esse período de concentração não dura muito. À primeira ocasião, o colérico “estoura” numa atitude de violência descontrolada fora de proporção com a causa do incidente.

Uma vez terminado o acesso de raiva, o colérico será o primeiro a lamentar seu comportamento, e tomará as melhores resoluções – até a próxima vez.

É nesses intervalos que o colérico é acessível; tentar retê-lo ou argumentar com ele durante a explosão é inútil e serve apenas para torná-lo ainda mais furioso. Mas, nos intervalos “normais”, ele sofre da sua falta de autocontrole. Em geral, seu temperamento tem também muitos aspectos positivos: é uma criança responsável, perseverante, corajosa e aplicada. Nem sempre aprende com facilidade, mas sua energia é dirigida tanto a ela própria quanto ao mundo exterior. Todo o seu ser é dominado pela vontade, e ela joga toda a sua personalidade para realizá-la. O colérico é o líder nato; seus conceitos de moralidade são simples e, às vezes simplistas: o mal tem de ser contido com toda a energia.

O tratamento do temperamento colérico requer muita paciência e compreensão. Reagir com violência apenas faz a situação piorar.
A melhor maneira de canalizar o excesso de forças represadas consiste em impedir o represamento: exigir da criança colérica grandes esforços físicos, até o limite da sua capacidade. Convém até colocá-la em situações em que suas forças são insuficientes para levar a cabo uma tarefa, nesse caso, ela será tomada de um sentimento benfazejo de vergonha, ao constatar que não é o “tal”, vencedor de todos os obstáculos.

Como o colérico faz questão de ignorar qualquer acesso de sentimentalidade, outra abordagem deste temperamento difícil e complexo consiste em desenvolver nele sentimentos de carinho e amor. Se o colérico encontra ideais e objetos elevados para sua veneração, seu autocontrole será mais fácil. Nunca se deve tratar coléricos com ironia ou críticas mesquinhas, pois atrás das aparências duras e violentas, em geral se esconde uma alma delicada e sedenta de carinho.

FLEUMÁTICO – ÁGUA

Na criança fleumática observamos uma nítida preponderância dos processos “viscerais”, isto é, do elemento “água”. O corpo gorducho, a sonolência quase crônica, a falta de interesse para com o que acontece ao seu redor, indicam que o fleumático está absorvido por seus processos metabólicos. Vive num sonho constante, do qual detesta ser tirado. Sua fantasia é medíocre, mas, em compensação, ele é muito ordeiro e perseverante.

Aliás, seria errado considerar no temperamento fleumático apenas os lados negativos. A constância dos sentimentos conduz a uma bondade em relação aos colegas, e a uma fidelidade fora do comum. Atrás da impassividade da sua expressão esconde-se muitas vezes uma inteligência prática considerável, e a lentidão em captar impressões e conhecimentos novos é compensada pela perseverança, pela calma e pelo espírito metódico.

O fleumático também é um introvertido; mas ele não sofre disto, como o faz o melancólico; ele aprecia não ser incomodado. Grande parte da sua atenção se concentra na comida e na alimentação – primeira fase dos processos metabólicos que predominam seu temperamento. Nas atividades artísticas, aparece freqüentemente um senso estético bem desenvolvido; contudo, a força do fleumático estará menos na inspiração genial do que na execução esmerada e na regularidade de exercícios.

O tratamento do fleumático consiste principalmente em despertar-lhe a consciência e a atenção. Como tem tendência para dormir muito, devem-se reduzir as horas de sono. Em vez de sopas, pudins e doces que ele adora, convém aumentar o consumo de frutas, saladas e alimentos bem salgados. De modo geral, é preciso lutar contra a gordura e exigir movimentos físicos.

Em geral, o professor terá em sua classe um equilíbrio entre os quatro temperamentos. Sua arte consistirá em atingi-los todos de maneira igual. Se ele se dirige de preferência aos alunos de um determinado temperamento, os outros vão criar-lhe problemas sérios. Donde a necessidade de atuar sobre todos. Esta capacidade deve ser desenvolvida, pois o professor terá, graças à sua própria índole, uma instintiva propensão para um ou outro temperamento.

Um dos meios recomendados por Rudolf Steiner consiste em agrupar os alunos na sala de aula conforme os temperamentos, sentando-os juntos. Desse modo os sangüíneos, por exemplo, ficariam mais calmos, cansando-se mutuamente com sua turbulência; e os fleumáticos, exasperados pela indolência dos seus respectivos vizinhos, ficariam mais “nervosos” dentro das suas possibilidades.

De qualquer forma, o conhecimento dos vários temperamentos ajuda o professor a compreender os alunos e seu comportamento.

Rudolf Lanz

Fonte: Perfil da Vovó Lupo no Facebook