Publicado por Maria Elisete em 19 agosto 2014 às 17:03 em RENOVANDO ATITUDES
"E não Jesus disse estas palavras: Eu vos rendo glória, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, por haverdes ocultado essas coisas aos sábios e aos prudentes, e por havê-las revelado aos simples e aos pequenos."
(Capítulo 7, item 7.)
Vai e considerar que, quando Jesus afirmou que Deus havia ocultado os mistérios aos sábios e aos prudentes e os tinha revelado aos simples e pequenos, em verdade observava que certos homens de cultura e intelectualidade achavam-se perfeitos eruditos, não precisando de mais nada além do seu cabedal de instrução.
Por sua vez, orgulhosos porque retinham vários títulos, acreditavam-se superiores e melhores que os outros, fechando assim as comportas da alma às fontes inspirativas e intuitivas do plano espiritual.
Porém, os ―pequenos e simples‖, aos quais se reportava o Mestre, são aqueles outros que, devido à posição flexível em face da vida, descortinam novas idéias e conceitos, absorvendo descobertas e pesquisas de todo teor, selecionando as produtivas, para o seu próprio mundo mental.
Por não serem ortodoxos, ou seja, conservadores intransigentes, e sim afeiçoados à reflexão constante das leis eternas e ao exercício da fé raciocinada, reúnem melhores condições de observar a vida com os ―olhos de ver‖.
São conhecidos pela ―maturidade evolutiva‖, que é avaliada levando-se em conta seus comportamentos nos mais variados níveis de realização, entre diversos setores (físico, mental, emocional, social e espiritual) da existência humana.
Pelo modo como agem e como se comportam diante de problemas e dificuldades, ―os pequenos e os simples‖ têm uma noção exata de sua própria maturidade espiritual. Além disso, sentem uma sensação enorme de serenidade e paz pela capacidade, pela eficiência e pelos atributos pessoais, e por se comportarem dentro do que esperavam de si mesmos.
Simples são os descomplicados, os que não se deixam envolver por métodos extravagantes, supostamente científicos, e por critérios de análise rígida. Simples são os que sempre usam a lógica e o bom senso, que nascem da voz do coração.
São aqueles que não entronizam sua personalidade megalomaníaca atrás de mesas douradas e que não penduram pergaminhos para a demonstração pública de exaltação do próprio ego.
Os ―sábios‖ a quem o Senhor se referia eram os dominadores e controladores da mente humana, que desempenhavam papéis sociais, usando máscaras diversas segundo as situações convenientes. Estão a nossa volta: são criaturas sem originalidade e criatividade, porque não auscultam as vibrações uníssonas que descem do Mais Alto sobre as almas da Terra.
Não suportam a mais leve crítica - mesmo quando construtiva - de seus atos, feitos, raciocínios e ideais; por isso, deixam de analisá-la para comprovar ou não sua validade. Por se considerarem ―donos da verdade‖, reagem e se irritam, esquecendo-se de que esses comentários poderiam, em alguns casos, proporcionar-lhes melhores reflexões com ampliação da consciência.
Vale considerar que esses ―sábios‖ não se lançam em novas amizades e afeições, pois conservam atitudes preconceituosas de classe social, de cor, de religião e de outras tantas, amarrando-se aos exclusivismos egoísticos.
Não obstante, o Mestre Jesus se reportava às luzes dos céus, que agilizariam os simples a pensar com mais lucidez, a se expressar com maior naturalidade, para que pudessem desbravar os mistérios do amor e das verdades espirituais, transformando-se no futuro nos reais missionários das leis eternas.―Simples‖ são os espontâneos, porque abandonaram a hipocrisia e aprenderam a se desligar quando preciso do mundo externo, a fim de deixar fluir amplamente no seu mundo interior as correntezas da luz; são todos aqueles que prestam atenção no ―Deus em si‖ e entram em contato com Ele e consigo mesmo;são, enfim, aqueles que já se permitem escutar sua fonte interior de inspiração e, ao mesmo tempo, confiar nela plenamente.
Desbravando mistérios
Capítulo 7, item 7
Hammed - Renovando Atitudes
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