quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eu não merecia

Publicado por Maria Elisete em 13 agosto 2014 às 0:14 em RENOVANDO ATITUDES

"... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?..."

"... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem..."

(Capítulo 5. item 3.)

Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.

A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.

Assimilamos o ―mito do vitimismo‖nas mais remotas religiõs politeítas, vivenciadas por todos nó durante as váias encarnaçõs, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisõs arbitráias. Por termos sido víimas nas mãs dessas divindades, éque passamos a usar as ténicas para apaziguar as iras divinas, comercializando favores com oferendas a Júiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vêus nas áeas afetivas e a Plutã, deus dos mortos e dos infernos.

Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunçã

dos astros nã estava propíia, que a lua era minguante e que nascemos com uma máestrela.

Ainda muitos de nó acreditamos ser víimas do pecado de Adã e Eva e da crenç de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a idéa da hegemonia divina das naçõs.

As pessoas que acreditam ser ―víimas da fatalidade‖continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúios. Recusam absolutamente reconhecer a conexã entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. Sã influenciadas pelas velhas crençs e se dizem prejudicadas pela forç dos háitos, pelas cargas genéicas e pela forma como foram criadas, afirmando que nã conseguem ser e fazer o que querem. Nã sabem que sã arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.

A víima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem forç nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: ―Eu nã merecia isto‖ ―A vida éinjusta comigo‖ nunca lhe ocorrendo, poré, que o seu jeito de ser éque materializa pessoas e situaçõs em sua volta.

Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: ―Meus problemas sã causados por meu lar‖ ―Os outros sempre se comportam desta forma comigo‖ Desconhecem que as causas dos problemas somos nó e que, ao renascermos, atraíos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. Sã os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados éporque estamos constantemente nos maltratando e ou maltratando algué.

Ningué pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissã.

Outras pessoas ou situaçõs poderã estimular-nos a ter certas reaçõs, mas somente nó mesmos determinaremos quais serã e como serã essas reaçõs. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiêcias em váias vidas e sedimentadas pela forç de nossas crençs interiores - mensagens gravadas em nossa alma.

Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e fráeis, que reclamam e se colocam como ―víimas do destino.

Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes éaceitar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existêcia.

Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que ―as vicissitudes da vida tê, pois, uma causa, e, uma vez que Deus éjusto, essa causa deve ser justa‖

Hammed -

(Capítulo 5. item 3.)

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