domingo, 31 de agosto de 2014

Conhecimento sem amor

O mestre, recolhido em meditação, semelhava-se a uma flor de lótus em pleno desabrochar.

Ensinando, o canto da sua voz evocava o cicio da brisa nas folhagens umedecidas pelo sereno da noite.

Os discípulos, à sua volta, entemeciam-se, aprendendo a conquistar o caminho da elevação.

- Vinde comigo - propôs-lhe um dia, o homem santo - e eu vos mostrarei a Lei de Justiça trabalhando as vidas rebeldes.

"Aquele cego recupera, na sombra, o mau uso da visão em outra vida.

"Este paralítico educa as pernas que o levaram ao crime noutra existência.

"Este imbecil recompõe a mente que explorou e vilipendiou em jornada pretérita.

"Os esfaimados, que se entredevoram, nos montes de lixo, ali, buscando detritos para se alimentarem, disciplinam os estômagos viciados pelos excessos, padecendo humilhação, a fim de se recuperarem do orgulho exacerbado em experiências carnais anteriores..."

Ante o quadro comovedor, um jovem discípulo, sensibilizado pelo amor que lhe brotava na alma sonhadora, interrogou:

- Não poderiamos fazer algo em favor desses infelizes que, afinal, são nossos irmãos?

- De forma alguma - bradou o homem que sabia. - Eles resgatam e devem sofrer o mal que fizeram. Ajudá-los, seria prejudicar o cumprimento das leis... Deixemo-los e cuidemos de evoluir, em nossa meditação e abandono do mundo...

O séquito prosseguiu, e o tempo venceu o ciclo das horas.

O mestre morreu, e um dia, não obstante houvesse conhecido a técnica da reencarnação, volveu ao proscênio terrestre, sob dificuldades morais e mentais muito severas, como decorrência do egoísmo que lhe minava as fibras da alma e da indiferença pela dor do próximo, que lhe enregelava o sentimento.
*
Não basta o conhecimento, desde que lhe não siga em-pós a ação benemerente e salvadora.

A fé, portanto, abençoada, morre ou é insuficiente para salvar o homem, caso as mãos da caridade não se distendam em atividade de amor.

In "EM ALGUM LUGAR NO FUTURO", DIVALDO FRANCO, pelo Espírito EROS

Da gente que eu gosto

MARIO BENEDETTI

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.
Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.
Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que no descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.
Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.
Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade.
Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.
A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.
E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.

Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.


(Vinícius de Moraes)

Tu És Amigo

Eu sou a lâmpada, enquanto és a claridade que a torna valiosa.
Eu sou a chama, conquanto sejas o combustível que é sua razão de vida.
Eu sou a planta altaneira, apesar de que és a seiva indispensável à sua existência.
Eu sou a ponte, mas és a estrutura de segurança.
Eu sou a flor singela, no entanto és o inebriante aroma que a impregna.
Eu sou a fonte, todavia és a linfa cristalina.
Eu sou a lagarta rastejante, sem embargo és a borboleta leve e colorida latente, que logo mais voará.
Eu sou a moeda e tu és o metal que lhe dá valor.
Eu sou a palavra, porém és a mensagem gloriosa que honra o verbo.
Eu sou a necessidade e tu, a providência. Eu sou a fome e tu, o pão.
Eu sou a ânsia e tu, a esperança. Eu sou a dor e tu, o medicamento.
Eu sou a solidão e tu, a presença. Eu sou a dívida e tu, o resgate que me dignifica.
Eu sou a escravidão e tu, a liberdade...
Por isso, amigo, toma as minhas mãos e ergue-me do abismo hediondo do eu vaidoso em que me asfixio, para me alçares à grandeza da fraternidade em que te apagas, fazendo-te de vital importância para mim.
Eu sou a semente dadivosa que pode perecer, entretanto, és a terra fértil, gentil, que me acolhe, a fim de que se desate a vida que vive em mim. Eu sou a promessa.
Tu já és realidade. Ajuda-me a crescer contigo e a amar com Cristo.

In "HERANÇA DE AMOR", DIVALDO FRANCO, pelo Espírito EROS

Hilarion e a Frequência Esmeralda

Publicado por Fatima dos Anjos em 30 agosto 2014 às 17:23 em HILARION PATRONO DA MEDICINA ENERGÉTICA E ESPIRITUAL

A FREQUÊNCIA ESMERALDA
Mensagem do Mestre Hilarion
Canalizada por Elsa Farrus
Em 30 de agosto de 2014

As câmaras de luz da frequência Lemuriana se abriram.
Shamballa se abre e emite a frequência esmeralda, uma das facetas do chakra do coração.
A força interior do raio esmeralda lhes permitirá ressoar na consciência divina de sua verdade interior, a luz de seu ser em seu propósito real, naquilo que vocês vieram oferecer aos seus irmãos.
A frequência esmeralda é um passo mais além do raio verde.
Ela contém toda a sua pureza mais a frequência cristalina, que os ajudará a reconstruir todo o seu ser, seja qual for a sua origem, sua bagagem como alma; e as suas partes que vocês ainda não reconheceram.
Amados, deu-se o começo da restauração: a consciência diamantina em vocês que lhes permitirá um progresso maior para a sua unidade interna.
Sejam bem-vindos ao Royal Teton, o templo de luz que sustenta o raio dourado que lhes proporcionará o raio dourado, que lhes proporcionará sua sabedoria interna, e em Shamballa, no interior do Monte Kailas, se dá a união do raio verde com a luz dourada, é uma fusão do Raio Esmeralda.
Em ambos os templos se dá dita fusão de raios.
Nestes templos de luz é onde se une a cristalização dos raios... que entrará a primeira face da consciência diamantina de vocês, ou seja, de seu octaedro que nasce como consequência da união entre o chakra estrela da alma, que se encontra a uns 20 centímetros acima de sua cabeça, e o chakra estrela de Gaia, situado a um palmo da sola de seus pés, junto com seus sete chakras físicos mais ativos (do chakra da base até o chakra da coroa).
Câmara de Luz da frequência esmeralda.
A primeira face da consciência diamantina que se formará em seus corpos de luz e no octaedro interno de seu cristal Lemuriano, no chakra de seu coração.
Os irmãos da Irmandade Dourada, dentro da Irmandade Branca os ajudarão, seja em seus sonhos, em meditação, em iniciações solares, a restaurar seus filamentos internos e áuricos.
É o raio esmeralda que restaura sua criança de luz na frequência alquímica da consciência Lemuriana e Atlante.
A frequência esmeralda estrutura o fígado e seu plexo solar.
O fígado não é somente um órgão vital: é um portal de Luz e conexão com todos os planos dimensionais.
Ele faz a síntese junto com seu pâncreas de suas realidades físicas.
O vivido e o já experimentado, tudo se sintetiza em seu interior.
Os dois órgãos vitais são a união de seu ser solar com seu corpo físico.
A frequência esmeralda em encarnações antigas e ancestrais era a frequência de cocriação e de concretização da frequência pessoal, sua frequência de vida.
A consciência esmeralda ajuda a conhecer melhor a realidade e a recriar melhor as experiências.
Como humanos, criam-se realidades emocionais e amor em todas as suas polaridades.
Com a frequência esmeralda, tal como o raio platino produz a união de duas realidades, o divino feminino e o divino masculino, no raio esmeralda a sabedoria universal do raio dourado e a verdade do raio verde.
A frequência esmeralda é uma das maiores criadoras de códigos de Luz que unem e levam às primeiras e mais intensas frequências de unidade, a unidade com todas as manifestações de vida no planeta, sejam da expressão ou realidade que forem.
Um forte abraço,
Mestre Hilarion
Um abraço,
Elsa
Fonte: http://www.ascensiongaia.es/

15 minutos de silêncio e as pessoas preferem choques elétricos

Na era da interação total, afastar-se para refletir é difícil, mas necessário, dizem especialistas

Desligue o seu celular. Feche o livro. Livre-se da televisão. Evite o contato com qualquer pessoa. Tudo por apenas 15 minutos. É um tempo curto, mas, para muitos, esse momento de solidão dura uma eternidade, como se fosse contra a própria natureza. Mesmo quando estamos a portas fechadas, a ansiedade parece nos acompanhar. Relaxar é uma missão olímpica. Sozinhos, estamos nos sentindo mal acompanhados.

Uma amostra de como não entendemos — e evitamos — a solidão veio este mês de um estudo publicado na revista científica “Science”. Pesquisadores da Universidade de Virginia (EUA) fizeram um experimento para entender como 18 homens e 24 mulheres se comportariam sozinhos, trancados em uma sala por 15 minutos, sem ter o que fazer. A todos foram dadas duas opções: passar esse tempo pensando ou infligindo-se choques elétricos. Doze deles e quatro delas, entendiados, preferiram as descargas. Um dos voluntários chegou a recorrer ao castigo 190 vezes durante os 15 minutos.

— É impressionante como estar sozinho com nossos pensamentos, e por apenas 15 minutos, parece uma ideia tão infeliz para muitas pessoas — espanta-se Timothy Wilton, líder do estudo.

Cientistas asseguram que estar só por alguns momentos aumenta nossa paciência e estimula a criatividade.

— Nós nos desacostumamos com a conotação positiva da solidão — destaca Márcio Alves da Fonseca, professor do Departamento de Filosofia da PUC-SP. — Não se trata de um total isolamento social. É apenas um tempo de introspecção, em que uma pessoa precisa refletir sobre suas questões e tirar delas algum tipo de experiência.

Buda Virtual

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Paciência

A contemplação desenvolve a paciência.

Ao contemplar sua vida cotidiana, você começa a refletir sobre o modo como lida com as coisas. Aprendendo com a experiência, poderá avaliar sua reação, caso, no futuro, enfrente situações semelhantes. Ponderar as coisas em profundidade esclarecerá melhor os problemas e o fará ir mais devagar, abrindo espaço para você, aos poucos, desenvolver sua paciência.

Seria muito útil também que você direcionasse seus pensamentos para o coração e descobrisse como de fato se sente. .Alguém pode e-lo realmente aborrecido hoje e talvez você tenha achado que não havia alternativa a não ser reagir com rispidez. No momento, pareceu-lhe que aquela pessoa merecia saber até que ponto você estava farto de suas ações, palavras ou atitudes egoístas. Mas talvez, no fim das contas, dar vazão a cólera não o tenha feito se sentir tão bem quanto pensava e agora você se pergunta como devera enfrentar uma situação semelhante caso ela se apresente de novo no futuro. Voce não quer ser passivo, fraco, mas sim transmitir sua mensagem com calma e energia.

A medida que você desenvolve sua paciência, os outros podem considera-lo uma pessoa muito compreensiva. Ou seja, uma pessoa que sabe interpretar a situação a sua volta. Voce deve encarar tudo com tranquilidade, sem fazer muito barulho por ninharias ou bradar aos céus em altas vozes – em suma, sem perder facilmente a cabeça, o que apenas revela falta de prática. Por meio da contemplação e da meditação, é possível esticar a paciência em um quilometro! Esse tipo de meditação nos familiariza intimamente com experiências e sentimentos tanto nossos quanto dos outros. Hoje talvez você ache isso difícil, mas, aos poucos, se persistir na pratica, ao fim de uma ou duas semanas já estará visivelmente melhor. E depois de um ou dois meses, a paciência se imporá com facilidade e, no próximo ano, você será um verdadeiro diplomata.

A prática desenvolve a paciência.

É difícil praticar a paciência quando não há nada que nos obrigue a ser pacientes, quando nos sentimos calmos e em paz com o mundo. Você esta lendo essas palavras, por meio das quais tento ajuda-lo a a perceber a importância da paciência, mas creio que perceberia isso melhor se vivenciasse no mundo real. Assim se alguém aparecer e provocar sua colera, comportando-se de maneira desagradável, ele sera o verdadeiro mestre. Sem dúvida, no calor do memento, você não perceberá isso e o considerará um inimigo. Porem essa pessoa estará lhe dando uma oportunidade real de por a teoria em prática – aproveite-a sempre que possível!

Trecho do Livro ”Iluminação Diária’ de Gyalwang Drukpa

Buda Virtual

Transforme a Raiva em compaixão

em Budo Virtual

”Reminar a raiva é como pegar uma brasa para atirá-la em alguém, é você que se queima” – Buda

Se não gozamos de paz individual, como esperar que o mundo seja pacifico? De que modo cultivaremos o senso de paz para transformar a raiva em compaixão?

A paz é o estado normal de nossa mente, de nossa natureza. Porém, enquanto estivermos nos debatendo sob o julgo do ego ou dos apegos, não conseguiremos experimenta-la. É como um homem muito pobre que, sem saber, tem um grande tesouro escondido sob a cama. Vem então outro mais esperto e meostra-lhe o tesouro tesouro, ao descobrir que possui tamanha riqueza, ele se sentirá tremendamente feliz e agradecido. Assim, também, temos muita paz na mente, mas não nos damos conta disso. Eis o motivo de lutarmos tanto na vida, eis o motivo de as coisas se tornarem destrutivas.

Há certos incidentes, no dia a dia, que parecem estar sempre apertando nossos botões da raiva. Mas o melhor é investigar a raiva em vez de obedecer a ela cegamente. Assim, poderemos descobrir com o coração se ela é parte de um processo terapêutico cujo objetivo seja perdoar ou se não acarreta bem algum, apenas nos faz sentir incomodados.

A meu ver, o ritmo frenético que as pessoas atualmente imprimem a sua vida pode muitas vezes provocar pânico. Desse modo, perante os obstáculos que surgem (e sempre vão surgir), elas reagem com cabeça quente e não com calma. Fato curioso, a despeito dos progressos da tecnologia que, aparentemente, facilitam nossa comunicação uns com os ouros 24 horas por dia, estamos tendo cada vez menos oportunidades de fazer contato com nossos semelhantes. Grande parte da raiva que hoje existe no mundo resulta do fato de os seres humanos não saberem se comunicar entre si. É como se nos considerássemos criaturas totalmente estranhas, sem nada em comum, embora sejamos absolutamente iguais. Em vez de nos conectarmos, tendemos a proferir julgamento baseados em provas insignificantes, quando não sentimos medo do próximo. Não nos ”aproximamos” uns dos outros e , nessa brecha que vai se alargando entre as pessoas, emoções como a raiva encontram um fértil terreno de caça. Esquecemo-nos de nossa capacidade para inspirar e convencer pelo exemplo, podendo acabar envolvidos em transações e emoções violentas que não levam a lugar nenhum.

Depois de investigar nossa raiva, podemos pensar nela de maneira mais construtiva, pô-la de lado, respirar lenta e profundamente e perguntar a nós mesmos qual o melhor caminho para resolver o problema. Talvez esse caminho seja dizer exatamente as mesmas coisas, mas com calma e não com rancor e descontrole.

Personalidade e Imaginação - Osho

Publicado por M. Manuela dos Santos Oliveira em 28 agosto 2014 às 11:27 em OSHO

"O ser do homem é muito simples, mas a sua personalidade é muito complexa. A personalidade é como uma cebola — existem muitas camadas de condicionamento, corrupção, e ocultas por trás dessas muitas camadas está o simples ser do homem. Ele está por trás de tantos filtros que você não pode vê-lo — e oculto por trás desses muitos filtros você não pode ver o mundo também, porque tudo o que atinge você é corrompido pelos filtros antes de atingi-lo.

Nada nunca atinge você como é; você continua deixando de sentir. Há muitos
intérpretes no caminho. Você vê alguma coisa — primeiro os seus olhos e os seus sentidos o falseiam. Então a sua ideologia, a sua religião, a sua sociedade, a sua igreja — eles falseiam tudo. Então as suas emoções — elas
falseiam também. E assim por diante, o tempo todo... No momento em que a informação chega até você ela não é mais quase nada do original, ou tão pouca que não faz diferença. Você só percebe alguma coisa se os seus filtros permitirem, e os filtros não permitem muito.

Os cientistas concordam; os cientistas afirmam que vemos apenas dois por cento da realidade — apenas dois por cento! Noventa e oito por cento da realidade se perdem.

Quando você está me ouvindo, ouve apenas dois por cento do que foi dito. Noventa e oito por cento se perdem, e quando os noventa e oito por cento se perdem, aqueles dois por cento ficam fora de contexto. É como se você pegasse duas páginas de um romance ao acaso, uma daqui, outra dali, e então começasse a reconstruir rodo o romance a partir dessas duas páginas. Noventa e oito páginas ficam de fora! Você não faz ideia do que elas continham; você nem mesmo sabe que elas existiam. Você tem apenas duas páginas e reconstrói toda a novela de novo. Essa reconstrução é uma invenção sua. Não é uma descoberta da verdade, é a sua imaginação.

E há uma necessidade interior de preencher as lacunas. Sempre que você vê que duas coisas não têm relação entre si, a mente sente uma pressão interior para relacioná-las; do contrário ela se sente muito intranquila. Então você inventa uma ligação. Você conserta as informações desconexas com elos, você as une com uma ligação e inventa um mundo que não existe.

George Gurdjieff costumava chamar esses filtros de "amortecedores". Eles o
protegem da realidade. Eles protegem as suas mentiras, eles protegem os seus sonhos, eles protegem as suas projeções.
Eles não permitem que você entre em contato com a realidade porque o próprio contato seria esmagador, chocante. O homem vive por meio de mentiras.

Conta-se que Friedrich Nietzsche teria dito: "Por favor, não tirem as mentiras da humanidade, ou então o homem não será capaz de viver. O homem vive por meio de mentiras. Não acabem com as ficções, não destruam os mitos. Não digam a verdade porque o homem não pode viver com a verdade."

E ele está certo quanto a noventa e nove vírgula nove por cento das pessoas — mas que tipo de vida pode existir por meio de mentiras? Essa seria uma grande mentira em si mesma. E que tipo de felicidade é possível por meio de mentiras? Não há possibilidade; dai que a humanidade vive em sofrimento.

Com a verdade há alegria; com as mentiras há apenas sofrimento e nada mais. Mas nós continuamos protegendo essas mentiras.

Essas mentiras são agradáveis, mas elas o mantêm protegido contra a felicidade, contra a verdade, contra a existência.

O homem é exatamente como uma cebola. E a arte consiste de como descascar e chegar ao seu centro mais profundo."
Osho em Intuição: O Saber Além da Lógica
http://ventosdepaz.blogspot.pt/

Conheça as vitaminas do Complexo B

Com informaçoes do Ministério da Saúde

post em Diário da Saúde

As vitaminas do complexo B são essenciais para o funcionamento do organismo e desempenham importantes funções no processo metabólico.

As principais fontes alimentares das vitaminas do complexo B são as carnes, vísceras, leite e derivados e os cereais integrais.

Por fazerem parte do grupo de hidrossolúveis (são dissolvidas em água), normalmente elas não são armazenadas pelo organismo em quantidades significativas, o que implica em uma necessidade de consumo diário para manter-se saudável.

Conheça a principais vitaminas do complexo B.

Vitamina B1

Conhecida também como tiamina, ela tem entre suas funções o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas e a estimulação de nervos periféricos. O composto age de forma essencial no sistema nervoso.

A vitamina B1 é encontrada em uma variedade de fontes animais e vegetais como carnes, vísceras (especialmente o fígado, coração e rins), gema de ovo e grãos integrais.

A deficiência deste nutriente no organismo pode levar à doença denominada beribéri, que afeta os sistemas nervoso e cardiovascular.

Vitamina B2

Também chamada de riboflavina, ela é importante para a formação das células vermelhas do sangue. A deficiência é causada principalmente pela baixa ingestão dessa vitamina por um longo período.

As necessidades da vitamina B2 aumentam simultaneamente com o crescimento, a gravidez e a lactação. Produtos derivados do leite, folhas verdes e vísceras são fontes do composto orgânico.

Vitamina B3

Niacina é o nome da vitamina B3 ou PP.

Niacina: uma nova fonte da juventude?

Essa vitamina auxilia no metabolismo dos carboidratos e proteínas, participam da síntese das gorduras e da respiração. Carnes magras, aves, peixes, amendoins, leguminosas e a levedura da cerveja são as principais fontes de niacina. Anormalidades digestivas causadas pela deficiência do composto levam à irritação e à inflamação das mucosas da boca e do trato gastrointestinal, o que pode resultar em diarreia. Sua deficiência é conhecida como pelagra.

Vitamina B6

A vitamina B6, conhecida como piridoxina, é encontrada em abundância em alimentos de origem animal e vegetal.

Ela é responsável pelo metabolismo das proteínas, dos carboidratos e das gorduras e é fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso central e da função cognitiva.

A deficiência isolada em vitamina B6 é rara, pois geralmente é acompanhada da deficiência de outras vitaminas do complexo B e não tem como principal causa o consumo inadequado dos nutrientes, porque pode ser encontrada em uma ampla variedade de alimentos.

Na maioria das situações, a deficiência ocorre por má absorção, fatores genéticos, interação com medicamentos, consumo exagerado de álcool, tabagismo, entre outros. Os principais sintomas são observados na pele, no sistema nervoso e no sangue.

Vitamina B9

Comumente conhecida como ácido fólico, que é a forma sintética da vitamina, ela é encontrada em suplementos, medicamentos e produtos fortificados.

O principal papel do ácido fólico está no metabolismo de aminoácidos e na síntese de DNA, que é fundamental para o desenvolvimento embrionário. Estudos mostram que a suplementação com ácido fólico previne defeitos nesse desenvolvimento nos períodos de gestação.

Ácido fólico do pai influencia saúde do bebê

As fontes são as vísceras, feijão e os vegetais de folhas verdes escuras, como espinafre e brócolis.

Vitamina B12

Também conhecida como cobalamina, o armazenamento da vitamina ocorre em maior quantidade no fígado e em menor quantidade nos rins, sendo liberada quando necessário para a medula óssea e outros tecidos corporais.

É essencial para o funcionamento do metabolismo das células, em especial as do trato gastrointestinal, da medula óssea e do tecido nervoso. Participa no metabolismo das proteínas e está associada à absorção do ácido fólico.

As causas da deficiência da vitamina B12 podem ser classificadas em três categorias: redução da capacidade absortiva, aumento das necessidades e consumo insuficiente. A manifestação mais evidente da deficiência é a anemia perniciosa ou megaloblástica, causada pela má absorção de B12, podendo ser acompanhada de alterações neurológicas.

Os alimentos ricos em vitamina B12 são os de origem animal, tais como produtos lácteos, carne, fígado, peixes e ovos.

É importante lembrar que complementos vitamínicos e suas doses diárias devem ser recomendados por profissionais de saúde especializados. Antes de buscar qualquer complementação, consulte um médico.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

todas a semoções negativas se baseiam na ignorância

Nós, seres humanos, nos ocupamos com a busca da felicidade e a cessação do sofrimento mais do que com qualquer outra atividade, profissão ou lazer, empregando inúmeros métodos e objetos. É para isso que temos elevadores, laptops, pilhas recarregáveis, lava-louças, torradeiras reguláveis, cortadores à pilha para os pelos do nariz, privadas com assento aquecido, novocaína, telefones celulares, Viagra, carpetes e forrações… Mas, inevitavelmente, tais confortos trazem uma dose correspondente de dores de cabeça.

As nações buscam a felicidade e a cessação do sofrimento em grande escala, lutando por território, petróleo, espaço, mercados financeiros e poder. Travam guerras preventivas para afastar a expectativa de sofrimento. Cada um de nós faz a mesma coisa ao utilizar a medicina preventiva, tomar vitaminas e vacinas, fazer exames de sangue e tomografia computadorizada do corpo todo. Estamos procurando sinais de sofrimento iminente. E, uma vez encontrado o sofrimento, imediatamente tentamos encontrar a cura. Ano após ano, novas técnicas, livros de auto-ajuda procuram fornecer soluções duradouras para o sofrimento, de preferência atacando o problema pela raiz.

Sidarta Gautama também estava tentando eliminar o sofrimento pela raiz, mas não estava idealizando soluções tais como iniciar uma revolução política, migrar para outro planeta ou criar uma nova ordem econômica mundial. Ele não estava sequer pensando em criar uma religião ou um código de conduta que propiciassem paz e harmonia. Sidarta explorou o sofrimento com a mente aberta e, por meio de incansável contemplação, descobriu que, no fundo, são as nossas emoções que provocam o sofrimento. De um jeito ou de outro, direta ou indiretamente, todas as emoções nascem do egoísmo, no sentido de que implicam em apego ao eu. Além disso, ele descobriu que, por mais reais que pareçam, as emoções não constituem uma parte intrínseca do nosso ser. Elas não são inatas, nem tampouco alguma espécie de maldição ou implante imposto por alguém.

As emoções surgem quando determinadas causas e condições se reúnem, como, por exemplo, quando você se precipita em pensar que alguém está a criticá-lo, ignorá-lo ou privá-lo de algum ganho. Então, as emoções correspondentes vêm à tona. No momento em que aceitamos essas emoções, no momento em que entramos no jogo delas, perdemos a sanidade e a capacidade de percepção. Ficamos como que ligados a uma tomada de 220 volts. Assim, Sidarta encontrou a solução: consciência desperta. Se você realmente deseja eliminar o sofrimento, precisa acordar a consciência e prestar atenção às suas emoções, aprendendo a não ser envolvido pela tensão elevada e agitação que elas criam.

Se você examinar as emoções como Sidarta fez, se tentar identificar a origem delas, vai descobrir que as emoções partem de uma compreensão equivocada, sendo, por conseguinte, fundamentalmente falhas. Todas as emoções são, basicamente, uma forma de preconceito. Em cada emoção há sempre um componente de julgamento. Por exemplo, uma tocha sendo girada a uma determinada velocidade aparenta ser um círculo de fogo. No circo, as crianças inocentes e até alguns adultos acham o espetáculo divertido e cativante. As crianças pequenas não diferenciam a mão, o fogo e a tocha. Acreditam que o que vêem seja real; são arrebatadas pela ilusão de ótica criada pelo aro de fogo. Enquanto dura aquela visão, mesmo que seja por apenas um instante, elas ficam plena e profundamente convencidas. De modo similar, somos enganados pela aparência do nosso corpo. Quando olhamos para o corpo, não pensamos em termos de componentes isolados: moléculas, genes, veias e sangue. Pensamos no corpo como um todo e, sobretudo, prejulgamos que ele seja um organismo verdadeiramente existente chamado “corpo”. Convencidos disso, primeiro desejamos ter um abdômen bem desenhado, mãos artísticas, estatura imponente, belas feições ou uma forma curvilínea. Depois, ficamos obcecados e investimos em mensalidades de academias, cremes hidratantes, na Dieta de South Beach, chás de emagrecimento, ioga, exercícios abdominais e óleos aromáticos.

Exatamente como crianças que ficam absortas, empolgadas ou mesmo amedrontadas pelo aro de fogo, sentimos emoções que são provocadas pela aparência e pelo bem-estar do nosso corpo. Quando se trata do aro de fogo, em geral os adultos sabem que aquilo é uma mera ilusão e não se perturbam. Um raciocínio elementar nos diz que o aro é criado a partir da reunião de seus componentes: o movimento circular de uma mão que segura uma tocha acesa. Um irmão mais velho e esperto pode assumir um ar arrogante ou condescendente com o mais novo. No entanto, por conseguirmos ver o aro como adultos amadurecidos, podemos compreender o fascínio da criança, especialmente se for noite e o espetáculo vier acompanhado de bailarinos, música hipnótica e outras atrações. Então, aquilo pode ser divertido até mesmo para nós, adultos, que conhecemos a qualidade essencialmente ilusória do espetáculo. Segundo Sidarta, essa compreensão é a semente da compaixão.

O vajrayana nos diz para, sempre que uma emoção como o desejo surgir, apenas observar e não fazer nada, “não fabricar”. Mas essa é uma instrução facilmente mal compreendida. Quando a emoção surge, “não fabricar” significa simplesmente parar de fazer qualquer coisa.

O que isso não significa é que, se você está caminhando na rua, deve parar, achar um banco, sentar de pernas cruzadas e tentar “observar” a emoção. O ponto aqui é que, tendo notado a emoção, a maioria de nós tende não a “observar”, mas sim seguir. Sentimos desejo, então seguimos nossos desejos; sentimos raiva, então seguimos a raiva — ou, no máximo, apenas a suprimimos.

Então, como devemos lidar com as emoções? Sem fabricar nada, apenas observe. E no momento que você olha a emoção, ela desaparece. Iniciantes vão descobrir que a emoção reaparece bem rápido, mas isso não importa. O importante é que no momento em que você começa a observar a emoção, ela imediatamente desaparece. E, mesmo que só desapareça por uma fração de segundo, o fato de que uma emoção desapareceu também significa que a sabedoria, momentaneamente, amanheceu. O reconhecimento dessa atenção nua: é a isso que a palavra “conhecer” se refere.

“Conhecer” a emoção é compreender que, já que ela não tem nenhuma raiz, não há e nunca houve nenhuma emoção. Algumas pessoas falam sobre emoções, particularmente as emoções negativas, como se elas fossem algum tipo de força demoníaca horrível que intencionalmente invade nosso ser, mas elas não são nada disso.

Quando sentir raiva, apenas observe a raiva. Não a causa da raiva ou seu resultado, apenas a emoção da raiva. Ao encarar sua raiva, você descobrirá que não há nada que você possa apontar e dizer: “Aqui está minha raiva”. E a compreensão de que não há absolutamente nada ali é o que é chamado de “amanhecer da sabedoria”.

Dzongsar Khyentse Rinpoche

Buda Virtual

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Para o amor incondicional florescer

Publicado por Fatima dos Anjos em 22 agosto 2014 às 1:02 em ECOLOGIA INTERIOR

Podemos transformar um relacionamento viciado em um relacionamento verdadeiro?
Sim, se estivermos conscientes e aumentarmos a nossa presença, concentrando a atenção cada vez mais fundo no Agora.
A chave do segredo será sempre essa, não importa se você está vivendo só ou com alguém. Para o amor incondicional florescer, a luz da nossa presença tem de ser forte o bastante, de modo a impedir que o pensador ou o sofrimento do corpo nos domine.
Saber que cada um de nós é o Ser por baixo do pensador, a serenidade por baixo do barulho mental, o amor e a alegria por baixo da dor, significa liberdade, salvação e iluminação. Pôr fim à identificação com o sofrimento do corpo é trazer a presença para o sofrimento e, assim, transformá-lo. Pôr fim à identificação com o pensamento é ser o observador silencioso dos próprios pensamentos e atitudes, em especial dos padrões repetitivos gerados pela mente e dos papéis desempenhados pelo ego.
Se paramos de injetar “autossuficiência” na mente, ela perde sua qualidade compulsiva, que é o impulso para julgar e, desse modo, criar uma resistência ao que é, dando origem a conflitos, tragédias e novos sofrimentos. Na verdade, no momento em que paramos de julgar, no instante em que aceitamos aquilo que é, ficamos livres da mente e abrimos espaço para o amor incondicional, para a alegria e para a paz. Em primeiro lugar, paramos de nos julgar, depois paramos de julgar o outro.
O grande elemento catalisador para mudarmos um relacionamento é a completa aceitação do outro do jeito que ele é, sem querermos julgar ou modificar nada. Isso nos leva imediatamente para além do ego. Nesse momento, todos os jogos mentais e toda a dependência viciada deixam de existir. Não existe mais vítima nem agressor, acusador nem acusado. Esse é também o fim da dependência, de uma atração pelo padrão inconsciente do outro.
Você, então, ou vai se afastar – com amor – ou penetrar cada vez mais fundo no Agora junto com o outro. É simples assim. O amor é um estado do Ser. Não está do lado de fora, está bem lá dentro de nós. Não temos como perdê-lo e ele não consegue nos deixar. Não depende de um outro corpo, de nenhuma forma externa.
Na serenidade do estado de presença, podemos sentir a nossa própria realidade sem forma e sem tempo, que é a vida não manifesta que dá vitalidade à nossa forma física. Conseguimos, então, sentir essa mesma vida lá no fundo de outro ser humano, de cada criatura. Conseguimos enxergar além do véu opaco da forma e da desunião. Essa é a realização da unidade. Isso é amor incondicional. Só assim tem-se uma relação iluminada entre um homem e uma mulher.
Eckhart Tolle

Acenda a luz e a escuridão desaparecerá

Publicado por Fatima dos Anjos em 22 agosto 2014 às 0:43 em ECOLOGIA INTERIOR

Acenda a luz e a escuridão desaparecerá

Se ama profundamente, você não sente medo. O medo é uma negatividade, uma ausência. Isso tem que ficar profundamente entendido. Caso contrário, você nunca vai entender a natureza do medo. É como a escuridão.

A escuridão não existe, ela só parece existir. Na verdade, ela é só ausência de luz. A luz existe; apague a luz e a escuridão aparece.

A escuridão não existe, você não pode acabar com ela. Faça o que fizer, você não pode acabar com ela.

Não pode trazê-la, não pode projetá-la. Se quiser fazer alguma coisa com a escuridão, terá que fazer alguma coisa com a luz, pois só podemos estabelecer relação com algo que tenha existência própria. Apague a luz e a escuridão se fará presente; acenda a luz e a escuridão desaparecerá — mas você fará algo com a luz.

Você não poderá fazer nada com a escuridão. Medo é escuridão. É ausência de amor. Você não pode fazer nada com relação a ele, e quanto mais fizer mais amedrontado vai ficar, pois mais você achará impossível. O problema vai ficando cada vez mais complicado. Quanto mais você brigar com a escuridão, mais sairá derrotado.

Você não pode empunhar uma espada e matar a escuridão: isso só servirá para deixá-lo exausto. E finalmente a mente pensará, “A escuridão é muito poderosa, por isso me derrotou”. É aí que a lógica falha. É absolutamente lógico — se você luta contra a escuridão e não consegue vencê-la, não consegue destruí-la, é absolutamente lógico pensar que a escuridão é muito, muito poderosa. Você é impotente diante dela. Mas a realidade é justamente o oposto. Você não é impotente; a escuridão é impotente.

Na verdade, a escuridão não está ali, é por isso que você não pode derrotá-la. Como você pode derrotar alguma coisa que não existe? Não lute contra o medo; do contrário, você ficará cada vez mais amedrontado e um novo medo invadirá seu ser: o medo do medo, que é muito perigoso.

Em primeiro lugar, o medo é uma ausência e, em segundo, o medo do medo é o medo da ausência da ausência. Então você enlouquece. O medo nada mais é que ausência de amor. Faça algo com amor, esqueça o medo. Se você ama bastante, o medo desaparece. Se ama profundamente, você não sente medo.

Quando amou alguém, mesmo que por um único instante, você sentiu medo? O medo não existe em nenhum relacionamento em que, mesmo que por um único instante, duas pessoas se amaram profundamente e aconteceu um encontro, elas entraram em sintonia — nesse momento não se sente medo.

É como se a luz simplesmente estivesse acesa e a escuridão desaparece — eis a chave secreta: ame mais. Se você sente que existe medo em seu ser, ame mais. Seja corajoso ao amar, tenha coragem. Seja aventureiro no amor, ame mais e ame incondicionalmente, porque quanto mais você ama menos medo sente. E, quando eu digo amor, quero dizer todas as camadas do amor, do sexo ao samadhi. Osho

Homossexualidade


3 mestres budistas foram perguntados sobre a homossexualidade… o que responderam?

Budismo
Dalai Lama


O Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche, partilha sua opinião sobre a homosexualidade. Essa história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou esse fato.

Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:

- Mestre, o que é um homossexual?

Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.

Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?

Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.

Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.

Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?

Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!

Ele: – Todas as pessoas são milagres.

Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?

Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.

Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.

Quem são os regenerados

"Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes, a alma que se arrepende neles encontra a calma e o repouso, acabando de se depurar. Sem dúvida, nesses mundos, o homem está ainda sujeito às leis que regem a matéria..."

Regenerados são todos aqueles que aprenderam a compartilhar deste mundo, contribuindo sempre para a sua manutenção e continuação, e que ao mesmo tempo, por perceberem que recebem à medida que doam, sustentam com êxito esse fenômeno de ―trocas incessantes‖. São os homens que descobriram que todos estamos ligados por inúmeras formas de vida, desde o micro ao macrocosmo, e que os ciclos da natureza é que vitalizam igualmente plantas, animais e eles próprios. Portanto, respeitam, cooperam e produzem, não pensando somente em si mesmos, mas na coletividade.

Sabem que ao mesmo tempo, sozinhos ou juntos, somos todos viajantes nas estradas da vida universal, em busca de crescimento e perfeição.

Voltaram-se para si mesmos e descortinaram a presença divina em sua intimidade e, em vista disso, agora não buscam somente a exterioridade da vida, mas a abundância da vida íntima, fazendo quase sempre uma jornada cósmica para dentro do seu universo interior, na intimidade da própria alma.

Regenerados são os seres humanos que notaram que não podem modificar o mundo dos outros, mas apenas o seu próprio mundo. Que os indivíduos, lugares e ambientes não podem ser mudados, e que as únicas coisas que podem e devem ser alteradas são suas atitudes pessoais, reações e atos relacionados a esses mesmos indivíduos, lugares e ambientes de sua vida.

Conseguiram angariar sabedoria em decorrência das vivências anteriores. Diferenciam o que lhes cabe fazer e, por conseguinte, o que são deveres dos outros. Só fazem, portanto, auto-julgamento, deixando a cada um realizar sua própria avaliação.

Na realidade, trazem certas competências e destrezas alicerçadas no poder de observação, por já possuírem uma considerável ―coleta de dados‖. São consideradas criaturas sábias, por seus constantes ―insights‖, isto é, compreensões súbitas diante de decisões e resoluções da vida.

São homens que adquiriram a habilidade de resolver suas dificuldades com recursos novos e criativos, usando maneiras inovadoras de solucionar os acontecimentos do cotidiano.

Reconhecem que a vida é uma sucessão de ocorrências interdependentes, por possuírem a capacidade de observar as relações existenciais. Sempre lançam mão dos fatos passados e os entrelaçam aos atuais, chegando à profunda compreensão das situações e de seus problemas.

Descortinaram horizontes novos, porque reservaram no dia-a-dia algum tempo para se conhecer melhor, anotando idéias e sensações a fim de esclarecer para si próprios o porquê de sentimentos desconexos, emoções variáveis e ações contraditórias, visto que tal conhecimento os ajudará a viver de forma mais serena e previsível.

Obtiveram transformações íntimas, surpreendentes, pois conseguiram se ver como realmente são.

Retiram máscaras, que inicialmente lhes davam um certo conforto e segurança, já que depois, eles mesmos reconheceram que elas os aprisionavam por entre grilhões e opressões.

Aprenderam que não vale a pena representar inúmeros papéis, como se a vida fosse um grande teatro, mas sobretudo assumir sua própria missão na Terra, porque constataram que cada um tem uma quota própria de contribuição perante a Criação, e que não nasce no Planeta nenhuma criatura cuja tarefa não tenha sido predeterminada.

Regenerados são os reabilitados à luz das verdades eternas. Adotaram Jesus como o ―Sábio dos Sábios‖ e, por seguirem Seus passos, fazem sempre o seu melhor. Reconheceram que o erro nunca será motivo de abatimento e paralisação e sim de estímulo ao aprendizado. Por isso, seguem adiante, pacientes consigo mesmos e com os outros, ganhando cada vez mais autonomia e discernimento ante as leis de amor que regem o Universo.

Capítulo 3, item 17

HAMMED - RENOVANDO ATITUDES

Dar e receber

Para compreendermos o ciclo de dar e receber, nós devemos começar primeiro avaliando alguns conceitos e crenças relacionados ao dinheiro e às posses. Vamos começar compreendendo a função do dinheiro.

Retornando aos velhos dias, antes que o conceito de dinheiro fosse concebido... era usada a troca. Acordos tais como:: “os meus bens em troca pelos seus bens”, funcionaram bem por algum tempo. As pessoas naquela época estavam tanto dando como recebendo.

Mas, enquanto a civilização evoluía e mais bens e serviços se tornaram disponíveis, surgiu um novo problema...

E se eu quisesse as suas tangerinas, mas você não estivesse interessado no que eu pudesse lhe dar em troca? É por isto que a invenção das moedas e do “papel moeda” (ou notas), se tornou uma necessidade para ajudar a resolver este dilema.

Enquanto o tempo passava, o dinheiro se tornou a ferramenta universalmente conhecida para o intercâmbio de mercadorias e de serviços.

A propósito, quando compreendemos a verdadeira função do dinheiro, a idéia de que o dinheiro é a raiz de todo o mal, se torna insustentável. A verdade é que o dinheiro é uma necessidade, uma ferramenta coletiva para trocar bens e serviços.

Isto, portanto, ajuda a todos nós prosperarmos.

Dinheiro, Crenças e Espiritualidade

Muitos cresceram com a crença de que a abundância monetária e a espiritualidade não podem co-existir. Esta idéia cria um estado dividido da mente; um ciclo incompleto de dar e de receber, o que torna difícil alcançarmos os nossos objetivos financeiros.

Por um lado, a nossa mente consciente deseja que nos libertemos das preocupações financeiras. Por outro lado, a nossa mente subconsciente faz votos de nos manter fielmente conectados ao nosso ser espiritual.

Entretanto, a espiritualidade e a riqueza monetária não deveriam ser mutuamente exclusivas. O dinheiro é uma fonte de energia que deve trocar de mãos para criar o equilíbrio e a prosperidade. Manter o dinheiro com o único propósito de acumulá-lo, somente criará um desequilíbrio, tal como quando colocamos mais peso em um prato de uma balança.

Assim, o dinheiro é como uma chave poderosa que pode abrir muitas portas. E como uma chave, ela não é nem positiva e nem negativa por si só. Nós decidimos quais portas devemos abrir. Nós decidimos quais valores colocamos no dinheiro, com base em como o adquirimos e como o usamos.

Isto pode ser facilmente compreendido. Entretanto, um aspecto importante que influencia ainda mais os valores que colocamos no dinheiro, se encontra em nosso sistema de crenças.

É esta crença que cria as associações subconscientes entre o dinheiro e a moral. E é onde muitas pessoas têm bloqueios que impedem a criação da abundância.

Percebam que as nossas crenças não estão baseadas na verdade universal absoluta. A verdade difere de uma pessoa para outra, de acordo com o condicionamento pessoal e os eventos da vida. Em outras palavras, a verdade depende da pessoa que a experiencia. É por isto que alguns têm muito, enquanto outros, não. Em muitas ocasiões vocês notarão que a abundância financeira não se relaciona à educação ou às mentes de gênios, mas aos sistemas de crenças que regulam as vidas e os resultados daqueles que criam a abundância, ou não.

Portanto, o modo com que interagimos e usamos o dinheiro reflete os nossos pensamentos e idéias de acordo com as crenças de nossa existência, as quais, muito provavelmente, são diferentes daquelas de outros. A boa notícia é que as crenças não são permanentes. Elas são bem maleáveis. Nós podemos nos libertar das crenças que não mais nos servem e substituí-las por crenças que favoreçam a nossa prosperidade. Pensem nisto...

Vocês podem ganhar um dólar fornecendo um serviço útil ou vendendo aparelhos sem valor. Do mesmo modo, vocês podem usar o mesmo dólar que vocês ganharam para ajudar a uma pessoa carente ou adquirir algo somente por razões egoístas.

É o mesmo dólar, mas é tudo uma questão de escolha. Sua escolha. Quais são as suas crenças em referência a ganhar e a usar o dinheiro após terem lido estas afirmações? Baseados nisto, quais crenças escolherão para implantar em sua mente?

Sim, o dinheiro nos proporciona os meios para obter as necessidades básicas para vivermos, tais como o alimento, o vestuário, e um teto sobre as nossas cabeças, mas ele também nos dá a habilidade de contribuirmos com uma causa digna. Assim, o dinheiro também nos concede a paz da mente, um estado essencial para vivermos uma vida espiritual e abundante.

Sonhem um pouco. Comecem a pensar em todas as coisas boas que vocês poderiam fazer com uma abundância de dinheiro. Convençam-se do seu poder de fazer o “bem” com o dinheiro, porque isto é o que vocês escolhem acreditar e o que querem fazer. Vocês estão escolhendo este caminho com base no livre arbítrio. Este é o primeiro passo para a compreensão que ter dinheiro em abundância e ter uma vida espiritual podem realmente acontecer simultaneamente.

Acondicionem estes últimos pensamentos, se o dinheiro for um símbolo de energia usado para a troca. Quando trocamos dinheiro relacionado a algo de valor, nós participamos do movimento de energia positiva e da criação do ciclo de “dar e receber” que prosperam outros, enquanto nós prosperamos. O resultado é que todos nós prosperamos juntos. Vamos também nos lembrarmos de que cabe a cada um de nós decidir como usar este dinheiro, assim como que significado lhe damos.

A Dinâmica de Dar e de Receber

A maior parte de nós se sente melhor quando o dinheiro chega do que quando ele sai. Paradoxalmente, em nossos esforços do dia a dia, nos sentimos muito melhor quando damos do que quando recebemos.

Isto é porque nos foi ensinado desde uma tenra idade que é mais gracioso dar do que receber. Em alguns casos, estes ensinamentos podem ir tão longe a ponto de nos fazer acreditar que receber está ligado ao egoísmo. Isto cria um conflito interno e produz obstáculos a um nível subconsciente que podem impedir a nossa prosperidade. Além disto, não podemos passar a vida apenas dando. Eventualmente, nós terminaremos nos sentindo vazios...

Portanto, o único meio de criar a abundância na vida é regulando a dinâmica de dar e de receber nos dois níveis, consciente e subconsciente. Quando atingimos o equilíbrio, nós criamos a abundância e a prosperidade em nossas vidas e nas vidas daqueles a nossa volta. O ciclo de dar e de receber pode realmente fluir eternamente.

A analogia a seguir ajudará a esclarecer isto. Cada vez que um fazendeiro planta uma semente, ele está começando o ciclo de dar e receber.

O fazendeiro está realmente dando uma semente à Mãe Natureza com a plena expectativa de receber algo em troca. Em seguida, ele cultiva a colheita e colhe a safra.

Ele deu e sabe que ele receberá. A Mãe Natureza dá novamente o fruto, o que coloca o fazendeiro no final da equação de receber. Então ele começa tudo novamente com a intenção de receber durante a próxima estação da colheita. É assim que ele participa e desfruta do ciclo da vida, assim como o Planeta Terra gira para nos dar o dia e a noite.

O cenário anterior cria outro ponto importante. Para começar a receber, nós devemos primeiro dar. Cabe a cada um de nós iniciarmos o ciclo de dar e de receber. E uma vez que nós damos, nós devemos receber. Tudo isto depende da semente que plantamos. Ninguém plantará uma semente esperando nada colher e isto não é diferente para vocês e para mim, referente ao dinheiro. A verdade é que o mesmo vale para tudo na vida. Quando semeamos amor, nós recebemos afeição, quando semeamos trabalho, nós recebemos a remuneração, quando semeamos bondade, nós recebemos simpatia, quando semeamos a paz, nós recebemos a tranqüilidade... Isto contribui com o Equilíbrio Universal, assim como o equilíbrio existe através dos opostos, tais como quente e frio, luz e escuridão, riso e tristeza, em cima e embaixo, a saúde e a doença, e a lista continua...

Portanto, dar e receber são ambos, partes da mesma equação. O ato de dar e de receber cria um ciclo e um equilíbrio saudável ao mesmo tempo.

A filosofia Chinesa, chamada de Tao te Ching por Lao Tsu, escrita durante o Século 3 A.C., explica como todas as energias no mundo estão equilibradas em igual medida. Nós podemos encontrar o mesmo equilíbrio no símbolo Ying Yang.

Assim, o ato de dar e de receber inicia uma troca de energia que garante o equilíbrio necessário para o ciclo financeiro fluir facilmente de mão a mão. Quando as coisas saem do equilíbrio que conseguimos a desarmonia, a discórdia, o conflito, a carência e a limitação, entre outros efeitos indesejáveis. Dar e receber é uma via com dois sentidos!

A importância da Atitude no Ciclo de Dar e Receber

Como com cada coisa na vida, a atitude é tudo. Quando vocês derem, sempre se lembrem de colocar um sentimento de alegria naquilo que vocês estiverem dando. Certifiquem-se de saberem, sem sombra de dúvida que vocês receberão em breve de acordo, pois vocês iniciaram o ciclo de “semeadura-colheita”. À medida que vocês derem se tornarão o instrumento que transmite energia positiva. Por sua vez, vocês receberão mais do mesmo.

O seguinte mantra (retirado do treinamento dos “cidadãos”, ressoa perfeitamente com o artigo acima. Repitam-no em silêncio, enquanto vocês estiverem dando...

“A minha prosperidade prospera aos outros. A prosperidade deles me prospera.”

Finalmente, certifiquem-se de darem do coração e com convicção. O resto cairá no lugar adequadamente.

“O Universo opera através da troca dinâmica... dar e receber são aspectos diferentes do fluxo de energia no Universo. E em nossa disposição de dar aquilo que buscamos, nós mantemos a abundância do Universo circulando em nossas vidas.” –

Deepak Chopra

domingo, 24 de agosto de 2014

Quinta Essência

O TRABALHO DO PENSAMENTO: EXTRAIR A QUINTA ESSÊNCIA
Hoje, quero abordar a questão do trabalho que podeis fazer pelo pensamento.
Bem sei que a maior parte das pessoas acabaram com esta actividade, não treinam a concentração e a meditação, acham que é inútil.
Para que hão-de perder um tempo que pode ser empregue em ocupações muito mais importantes?
Os humanos foram tão bem habituados a trabalhar à superfície das coisas, que agora é difícil levá-los a ter outra concepção.
Não suspeitam de que no trabalho do pensamento existem possibilidades inauditas que nenhuma outra actividade jamais poderá proporcionar-lhes.
Consideremos algumas imagens.
Quando se extrai minério de ferro ou de cobre, são necessárias toneladas e toneladas deste minério para se obter uma certa quantidade de metal. O resto é a ganga, a terra que se deita fora.
Do mesmo modo, para se obter alguns litros de essência de rosas da Bulgária são necessários vagons de pétalas.
Mas um litro desta essência de rosas vale uma fortuna, tão preciosa ela é.
Todos os trabalhos dos humanos em geral, consistem, de algum modo, em remover toneladas de ganga, a matéria mais grosseira, ao passo que o trabalho do pensamento permite extrair a sua quinta-essência.
Se não souberdes trabalhar com o pensamento para vos concentrardes, para vos controlardes, para vos dominardes, para orientardes as vossas energias e as dirigirdes para as regiões superiores, tudo o que podeis obter assemelhar-se-á a vagons de minério que vos estorvarão e dos quais nada podereis fazer enquanto não tiverdes aprendido a extrair a sua quinta-essência.
É para obter a quinta-essência que os Iniciados fazem tantos trabalhos.
Esta quinta-essência é algo imponderável que dá um gosto e um sentido às coisas.
Admitindo mesmo que possuís todas as riquezas da terra,, se não tiverdes esta quinta-essência que está no plano mental sentir-vos-eis pobres, vazios, inquietos, insatisfeitos, pois não é a quantidade de matéria de matéria que dá um sentido à vida, é a sua qualidade, a sua quinta-essência.
Infelizmente, todas as actividades humanas consistem em partir pedra, em acumular minério - simbolicamente falando - sem chegar a extrair a sua quinta-essência, pois para a obter é necessária uma outra actividade.
As pessoas trabalham, ganham dinheiro, mas, o que quer que façam, queixam-se sempre de que lhes falta qualquer coisa.
O que lhes falta é justamente essa quinta-essência, esse algo infinitesimal que dá sentido à vida.
Eles lançam-se apenas, afanosamente, sobre a quantidade, mas a quinta.essência subentende a qualidade.
Presentemente, toda a gente se orienta para a quantidade - a produção, o consumo - sem se preocupar com a qualidade.
A quantidade é o mundo físico, as pedras, a terra.
A qualidade é o mundo espiritual, o mundo divino.
Só as Escolas Iniciáticas ensinam os discípulos a procurar a quinta-essência.
Uma Escola Iniciática é como uma fábrica de destilação.
E o que é que lá se destila?
Tudo o que o homem viveu, todos os pensamentos, sentimentos e sensações que ele acumulou, todas as experiências que fez, inclusivé as suas asneiras e todos os seus sofrimentos.
Numa Escola Iniciática, o discípulo aprende a extrair a quinta-essência da sua existência, quer dizer, a tirar lições, a adquirir uma sabedoria, a compreender como funcionam as leis e porque é que num dado domínio obteve sucessos enquanto noutro só obteve fracassos.
.../...
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV

Portal Arco Iris

A religião entre os Tupi-Guarani

Postado por Marcus Caldevilla em 10 julho 2014 às 15:52


A religião entre os Tupi-Guarani esta baseada na palavra. Os termos ñe’e, ayvu y ã – traduzidos geralmente como palavra, significam também “voz, falar, linguagem, idioma, alma, nome, vida, personalidade, origem”, e tem principalmente uma conotação espiritual. A palavra define as experiências da vida e como veem o transcendental. Deus é palavra. É através da palavra que se comunicam com os seres espirituais, já que estes são, essencialmente, seres do “falar”.

A palavra/alma se introduz no ser no momento do nascimento, quando procura para si um lugar no corpo da criança, oñemboapyca. A palavra circula pelo esqueleto humano, é o que a mantém em pé, o que a humaniza. A verticalidade é o que diferencia o ser humano vivo dos animais e dos mortos. Todo problema enfrentado pelo ser (doenças, inimizades, tristeza, etcc..; é causado pelo afastamento do ser da palavra divina que habita dentro de si. O papel do curador na tribo é de trazer esta palavra de volta ao ser. A morte é causada pela saída da palavra, tornando o seu uma “palavra que já não é”, ñe’engue.

A criação da palavra original e das que seriam pais e mães da humanidade se deu antes da criação da primeira terra. Deus (Nosso Pai) cria primeiramente os fundamentos da palavra, convertendo-a em sua própria divindade, e através de Sua Sabedoria criou os demais seres que o ajudariam em sua criação. A humanidade da primeira terra era constituída através da palavra divina e portadora desta sem seu âmago, e, portanto, era responsável por viver de acordo com os desígnios divinos, já que eram homens-divinos.

A humanidade atual, distante deste estado divino original, pode conferir a sua palavra o poder de voltar a se comunicar com o mundo espiritual e pedir pela sua restituição ao estado de glória, voltando ao seio de Deus. Ao contrário da espiritualidade judaico-cristã, baseada na culpa pela queda, a religiosidade tupi-guarani é baseada no direito do homem de requerer sua divindade, já que, assim como os deuses, em essência é também constituído da mesma palavra divina, bastando para isso respeitar os preceitos espirituais.

Intuição

Existe um lugar dentro de nós mesmos onde sentimos o que sabemos.

Se seguirmos esta intuição as portas serão abertas para nosso crescimento. O legado do interior provém da graça do Grande Mistério. Aprender a confiar nestes sentimentos é um talento para aprender e abraçar. A profunda confiança em si mesmo e no guia de luz de inspiração permite ao ser humano desenvolver o singular dom da clarividência. Quando abraçamos o potencial de crescimento que requer escuta, o legado do conhecimento nos permite alcançar as estrelas.

Nada está além dos sentidos, nada é muito difícil de alcançar, servir a verdade cura as limitações da mente. A intuição é o reflexo de todos nossos sentidos e também a confiança implícita no saber que nos guia em direção a cura.

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- Jamie Sams. Cherokee-Seneca
(Tradução do espanhol - Verônica D'amore)

Tonglen, a prática da compaixão

por Ty Phillips.

Para aqueles de nós não estão familiarizados com o budismo tibetano, a palavra tonglen não tem nenhum significado.

Mas seu valor como uma prática pode proporcionar uma mudança profunda para todos nós.

Tonglen basicamente significa dar e receber. É uma prática de compaixão, e sua única intenção é levar o sofrimento dos outros sobre nós mesmos e dar-lhes a nossa saúde, paz e felicidade em troca. Para muitos ocidentais, isso soa como uma ideia absurda e tola; até mesmo os nossos trabalhadores de saúde mental que as vezes encorajam uma visão de mundo auto centrada, a fim de se auto-curar.

Por que pensar em assumir os fardos de outras pessoas?

Nossa prática pode começar com a simples idéia de querer bem a alguém próximo, que sentimos amor: um cônjuge, um filho, um amigo. Não precisamos começar com todo o planeta.

Nós simplesmente nos sentamos e sentimos nossas emoções sobre esta pessoa brotando-nosso amor para com o nosso filho ou filha, o nosso amor para com nossos cônjuges ou entes queridos. Nós permitimos que este sentimento cresça e nós sentimos que isso flui em direção a eles com um desejo mais profundo e mais intenso para o seu bem-estar. Não tem que ser mais complexo ou profundo do que isso.

À medida que progredimos em nossa prática de aspirar o bem-estar e um fim ao sofrimento para outras pessoas, podemos começar a tentar com alguém que é neutra para nós ou colega de trabalho. Notamos que eles têm um resfriado, ou estão nervosos sobre uma entrevista ou algum outro aspecto de sua vida. Podemos compreender esses sentimentos já que somos capazes de nos relacionar com eles. Nós também tivemos a doença e a ansiedade sobre uma situação, neste caso uma entrevista. Nós permitimos que o nosso entendimento e compreensão cresçam, e com isso também, nosso senso de conexão através de uma experiência compartilhada e emoção. Nós entendemos e desejamos que eles se sintam à vontade e naturalmente desejamos-lhes sorte e sucesso.

Este processo de crescimento e empatia relacional é o segundo passo. É fácil e calmo. Não é um auto-martírio. É apenas um simples cultivo de empatia.

À medida que começar a se conectar com a nossa capacidade de se relacionar e sentir empatia e preocupação com os outros, podemos começar com os outros seres sencientes; o sofrimento dos animais nas mãos de seres humanos, crianças famintas ou pessoas sem-teto, uma mulher agredida, uma criança desaparecida.

Se nós nos sentamos com essas situações, podemos entender o sentimento de medo, dor ou temor que está intrinsecamente ligado a eles.

Podemos entender que há mais do que apenas a nossa família e amigos neste mundo que enfrentam os mesmos medos e dores que nós sentimos. Começamos a se relacionar com uma expressão maior da vida e da conectividade. Desejamos estes outros seres paz e liberdade.

Como os nossos sentimentos de compaixão começam a crescer, percebemos que a nossa capacidade de se conectar e se relacionar com outras pessoas tem se expandido muito.

As paredes que construímos para empurrar os outros para longe estão desmoronando.

Idéias de eu e eles estão começando a desaparecer.

Então, com isso, aumentamos a nossa prática para incluir pessoas que não necessariamente ligamos. As pessoas do sistema prisional; pessoas que sempre estão demonizado algum partido político contrário, ou mesmo aqueles que nos feriram. Eles também são capazes de sentir dor e medo. Eles sofrem e querem proteger seus entes queridos também. Suas ações, muito parecidas com as nossas, são uma projeção de seus medos e apegos.

Nós podemos sentar e lembrar como costumavamos nos sentir quando nosso mundo era pequeno – a noção de cuidar de ”mim” e do ”meu” e ”o resto que se vire”, que era isso.

Nossa idéia de compaixão cresceu e agora podemos ver como realmente somos semelhante a outros que só querem a mesma sensação de segurança, mesmo que a sua luta para encontrá-la pode ser prejudicial. Suas intenções são geralmente boas. Eles querem a liberdade tanto quanto nós.

Eles querem uma sensação de segurança em um mundo que só conhece constante mudança e fluxo. Talvez a sua dor não é tão diferente da nossa. E nós começamos a nos conectar. Começamos a sentir que o seu bem-estar, bem como o nosso, pode mudar a perspectiva de jogo. E assim, desejamos-lhes bem. Queremos ajudá-los a crescer e florescer.

Quando outra pessoa te faz sofrer, é porque ele sofre profundamente dentro de si mesmo, e seu sofrimento está transbordando. Ele não precisa de punição, ele precisa de ajuda.

Thich Nhat Hanh

Quando começamos nossa prática de tonglen, talvez esta mensagem não tenha sido algo que estávamos dispostos a entreter. Veio contra o nosso “instinto animal natural do olho por olho, matar ou ser morto.”

Como a nossa prática se aprofundou, vimos cada vez menos de uma necessidade de tais barreiras extremas entre nós e eles. A idéia de ”eu e os meus” diminuiu e uma sensação de verdadeira conexão com os outros floresceu. A idéia de assumir o ônus de um outro ser não parece ser uma idéia tão tola mais. Na verdade, parece que é o estado natural da nossa mente.

Como prática tonglen aprofunda e continua, e nossa interconexão torna-se óbvia, percebemos que nossas paredes caíram, nossas dores diminuíram, o nosso medo e angústia tornou-se quase inexistente e, vejam só, o que é essa coisa na minha cara?

Sim, é um sorriso. Em nossa busca para curar os outros, nós nos curamos. Nós abandonamos nossas delusões e falsidades e nós começamos a nos permitir ser totalmente abertos, totalmente conectados e totalmente amados.

post in Buda Virtual

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Perseverança

Quem quer que tenha parado para observar uma criança tentando descobrir como funciona alguma coisa, ou na tentativa de execução de algo que queira, já deve saber o que é perseverança.

Perseverança é essa virtude que leva à perfeição. Uma virtude que parece inata nos bebês e nos primeiros anos, desaparecendo depois, quando os homens começam a crescer e passam a acreditar que o mais importante, no mundo, é fazer muitas coisas, não importa de que forma.

Alguns pais incutem essa forma de pensar nos seus pequenos, quando os colocam em múltiplas atividades e eles precisam correr de uma aula para outra, e fazer tudo às pressas, para darem conta do recado.

Possivelmente, seja este um dos motivos pelo qual muitos desistem, a meio caminho, quando desejam fazer alguma coisa. É comum ouvir-se as pessoas falarem de seus projetos abandonados porque dificuldades apareceram.

Abandona-se aquele e se opta por algo mais fácil, menos trabalhoso e cujo resultado seja quase imediato.

Isso nos recorda de uma experiência comovente de um artista japonês. Ele se chamava Hokusai e suas pinturas eram muito cobiçadas pela realeza.

Um dia, um nobre o visitou e encomendou uma pintura de seu precioso pássaro. Ele deixou o pássaro com Hokusai, e o artista disse ao nobre para que retornasse uma semana depois.

Porque gostasse muito do pássaro, o nobre ficou ansioso e, ao final de semana, retornou ao estúdio do artista. Contudo, o quadro não fora feito.

O artista pediu humildemente que ele retornasse depois de duas semanas. As duas semanas se transformaram em dois meses, em seis meses.

Um ano mais tarde, o nobre chegou no estúdio de Hokusai, exigindo a pintura de imediato e o seu pássaro de volta. Conforme o costume japonês, Hokusai se curvou ante o nobre e retornou à sua mesa de trabalho. Pegou um pincel, uma grande folha de papel de palha de arroz e, em poucos instantes, desenhou o pássaro, sem nenhum esforço, exatamente como ele era.

O proprietário da ave ficou maravilhado diante da pintura para, logo em seguida, descarregar sua raiva:

Por que você me fez esperar um ano se podia ter aprontado a pintura em tão pouco tempo?

O senhor não entendeu, disse com voz macia o artista.

E convidou o nobre a entrar em um cômodo, onde as paredes estavam cobertas de pinturas do mesmo pássaro. Nenhuma delas, no entanto, expressava a graça e a beleza do último trabalho.

Ele treinara durante um ano e o seu esforço estava recompensado: ele criara uma obra de arte.

Quando você estiver a ponto de desistir de um sonho, de um plano, de uma atividade, lembre do artista japonês e de sua perseverança até atingir a perfeição.

Recorde da criança que tenta girar uma chave na fechadura do armário pela primeira vez e, sentada no chão, ou de joelhos, tenta, tenta e tenta. E, se hoje não consegue, ele vai embora, para retornar depois e tentar outra vez, e outra mais.

Recorde, finalmente, que você está no mundo para realizar uma obra de arte: a sua vida. E não meça esforços, nem se importe com as repetições. São os rascunhos que conferem perfeição à obra final.



por Redação do Momento Espírita, com base no cap. Por trás de um desenho rápido, de Joni Eareckson Tada, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4214&stat=0.

Preguiça

Todos os hábitos prejudiciais à nossa saúde física e psíquica podem ser comparados a intrusos que forçaram a porta de uma habitação para aí se instalar.
São, pois, inúmeros os ocupantes que cada um tem de enfrentar, ou seja, os impulsos instintivos que o assaltam: o ciúme, a cólera, o rancor, a inveja, a gula, a sensualidade, o orgulho, a vaidade, etc.
De todos os ocupantes possíveis, o mais perigoso é certamente a preguiça.
Porquê? Porque ele se cola à vontade. Compreende-se o que é preciso fazer, mas falta a vontade ; e, como a vontade é o ponto de partida para todas as decisões, as forças vivas são atingidas.
Mas, no dia em que o intelecto tiver realmente compreendido o que é belo e bom, e o coração desejar isso intensamente, eles juntos acabam por levar a verdade a aderir.
Então, a preguiça é vencida e dá-se a libertação!

(Omraam Mikhaël Aïvanhov)
http://luiza-uniaodaluz.blogspot.pt/

A Paixão de Um Anjo

Sou feito de sentimentos, emoções, de luz, de amor.
Sou a voz que você ouve quando pede um conselho, sou quem te toma nos braços quando necessita, talvez, agora, enquanto lê essas palavras, eu esteja aí, ao seu lado, olhando dentro dos seus olhos como quem quisesse enxergar
o que teu coração demonstra, mais tarde... à noite, quando você se deita...
Sou quem nina seus sonhos sentado ao seu lado esperando você dormir... dizendo que tudo vai ficar bem.
Se ao menos você pudesse me perceber,
se notasse o que sinto ao seu lado...
basta você querer, basta por alguns instantes esquecer seus problemas,
fechar os olhos, como se nada mais existisse, me deixe chegar perto de ti... te abraçando... sinta meu coração batendo ao compasso do teu...
sinta que não está sozinho, nunca esteve!
Apenas esqueceste de olhar mais com os olhos do teu coração... então abra os olhos... veja os meus... me conheça.
Quem sou eu para pedir para que me note?
Apenas um anjo que se deixa levar por suas emoções, que desconhece o que é errado... se entrega, se rende...
Vagando por estrelas, nuvens, pelo céu escuro da noite... olhando pelos outros, despertando amores, anseios,
paz nas almas que fraquejam,
sentado ali de cima olhando você...
te observando... deixando, às vezes, uma lágrima cair e se fazer uma gota de sereno que te toca os lábios...
lágrima essa por não poder nada mais que apenas te ver...sentir sem poder tocar.
Manifestando através de pequenas coisas, como um sorriso sincero nos lábios de alguém que você não conhece,
o toque de uma criança a te fazer carinho, palavras escritas nas páginas de um livro que te chamam atenção,
palavras que mexem e emocionam o coração ditas do nada, como um sussurro em seu ouvido...e se um dia uma brisa leve e suave tocar seu rosto,
não tenha medo, é apenas minha saudades que te beija em silêncio.
Os humanos têm um hábito muito peculiar
de julgar seus semelhantes por sua aparência, de rotular pessoas as quais nunca viram...apenas pelo modo como ela se apresenta...
porém, consigo ver dentro de cada um o que realmente são...e me assusto algumas vezes em como podem os humanos
deixar-se levarem por embalagens, por invólucros... deixam de terem muitas vezes ao seu lado verdadeiros tesouros,
amizade sincera, lealdade, companheirismo...simplesmente por não terem gostado do rosto do indivíduo.
Imagine uma roseira cheia de espinhos,
ninguém acreditaria que dela pudesse brotar uma rosa tão bela, sensível e delicada.
É do interior que nascem as flores.
Pude conhecer seu interior...me deparei com uma flor linda...e com muitas qualidades.
Se preserve assim...muitas vezes é melhor sermos o que realmente somos...
a viver como as pessoas acham que deveríamos ser...
Não existe ninguém melhor, ou pior que ninguém...apenas diferentes umas das outras e essas diferenças são que mostram quem realmente você é.
Fico assim... dizendo as coisas que me aparecem dentro do peito,
contando o que se passa em mim, como se estivesse desabafando...
pois Deus nos fez para cuidar dos outros...e quem cuidará de nós?
Continuarei aqui...
meio que escondido, ao teu lado, te olhando, te sentindo...
esperando para que um dia você deixe seu coração "olhar" e me ver...
daí, enfim, poderia eu mostrar o quanto você é especial para mim.
Um poema deixado no ar, palavras implorando para viver como uma estrela que o dia não vê e que espera a noite chegar para poder mostrar-se, a canção de amor que sai da sua boca...
são as coisas que sempre sussurro ao seu coração, tento traduzir emoções que nunca senti antes, algo realmente novo para mim, paz, atração, paixão, amor,
algo especial... sincero... verdadeiro.

Mensagem Espírita no Grupo Espírita Allan Kardec

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mudanças de Energia

Publicado por Fatima dos Anjos em 21 agosto 2014 às 22:59 em GEOMETRIA SAGRADA- CORPO DE LUZ -MERKABA E ASCENSÃO

Estamos agora passando pela maior fase onde estamos sendo renovados e isso vai continuar mais ou menos até 2024.

É um momento intenso de despertar para as novas e antigas energias que estão sendo liberadas, é algo tão poderoso e potente que eu estou fazendo o meu melhor para traduzir isso em uma linguagem em que você seja capaz de entender, eu recebi conhecimentos em massa de campos de energia ontem com chaves e códigos intensamente importantes sendo ativados.

Há uma grande mudança agora em relação ao que tínhamos na era industrial e tecnológica onde tudo era mental, o equilíbrio está agora sendo retomado com o místico e o mágico regressando, como magia estou realmente me referindo a mudança das formas energéticas, do que podemos dissolver e em seguida remontar o que também é uma forma de alta tecnologia.

Lembre-se que nos tempos antigos magia era basicamente entender as leis alquímicas da fusão, era também um método para dissolver o que parecia ser matéria sólida em partículas minúsculas e em seguida reorganiza-la de uma forma diferente, por isso entendeu-se que toda a vida era apenas energia e que uma energia poderia ter efeito sobre outros campos de energia se alguém soubesse como fazer, alguns foram conscientemente reorganizando os campos de energia e criando novos padrões e formas dentro das leis cósmicas da criação.

Isto realmente não era magia, mas apenas um estado muito alto de consciência e um estado evolutivo mais avançado, por favor, não confunda isto com trabalho xamânico, eu não estou me referindo a isso.

Um dos componentes para fazer isso era a geometria sagrada, outro era a o som e ainda outro era a o campo de energia dos vórtices tal como no uso de campos de energia quântica, isso é algo que a humanidade vai começar a lembrar como fazer nos próximos 50 anos ou mais, no momento não estamos sequer tateando na ideia do que se trata.

Recentemente me foi mostrado que atualmente existe um imenso campo de energia se abrindo dentro da Terra que tinha estado adormecido por bilhões de anos, ele tinha sido desativado há muito tempo, foi ativado e agora vai se fazer sentir.

Por falta de uma palavra melhor vou chamar isso de casamento entre os campos de energia de vórtices e campos de energia da Deusa, mas na realidade os dois são um e a mesma coisa, é uma grande força criativa e funcionam através do coração/mente intuitivo, certos canais de energia nos corpos físico, mental emocional e espiritual tem que ser ativados para que sejam capazes de permitir que esta energia se mova, para depois então ativar certas câmaras não utilizadas dentro do nosso terceiro olho/cérebro adormecido por tanto tempo dentro do nosso coração e as áreas do plexo solar, na realidade todos eles estão ligados a nossa coluna vertebral, pois funcionam em conjunto com os nossos sistemas de energia dos chacras, mas os chacras superiores precisam ser ativados para que tudo isso comece a funcionar em conjunto.

Eu tive algumas experiências incríveis nos últimos meses quando me foi mostrado isso e eu estava sendo ativada no meu interior de modo que pudesse me mover nesta tecnologia avançada, eu tinha que levar minhas próprias frequências e vibrações até esse nível a fim de vislumbrar isto que é de uma tecnologia muito avançada e ao mesmo tempo antiga, é como pisar em um futuro quântico deste planeta quando na realidade estamos entrando no passado.

Teremos de ser reprogramados em uma série de maneiras para nos movermos a um estado diferente de ser avançado, onde poderemos nos lembrar de tudo isso.

Os gatilhos, por outro lado não serão tantos depois que os nossos campos de energia e do planeta estiverem muito mais intrincadamente evoluídos do que atualmente, eles trabalham com as energias da alma, pois cada um de nós tem frequências e vibrações únicas, algumas almas estão programadas para se ativarem em determinados momentos quando elas entrarem em contato com certos campos de energia de vórtices do planeta, muitas vezes elas não fazem isso conscientemente mas inconscientemente quando estão sendo atraídas para um determinado lugar e em seguida apenas sentem como se estivessem melhor quando ativadas lá.

Com tudo isso que agora está sendo reativado dentro de nós precisamos entender de uma vez por todas que as velhas formas estão nos deixando, não adianta tentar racionalizar isso nem entrar em padrões de medo ou tentar fugir, como você pode fugir de sua própria alma e seus contratos de alma ? Como você pode fugir do que você sabia que iria acontecer quando encarnou no planeta Terra ?

Certamente a maioria da população foi tão controlada e programada pela sociedade e as instituições que não é capaz de pensar por si mesma e mais do que isso, não aprendeu a questionar e descobrir a verdade no interior profundo.
Todos os caminhos levam para o nosso interior

Eu não seria capaz de compartilhar tudo isso com vocês se eu não tivesse sido corajosa o suficiente para deixar para trás minha antiga vida e seguir as minhas visões e chamados mudando-me para uma forma totalmente diferente de ver e experimentar a vida.

Eu sei que isso é a verdade de muitas pessoas que compartilharam suas histórias comigo, todos nós em algum momento perdemos tudo a fim de recuperarmos a nossa alma e sermos levados a nos expandir em muitos aspectos, essa expansão nos deu uma nova consciência do todo, mas primeiro o antigo teve que desintegrar-se completamente e nós tivemos que ser reprogramados por assim dizer nas nossas conexões de alma e cidadania cósmica a fim de nos lembrarmos e depois permitirmos que isso seja ativado no nosso interior profundo.

Então, estes próximos meses e anos vão nos trazer mais e mais mudanças verdadeiramente quânticas de consciência, vamos literalmente sacudir ao despertarmos do sono de bilhões de anos das profundezas do esquecimento.

Tenho percebido que quanto mais eu lembro, mais eu estou ficando ativada, que há uma sensação de familiaridade onde uma parte de mim sabe que isso é conhecido pela eternidade, eu só adormeci por algum tempo quando uma fração de mim encarnou no aqui e agora neste planeta, o resto de mim seguiu com o acesso à informação mais surpreendente mantida em todo o cosmos pois tudo é um único e mesmo vasto campo energético, toda a criação é um campo de energia muito grande, é uma questão de aprender a explorar este vasto campo e reivindicar suas próprias chaves e códigos dentro dele.

@Judith Kusel

fonte: Adademia da Ascensão

Desbravando mistérios

Publicado por Maria Elisete em 19 agosto 2014 às 17:03 em RENOVANDO ATITUDES


"E não Jesus disse estas palavras: Eu vos rendo glória, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, por haverdes ocultado essas coisas aos sábios e aos prudentes, e por havê-las revelado aos simples e aos pequenos."

(Capítulo 7, item 7.)

Vai e considerar que, quando Jesus afirmou que Deus havia ocultado os mistérios aos sábios e aos prudentes e os tinha revelado aos simples e pequenos, em verdade observava que certos homens de cultura e intelectualidade achavam-se perfeitos eruditos, não precisando de mais nada além do seu cabedal de instrução.

Por sua vez, orgulhosos porque retinham vários títulos, acreditavam-se superiores e melhores que os outros, fechando assim as comportas da alma às fontes inspirativas e intuitivas do plano espiritual.

Porém, os ―pequenos e simples‖, aos quais se reportava o Mestre, são aqueles outros que, devido à posição flexível em face da vida, descortinam novas idéias e conceitos, absorvendo descobertas e pesquisas de todo teor, selecionando as produtivas, para o seu próprio mundo mental.

Por não serem ortodoxos, ou seja, conservadores intransigentes, e sim afeiçoados à reflexão constante das leis eternas e ao exercício da fé raciocinada, reúnem melhores condições de observar a vida com os ―olhos de ver‖.

São conhecidos pela ―maturidade evolutiva‖, que é avaliada levando-se em conta seus comportamentos nos mais variados níveis de realização, entre diversos setores (físico, mental, emocional, social e espiritual) da existência humana.

Pelo modo como agem e como se comportam diante de problemas e dificuldades, ―os pequenos e os simples‖ têm uma noção exata de sua própria maturidade espiritual. Além disso, sentem uma sensação enorme de serenidade e paz pela capacidade, pela eficiência e pelos atributos pessoais, e por se comportarem dentro do que esperavam de si mesmos.

Simples são os descomplicados, os que não se deixam envolver por métodos extravagantes, supostamente científicos, e por critérios de análise rígida. Simples são os que sempre usam a lógica e o bom senso, que nascem da voz do coração.

São aqueles que não entronizam sua personalidade megalomaníaca atrás de mesas douradas e que não penduram pergaminhos para a demonstração pública de exaltação do próprio ego.

Os ―sábios‖ a quem o Senhor se referia eram os dominadores e controladores da mente humana, que desempenhavam papéis sociais, usando máscaras diversas segundo as situações convenientes. Estão a nossa volta: são criaturas sem originalidade e criatividade, porque não auscultam as vibrações uníssonas que descem do Mais Alto sobre as almas da Terra.

Não suportam a mais leve crítica - mesmo quando construtiva - de seus atos, feitos, raciocínios e ideais; por isso, deixam de analisá-la para comprovar ou não sua validade. Por se considerarem ―donos da verdade‖, reagem e se irritam, esquecendo-se de que esses comentários poderiam, em alguns casos, proporcionar-lhes melhores reflexões com ampliação da consciência.

Vale considerar que esses ―sábios‖ não se lançam em novas amizades e afeições, pois conservam atitudes preconceituosas de classe social, de cor, de religião e de outras tantas, amarrando-se aos exclusivismos egoísticos.

Não obstante, o Mestre Jesus se reportava às luzes dos céus, que agilizariam os simples a pensar com mais lucidez, a se expressar com maior naturalidade, para que pudessem desbravar os mistérios do amor e das verdades espirituais, transformando-se no futuro nos reais missionários das leis eternas.―Simples‖ são os espontâneos, porque abandonaram a hipocrisia e aprenderam a se desligar quando preciso do mundo externo, a fim de deixar fluir amplamente no seu mundo interior as correntezas da luz; são todos aqueles que prestam atenção no ―Deus em si‖ e entram em contato com Ele e consigo mesmo;são, enfim, aqueles que já se permitem escutar sua fonte interior de inspiração e, ao mesmo tempo, confiar nela plenamente.


Desbravando mistérios

Capítulo 7, item 7

Hammed - Renovando Atitudes

Inícios, términos e encerramento

Publicado por Fatima dos Anjos em 20 agosto 2014 às 0:59 em MENSAGENS DOS MESTRES

Mensagem de Jennifer Hoffman
19 de Agosto de 2014

Algumas vezes, é preciso muito tempo, para que estejamos preparados para permitir que algo termine, mas, uma vez que achamos que estamos preparados, queremos avançar imediatamente. Concluímos com o velho e estamos preparados para novos inícios. Mas eles nem sempre estão preparados para nós, ou não estamos tão preparados para eles, como achamos. Começamos a ver atrasos, coisas surgem, precisamos nos concentrar no que achamos que já concluímos, e ficamos frustrados. Não queremos mais estar neste espaço, estamos prontos para seguir em frente. Mas, será que estamos mesmo?

Estas “não conclusões”, os pequenos detalhes e situações irritantes que agora exigem a nossa atenção, parecem ser um desperdício de tempo, mas eles são realmente, uma parte importante de nossos novos inícios, porque eles estão onde constatamos tanto o encerramento, quanto o aprendizado final, que irão garantir que nossos novos inícios não incluam a energia do que queremos deixar para trás. Eles são também o nosso “trunfo”, permitindo-nos permanecer um pouco presos, apenas no caso de precisarmos de uma desculpa ou oportunidade para mudarmos de idéia, se assim o quisermos.

Na década de 70, quando o divórcio se tornou mais aceito socialmente e as pessoas começaram a terminar os seus casamentos, elas eram aconselhadas a esperar alguns anos antes de se casarem novamente. Caso contrário, elas se arriscariam a se casar com o mesmo tipo de pessoa que elas tinham acabado de se divorciar. Este foi um conselho sábio porque, como muitos descobriram, era verdade. Se elas não tivessem o tempo para fazer o seu trabalho de cura, para amarrar as pontas soltas em suas próprias vidas emocionais, elas iriam encontrar outro parceiro para ajudá-las com estas lições. Ao invés de um novo começo, seu novo relacionamento seria um reflexo do velho e o que elas consideravam como um movimento para cima, era realmente um movimento lateral, porque elas não completaram o processo que era necessário para o verdadeiro encerramento.

Se não tivermos o tempo pra amarrarmos as nossas próprias pontas soltas, que sempre surgem para nós se elas fazem parte de nosso processo de encerramento, então nosso novo início se tornará um movimento lateral, e em vez de ascendermos para uma realidade mais gratificante e mais alegre, entraremos em algo que é muito similar ao que acabamos de sair. Se tivéssemos o tempo para completarmos o processo final, amarrando as pontas soltas que se apresentam (e elas sempre surgem), então, nós criamos novos inícios a partir do encerramento e estamos livres e desembaraçados para entrarmos em uma nova realidade.

Sabemos que temos pontas soltas quando o nosso progresso não acontece rapidamente. A um nível inconsciente, criamos os nossos próprios bloqueios através dos atrasos, acidentes, dramas e eventos surpresa que parecem surgir do nada. Estes são lembretes da “velha” energia que precisa ser eliminada antes que os nossos novos inícios, que são realmente novos, possam acontecer. A um nível consciente, fazemos preparações para os nossos próximos passos e fazemos o melhor para permanecermos focados neste resultado e pensamos que os atrasos são sinais de que não merecemos, na pior das hipóteses, ou que não estamos preparados para a mudança, na melhor das hipóteses. A verdade se encontra entre os dois – estamos preparados para as mudanças, mas precisamos cuidar de nossas pontas soltas em primeiro lugar, para que o nosso movimento seja à frente e não lateral.

As pontas soltas servem a outro propósito, mais oculto. Elas nos dão o tempo e o espaço que precisamos para mudarmos de idéia. Podemos usá-las como uma desculpa útil e conveniente para nos impedir de avançar. Ou, podemos usá-las como uma maneira de atrasar uma mudança para a qual não estamos muito preparados, ainda que não estejamos felizes onde estamos. Se decidirmos que não estamos preparados para a mudança, uma difícil ponta solta poderá ocupar a nossa energia o suficiente para atrasar esta mudança, indefinidamente. Mas, se estivermos preparados para avançar, então, os atrasos irão nos ajudar a compreender como estamos cansados de estar neste espaço energético e nos obrigar a cuidar do que esteve nos mantendo neste espaço energético, definitivamente.

Por mais improvável que isto possa parecer, nós bloqueamos o nosso próprio progresso e interferimos, não importa o quanto queiramos um novo início. Embora possamos estar focados nos próximos passos e novos resultados, nosso desejo inconsciente por algo diferente é o que cria a nossa consciência de nossas pontas soltas, o negócio inacabado que temos que enfrentar antes que tenhamos, final e completamente, terminado algo. Então, em vez de lhes permitir que sejam lembranças frustrantes de nossas falhas, estamos em melhor situação quando cuidamos de nossas pontas soltas, para que o nosso encerramento seja genuíno e completo, e abrimos o caminho para que nossos novos inícios ocorram.


Direitos Autorais:
Site original: www.enlighteninglife.com

Ensinamentos de Buda

Quando lhe pediram para resumir os ensinamentos de Buda em uma frase, Suzuki Roshi simplesmente disse: “Tudo muda.”

Todo mundo sabe disso, pelo menos intelectualmente, que toda a criação está em um estado de revolução sem fim. O filósofo grego Heráclito disse a famosa frase: “Nenhum mesmo homem pode percorrer o mesmo rio duas vezes, já que tanto o homem quanto o rio mudaram desde então.”

Impermanência é a própria natureza da vida.

Na verdade, a mudança é apenas outra palavra para vida-“viver” significa “mudar.” Mas poucas pessoas passam pela vida verdadeiramente consciente deste fato. Nós “entendemos” isso, mas esse entendimento (ou ”conhecimento”) falha em influir em nosso comportamento. Nós simplesmente ignoramos a forma como as coisas realmente são. Assim, o ponto desta discussão não é explicar a impermanência para você, mas para aponta-la; para acordá-lo para a verdade da mudança.

Alan Watts costumava comparar a vida à música. O ponto/propósito da música é música, ele diria. As pessoas gostam de ouvir música pelo ritmo, o fluxo da melodia. Ninguém escuta música para ouvi-la terminar. Se fosse assim, então, como Watts apontou, suas músicas favoritas seriam as que terminaram abruptamente com um único barulho de ruído. A vida é da mesma forma.

O ponto e propósito da vida é a própria vida, participar da melodia. Melodias são córregos; eles estão a fluir. Você não pode moldá-los ou prende-los. Quando você faz isso, não há fluxo. Isso é a morte.

A única maneira de participar da melodia é através da consciência desperta. Uma simples consciência desperta é fluida. Uma mente simples perde seu sentido de individuo/self/ego na música, ao passo que uma mente egocêntrica continua tentando fazer uma pausa na música. Nós forçamos muito a barra em ouvir o que queremos ouvir, em vez de mover-se com a música, viver. Estamos acostumados a nos recuar, como um espectador, um ouvinte tentando pegar o ritmo. Queremos possuir e segurar esse ritmo, essa batida, e se identificar com ele.

Não é o suficiente para nós apreciar a música. Nós temos que saber a letra. Assim, pausamos a música toda hora e voltamos, a fim de guarda-la na memória e te-la como ”nossa”.

O ego cria um sentido de identidade ou significado a partir de suas interações com “outro”.

Essas interações produzem um ”recibo”, que o ego tenta coletar e preservar. Ao invés de apreciar o show em primeira mão, o ego tira fotos e filma o show, para que ele possa falar sobre isso e compartilhar as fotos mais tarde. O rio da vida está sempre fluindo, mas para o ego, cuja existência depende de congelar esse fluxo de mudanças, a flutuação é aterrorizante, e é por isso que chamamos isso de impermanência.

Do ponto de vista pessimista do ego, flutuação e mudanças representam uma ameaça à sua estabilidade, mas no estado sem referencial de simples consciencia desperta, o espaço que permite o fluxo ou a mudança é o útero de vitalidade. A vida, a adaptação emerge deste espaço. O ego procura ignorar este espaço enchendo-o de credenciais e solicitações de depoimentos e testemunhos.

O ego é um grande colecionador.

Ele mantém todos os recibos, comprovantes, e cada memória que lhe dê razão e existência. Em uma mente egocêntrica não há espaço, não há espaço para respirar. Mas no fundo o ego sabe que a coisa toda pode ruir a qualquer momento. Ele lembra-se do espaço, a lacuna silenciosa entre cada nota que permite que a música flua. Essa memória assombra o ego. Produz paranóia e insegurança.

Esta insegurança é o benfeitor que justifica a obsessão do ego com a coleta desses ”recibos”. Uma mente egocêntrica é co-dependente, e essa co-dependência faz de tudo para evitar o espaço, flutuação. O ego é dependente de relacionamento ou de entretenimento, o que exige a separação.

Assim, o ego tem que pensar em si mesmo como uma entidade distinta. Tem que separar-se da vida. Defender esta estratégia segregacionista é necessária para o ego. A separação é o fundamento sobre o qual o império do ego é construído. Como resultado, é cronicamente insatisfeito ou sem vida.

Além do descontentamento e da insatisfação crônica, considere por um momento os problemas que alguém tem se considera a si mesmo como uma ilha ou uma entidade sólida em um mundo fluido.

As coisas mudam. No entanto, o rio não é a única coisa que muda. Segundo Heráclito, o mesmo acontece com o homem. Mas o ego se vê como imutável. Quando estamos no rio da vida com os pés plantados, como se nós fossemos uma ilha, a vida começa a se sentir como uma parede enorme de água caindo em cima de nós.

Tomemos por exemplo, a transição entre ser solteiro e em um relacionamento. Quando você está solteiro você desenvolve um estilo de vida que isso não tem que levar em consideração outra pessoa. Você pode acordar de manhã beber o seu café, ler o jornal, tomar café da manhã, ir trabalhar, ir para a academia, sair com os amigos e assistir o que quiser na TV. Mas quando você traz uma outra pessoa na mistura,você não pode continuar a operar da mesma forma. A situação mudou, por isso, seu modo de operar anterior esta desatualizado.

Quando “eu” é uma entidade fixa ou um hábito de pensamento, essa transição é difícil. Se você se agarrar esta imagem desatualizada, o relacionamento vai começar a sentir-se claustrofóbico. Haverá um confronto após o outro. A intensidade vai continuar a aumentar ao longo do tempo, até que tudo, sua auto-imagem e o relacionamento(o homem e o rio)-acabam.

O que pensamos sobre nós mesmos é desafiado pela mudança. Muitas pessoas dizem: “Eu não deveria ter que desistir de quem eu sou, a fim de estar em um relacionamento.” Eu digo, se você não desistir de quem você é, então você não está em um relacionamento.

Na verdade, se você não tem que desistir de quem você é cada momento de cada dia, então você não está vivo. Estar vivo é estar em constante estado de revolução. Situações de mudança devem promover mudanças no nosso comportamento. Essa é a sanidade; permitir que novas informações para atualizar o meu ponto de vista. ”Meu ponto de vista”, (o homem, no exemplo de Heráclito), deve permanecer aberto ou fluido. “Tudo muda.”, Que é o ponto básico, de acordo com Shunryu Suzuki. Tudo. A economia, a política, o tempo, as relações, as nossas crenças, a nossa própria noção de identidade – estão em estado de flutuação. Quando estamos abertos a mudanças, a transição é relativamente suave. Nós estamos indo com o fluxo. Por outro lado, quando se tenta salvar todos os nossos ”recibos” , é ai que nos afogamos.

Não podemos nadar com as mãos cheias.

Uma mente aberta é uma mente sã. Uma mente aberta não é uma mente que dá a devida atenção a qualquer idéia, independentemente de quão ridícula ela possa soar.

Uma mente aberta é uma porta de vaivém. É uma mente que não resiste à mudança. Uma mente aberta permite que o pensamento seja um reflexo da mudança. Deste ponto de vista, o pensamento é sempre fresco, porque a vida está sempre mudando. Este é o pensamento original, imaginação. Com consciência desperta, o homem e o rio fluem um no outro.

Temos que aceitar o fato de que não podemos querer sugar a felicidade a força do mundo simplesmente pegando a vida pelo pescoço e forçando-a ser do jeito que queremos que seja. Temos que ver que a vida é mudança, mudança é a vida; que eles são um na mesma coisa.

Tentar organizar fenômenos impermanentes em categorias permanentes do pensamento é como tentar arrebanhar gatos. Além disso, não estamos de alguma forma fora dessa mudança, nós somos a Vida. Nós somos mudança. Confusão e descontentamento surgem a partir da crença equivocada de que somos um substantivo, um nome. O contentamento emerge quando paramos de nadar contra a corrente e se estabelece na realização do fato de que somos uma corrente no fluxo. E essa corrente não é diferente do fluxo. É o movimento do fluxo.

Nós não somos um substantivo ou nome co-dependente que está no banco observando o fluxo de vida, mas sim um verbo que emerge do fluxo da vida.

Texto traduzido do artigo de Benjamin Riggs ”Everything the Buddha Ever Taught in 2 Words.” no site Elephantjournal

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