terça-feira, 30 de outubro de 2012

Resgatando seu poder

Poder é a capacidade de agir. Quando você entrega o seu poder, o que essencialmente faz é tirar o ponto de referência de você, e colocá-lo lá fora, para a coisa que você dá seu poder. Agora isto é significativo porque, para ser poderoso, você precisa ter a capacidade de fazer escolhas que vêm da sua vontade, (não de outra pessoa) e ativar estas escolhas, se assim o desejar, que é o que é o poder. Assim, uma questão pertinente agora, que você é um adulto, é: "Você tem a capacidade de fazer escolhas que vêm de sua vontade e de ativar essas escolhas se assim o desejar?" Se não, então quem tem o seu poder? É o seu chefe? Ou é o seu parceiro, seu amante, ou cônjuge? O medo tem o seu poder? Ou você tem dado o seu poder para costumes sociais, ou instituições como o governo, uma religião ou uma filosofia? São os médicos ou advogados que tem o seu poder? Ou são os líderes espirituais como rabinos, padres, ministros, ou gurus? Você o entrega para pessoas controladoras e dominadoras? Entregou seu poder para alimentos de conforto, álcool, drogas ou outras formas de escape? Você o deu para cuidar de todos os outros? Ou, você deixa as pessoas que são infelizes drenarem e sugarem sua energia? Você deu o seu poder ao dinheiro, tempo, ou a escassez e a falta deles? O problema decorre do fato de que muitas vezes, enquanto crianças, recebemos definições muito distorcidas e deformadas de poder. Fomos informados de que você não pode ter o seu ponto de referência como VOCÊ, porque é ser egoísta. Isso é egoísmo. Isso é ruim. Você precisa cuidar, amar e servir aos outros. Não pense em si mesmo, ou ninguém vai gostar de você. Foi-nos dito coisas como: "Ah, essa pessoa é poderosa", mas quando olhamos para aquela pessoa, o que vimos foi uma pessoa dominadora, controladora e vazia. Assim, concluímos que, para sermos poderosos, tínhamos de ser resistentes, fortes, e ter poder sobre as pessoas; não queríamos ser um 'daqueles' então nos esquivamos do poder. Para você entrar em seu poder, você deve tomar o seu poder de volta a partir dessas definições distorcidas e deformadas. Você teve o poder apenas para entregá-lo a outros e você precisa tomá-lo de volta de todas as autoridades a quem você o deu. Experimente esta técnica para recuperar seu poder: Em sua mente, veja a pessoa ou coisa a quem você está dando sua energia. Se é uma coisa, então personifique-a. Imagine o poder como uma bola de luz e mentalmente a alcance e agarre o poder dela e traga-a de volta para você. Enquanto isso, tome fôlego e diga: "O Poder que eu dei a você, volta para mim. Poder volte para mim." Repita isso três vezes. Agora, sinta-se como sendo muito grande cerca de 5-6 metros e se veja olhando para esta pessoa (ou coisa). Você ficou maior porque tomou o seu poder de volta. Observe que esta pessoa (ou coisa) não é tão sólido, tão vibrante porque toda a sua intensidade de poder era a sua energia. Em sua mente, agradeça a pessoa (ou coisa) por mostrar onde você deu o seu poder e pela oportunidade de pegá-lo de volta. Então perdoe (a pessoa ou coisa.) Por fim, perdoe-se por entregar seu poder a pessoa (ou coisa). Você nunca é impotente porque você tem escolha em cada momento. Você tinha inclusive o poder de fazer a escolha de ser impotente. Por que não fazer uma escolha agora e ser poderoso? Por que não usar seu poder para trazer o seu ponto de referência de volta para você, e fazer valer os seus pontos fortes, suas habilidades, seus dons e seus talentos? Se você possui seu poder, você vai achar que você pode mudar qualquer coisa. Suzanne Hosang

domingo, 28 de outubro de 2012

Eis a questão

Sempre que uma pessoa afirma, confiantemente, “eu sou assim…”, note que ela está simplesmente procurando uma desculpa para um comportamento que ela própria sabe não ser o melhor. Quando faltam argumentos e uma razão real, objetiva e emocionalmente integrada, alguns somente repetem o velho e “seguro” chavão: “eu sou assim…” e continuam a fazer as coisas da mesma forma. Isso é chamado de “crença no determinismo genético”. Quem diz isso abdica de qualquer responsabilidade sobre si mesma, jogando a “culpa” na genética ou nos deuses, como se a própria pessoa não tivesse meios de alterar sua vida. Existe um meio melhor. Quem diz “eu sou assim…”, faz de conta que não está pensando, faz de conta que não possui liberdade de escolha, faz de conta que há algo programado dentro dela e que não existem meios de alterar essa programação. A quase totalidade das pessoas que insistem em dizer “eu sou assim…”, têm receio de mudar e são complacentes com elas próprias, agindo como uma avestruz, colocando a cabeça em um buraco no chão… Mas nós nunca “somos” coisa alguma. Sempre estamos. Estamos jovens, estamos sadios, estamos acordados, estamos educados, estamos esforçados, estamos atentos, estamos felizes e assim por diante. O que “está” pode ser mudado, mas o que “é” não pode. Há uma enorme diferença entre “ser e estar”. Quando dizemos que estamos sem dinheiro, estamos solitários, estamos tristes, estamos sem imaginação, estamos com problemas… deixamos claro para os outros (e para nós mesmos) que esta é uma condição transitória e que estamos trabalhando para mudar o quadro. Dizer: “eu estou acima do peso” é muito diferente de dizer “eu sou gordo”. Quando usamos o verbo “ser”, definimos uma condição de vida que independe de nossa vontade. Sou do planeta Terra: é uma condição imutável. Estou na França: é uma condição transitória. Escute o que você diz para os outros e para sua própria mente. Se você disser algo começando com a frase “eu sou assim mesmo…” verifique imediatamente se não está somente tentando explicar o inexplicável para seu próprio coração. Não tente se enganar, porque, no fundo, você vai saber que é uma afirmação falsa. Somente quem muda, sobrevive. post por Mirian Marcia Machado

sábado, 27 de outubro de 2012

Liberte-se

Na Idade Média, na Europa, o caminho popular para a espiritualidade era se tornar um monge, ou uma freira. Os Mosteiros e conventos eram bem financiados, pois as suas populações locais eram obrigadas pela lei a não somente frequentar a Igreja aos Domingos, mas também a doarem 10 por cento de sua renda à Igreja. Monges e freiras assumiam votos que os aliviavam das distrações de ter que ganhar a vida. Eles faziam votos de pobreza, castidade e obediência. Libertos das obrigações de trabalhar por salários ou para sustentar a família, eles eram capazes de passar muitas horas por dia em adoração e contemplação. A parte de obediência do voto era conveniente aos que estavam no controle. O problema é que, uma vez que o voto era assumido, ele ficava armazenado em sua mente subconsciente que, ao contrário do seu cérebro físico, sobrevive à morte e reencarna com o seu espírito a cada nova vida. Se estiverem hoje lutando com problemas de dinheiro, relacionamentos sufocantes, ou se sentirem uma falta de iniciativa que poderia resolver os seus problemas, provavelmente assumiram um voto de pobreza, castidade e obediência, em uma vida passada. Tais votos pareciam uma boa ideia no momento, mas, porque os ensinamentos sobre a reencarnação foram banidos da Bíblia, ninguém compreendia qual o problema que isto causaria em vidas futuras. Estes votos eram assumidos sem data de expiração. Não havia nenhum tipo de cláusula incluído, tal como “até que a morte nos separe”, assim as mentes subconscientes destes indivíduos registravam fielmente os votos como obrigações que continuariam até novo aviso. Hoje, vocês poderiam estar lutando para pagar as contas e querendo criar a prosperidade em sua vida para terminar com esta luta. Mas se tiverem um bloqueio subconsciente que diz: “Você não deve ter dinheiro”, ou “O dinheiro é ruim”, então o bloqueio irá prevalecer e vocês continuarão a lutar. A partir de um ponto de vista neutro, imparcial, é óbvio que o dinheiro, que é apenas outra forma de energia, não pode realmente ser “pior” do que a eletricidade. De modo funcional, o dinheiro nada mais é do que a moeda da energia pessoal. Ele representa o trabalho que vocês fizeram e a habilidade de pagar pelo trabalho dos outros para suprir as suas necessidades. Se tiverem um bloqueio mental em relação ao dinheiro, então talvez seja o momento de deixarem de sofrer e chutarem o bloqueio! Enquanto a parte do voto de pobreza produz dificuldades financeiras, a parte da castidade criará relacionamentos insatisfatórios. A parte da obediência leva a uma crença de que as pessoas que adquiriram posições de autoridade têm mais conhecimento. Esta postura de autonegação não é mais apropriada no mundo de hoje, pois estes são os dias em que a era Espiritual está emergindo. Hoje, vivemos em uma era de auto-competência, que exige o domínio individual da vida, e não o cego que pretende seguir alguém que reivindica ter mais conhecimento. Eles raramente têm. Há um especialista neste mundo que sabe o que é realmente melhor para vocês e vocês veem esta pessoa a cada vez que se olham no espelho! Olhem para o reflexo dos seus olhos – as janelas da alma – e peçam que a sabedoria eterna que se encontra dentro de vocês se manifeste. Vocês já sabem a resposta a cada desafio pessoal. Apenas deem a sua mente consciente a permissão de ouvir esta sabedoria interior. Mais cedo ou tarde, todos os votos obsoletos precisam ser liberados, a fim de que se libertem das cadeias invisíveis da limitação auto imposta. Quaisquer votos aceitos em vidas passadas, sem data de expiração, são tipicamente inapropriados, pela maneira com que eles afetam vidas posteriores. As circunstâncias que tornaram apropriado um voto de uma vida passada naquele momento, não mais existem, porque cada vida é uma aventura diferente, em um ambiente diferente. A fim de desenvolver o seu próprio potencial, vocês precisam se libertar das obrigações obsoletas, de vidas passadas. Somente vocês podem desenvolver o seu potencial. Ninguém mais pode fazê-lo por vocês. Esta vida é a sua aventura e é o seu momento de crescer para compreender o seu verdadeiro potencial, ou de serem atacados continuamente pelos bloqueios que a tudo desaceleram. Se vocês suspeitarem de que a sua mente subconsciente possa estar abrigando votos inadequados, vocês poderão liberá-los muito simplesmente pelo esforço consciente. Aqui está como se libertarem, com a sua própria Declaração de Independência pessoal. Entrem em um estado de tranquilidade e façam esta declaração necessária e há muito esperada: “Eu renuncio e libero agora todos os votos que eu assumi, que tenham sobrevivido aos seus propósitos e que limitem agora o meu potencial para o crescimento. Reivindico a minha liberdade pessoal e declaro estes votos como renunciados e liberados agora. Substituo os velhos votos pelo conhecimento de que eu sou amado e que eu sou o Amor.” Para um melhor efeito, repitam-no duas ou mais vezes, acrescentando sentimento e significado de cada vez. Continuem a rever a declaração, até que se sintam verdadeiramente liberados e capazes de avançar para crescerem e prosperarem naturalmente nestes dias do início da Era Espiritual. Owen Waters

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A melancolia

Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e a liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor, mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que mantém cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. François de Genéve. (Bordéus)

Oração de Gandhi

Meu Deus... Ajuda-me a dizer a palavra da verdade na cara dos fortes e a nao mentir para obter o aplauso dos débeis. Se me dás dinheiro, nao tomes a minha felicidade, e se me dás forças, nao tires o meu raciocinio. Se me dás exito, nao me tires a humildade; se me dás humildade, nao tires a minha dignidade. Ajuda-me a conhecer a outra face da realidade, e nao me deixes acusar os meus adversários, apodando-os de traidores, porque nao partilham meu criterio. Ensina-me a amar os outros como amo a mim mesmo e a julgar-me como o faço com os outros. Não me deixes embriagar com o exito, quando o consigo, nem a desesperar, se fracasso. Sobretudo, faz-me sempre recordar que o fracasso é a prova que antecede o êxito. Ensina-me que a tolerancia é o mais alto grau da força e que desejo de vingança é a primeira manifestação da debilidade. Se me despojas do dinheiro, deixe-me a esperança, e se me despojas do êxito, deixe-me a força de vontade para poder vencer o fracasso. Se me despojas do dom da saúde deixa-me a graça da fé. Se causo dano a alguem, da-me a força da desculpa, e se alguem me causa dano, da-me a força d perdao e da clemencia. Meu Deus... se me esquecer de Ti... Tu nao Te esqueças de mim! Gandhi

Serenidade Sempre

Todo homem sábio é sereno. A serenidade é conquista que se consegue com o esforço pessoal, passo a passo. Pequenos desafios que são superados, irritações que conseguimos controlar; desajustes emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada são todas experiências para a aquisição da serenidade. Um espírito sereno é aquele que já se encontrou consigo próprio, sabendo exatamente o que deseja da vida. A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os que estão à volta. Inspira confiança, acalma e propõe afeição. O homem que consegue ser sereno já venceu grande parte da luta. Assim, não permita que nenhuma agressão exterior lhe perturbe, causando irritação e desequilíbrio. Procure manter a serenidade em todas as realizações. A sua paz é moeda arduamente conquistada, que você não deve atirar fora por motivos irrelevantes. Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, que jamais se perdem, e sempre seguem com você. Quando esteja diante de alguém que engana, traindo a sua confiança, o seu ideal, procure manter-se sereno. O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima. No seu círculo familiar ou social, você sempre irá se defrontar com pessoas perturbadas, confusas e agressivas. Não se desgaste com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam. Elas são um teste para sua paciência e serenidade. Procure manter-se sempre em contato com o alto, através da prece e em contato consigo mesmo, buscando continuamente compreender as situações que a vida lhe apresenta, enxergando-as como oportunidades, e não como crises. Quem consegue manter a serenidade diante das pequenas dificuldades que surgem, vence mais facilmente os grandes desafios. O homem sereno consegue viver mais feliz, pois nada parece afligi-lo a ponto de faze-lo desistir dos sonhos que traçou para si mesmo. O homem sereno jamais busca resolver suas questões através de comportamento violento, e por isso há mais paz em sua vida. A serenidade que Jesus mantinha em seu coração era algo sublime. Poucos eram aqueles que não se emocionavam em sua presença, pois esta virtude se exteriorizava pelo olhar tranqüilo e profundo, irradiava pelo semblante carinhoso e pacífico; emanava pelas palavras ditas com tanto amor, que pareciam beijar e abraçar aqueles que as ouviam. Poucos foram aqueles que não tiveram seus olhares inundados, por estarem na companhia do espírito mais sereno que já esteve na face da terra. Divaldo Frando

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Esvaziando a mente

Esvazia tua mente e não penses em nada. Como você fará para esvaziar sua mente? Quando os pensamentos vierem, observe. A observação tem que ser feita com precaução: deve ser passiva, e não ativa. Seja passivo como quando você senta à margem de um rio, enquanto ele flui; simplesmente observe. Não há aflição, não há urgência, não há emergência. Ninguém o está forçando. Mesmo que deixe passar, nada está perdido. Você simplesmente observa, olha apenas. Olhe apenas. É muito, mas muito essencial que essa passividade seja compreendida, porque a sua obsessão pela atividade pode tornar-se inquietação, pode fazer-se uma espera ativa, e então, você pode pôr tudo a perder. Seja um observador passivo. A passividade esvaziará automaticamente sua mente. Ondulações de atividade, ondulações de energia mental se aquietarão, aos poucos e toda a superfície de sua consciência ficará sem ondas, sem qualquer ondulação. Tornar-se á um espelho silencioso. Cada mestre tem seu método especial, por meio do qual ele alcançou e por meio do qual gostaria de ajudar outros. Essa é a especialidade de Tilopa: Como um bambu oco, repousa bem teu corpo. Um bambu completamente oco por dentro. Quando você repousa procure sentir-se como um bambu: completamente oco e vazio por dentro. E é realmente assim, seu corpo é tal e qual um bambu. Sua pele, seus ossos, seu sangue, fazem parte do bambu, mas dentro há espaço, esvaziamento. Quando você está sentado, a boca silenciosa, inativa, a língua tocando o céu da boca e silente, observando passivamente os pensamentos, sem esperar por coisa alguma em particular, você se sente um bambu oco - e subitamente, infinita energia começa a derramar-se dentro de você; fica repleto do Desconhecido, do Misterioso, do Divino. Desde que esteja vazio, não haverá barreiras para o Divino entrar em você. Tente isso: é uma das mais belas meditações - a meditação de se tornar um bambu oco. Não precisa fazer nada. Você simplesmente se transforma - e tudo o mais acontece. Subitamente, sente que algo desce para o seu espaço vazio. Você é como um útero e vida nova está entrando em você; uma semente está caindo. E chega o momento em que o bambu desaparece completamente. Repouse bem, não deseje coisas espirituais, não deseje o céu, nem mesmo deseje Deus. Deus não pode ser desejado. Quando estiver destituído de desejos, Ele virá ter com você. A libertação não pode ser desejada, porque o desejo é um laço. Quando você está livre de desejos, está liberado. O estado de Buda não pode ser desejado, porque o desejo é um obstáculo. Quando não existem barreiras, Buda explode em você. Você já tem a mente. Quando você está vazio, há um espaço - e a semente explode. Ponha de lado o desejar. Deixe que o desejar desapareça, torne-se um silencioso lago de não-desejos - de repente, você será surpreendido: inesperadamente , ele estará ali. E você rirá como Bodidarma riu. Riu porque "que tipo de brincadeira é essa? Você já é o que estava tentando ser! Como pode ter êxito, se já é aquilo que está tentando ser? Como é possível que se torne aquilo que já é? Por isso é que Bodidarma riu. Você alcançou, se não se prendeu. Nada em suas mãos e você alcançou. Quando as coisas estiverem maduras e a estação certa chegar, você florescerá como um Buda. Osho

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sobre o perdão




É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO

... E ABRIMOS O CAMPO DAS INFINITAS POSSIBILIDADES

Aqui está um dos sentimentos mais nobres da Alma humana, pelos quais poderíamos divagar nos deixando levar em pensamentos filosóficos por longo tempo, tentando esboçar a grande verdade hermética que esta poderosa virtude nos guarda. 
Sentimento que transcende a mente humana, só é realizado plenamente quando alcançamos estados de pura elevação espiritual.  É a virtude que dá à Alma humana uma profunda satisfação de liberdade, pois para ela não há mais ofensas e injurias, ficando livre de toda maldade e de suas pesadas cargas.  A Alma compreende que toda vida fenomênica é irreal, ilusória, efêmera e impermanente e, sendo assim, injúrias e ofensas não fazem parte da realidade, isto é, do princípio único do Absoluto, pois não se sustentam eternamente.  Compreende ainda que seus semelhantes encontram-se em diferentes etapas de evolução e que se são agressivas e causam injúrias é porque ainda não assimilaram a Verdade e necessitam de auxílio, de amor e perdão. 
Portanto, somente a vida divina e absoluta está capacitada a realizar o verdadeiro perdão.  E é somente através da procura intensa da verdade, meditando e investigando o interior da Alma que se alcança a libertação, transcende-se os planos da existência, integra-se ao Princípio Divino e perdoa-se. 
Procuremos sentir amor por aqueles que nos injuriam, elevando nossa consciência ao Eu Superior, que é nosso verdadeiro Eu.  O perdão deixa de ser necessário onde existe amor, pois que eles se confundem na essência do Absoluto.  Não há amor sem perdão, nem perdão sem um verdadeiro amor. 
Perdoemos sempre; paguemos o ódio com amor, as grosserias com gentilezas e mentalmente, através de orações e boas energias, auxiliemos nossos aparentes inimigos.  Enquanto não estivermos prontos a dar amor por um inimigo, não teremos compreendido a lei da unidade e nossa capacidade de ajudar o próximo ainda estará sob a influência dos condicionamentos e preconceitos enraizados na personalidade. 
“Em seu coração deve brotar uma simpatia que aplaca todas as dores dos corações alheios, aquela mesma simpatia que possibilitou a Jesus dizer: ‘Pai, perdoa-os; pois eles não sabem o que fazem’.  Seu imenso amor abrangia tudo.  Ele poderia ter destruído seus inimigos com um olhar.  Entretanto, assim como Deus está nos perdoando ininterruptamente, embora conheça todos os nossos maus pensamentos, assim, também, essas grandes almas que estão em sintonia com Ele nos dão esse mesmo amor”.

(Paramahansa Yogananda)

Inteligência Espiritual


Você é espiritualmente inteligente?

No livro QS Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar
aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta
os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.
O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes.

Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, "O Ser Quântico" e "A Sociedade Quântica", já traduzidos para o português.

QS Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record).

Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou a EXAME em Porto Alegre durante o 30º Congresso Mundial de Treinamento e desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suíça, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual
para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?
Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais.

Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos,
reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos interiores de pensamento. Esse tipo lhe dá o
QS, ou inteligência espiritual.
   
Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação.
Daniel Goldman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.
Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência
emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções.
A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da Inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

2. São levadas por valores. São idealistas.

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.

4. São holísticas.

5. Celebram a diversidade.

6. Têm independência.

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.

9. Têm espontaneidade.

10.Têm compaixão.

Várias formas de desapego


Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências - , atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou resignação neurótica, e não uma virtude genuína.

Denominamos "desapego defensivo" o mecanismo de fuga da realidade utilizado, de forma inconsciente ou não, por pessoas que possuem um constrangimento auto-imposto proveniente do medo de amar, ou mesmo de se perder na sede de amor por objetos, pessoas ou idéias e de serem absorvidas por enorme necessidade de dependência e de submissão fora do próprio controle.


Esse "desapego de proteção" tem como base profunda um processo mental ativado tão logo o indivíduo perceba algo ou alguém que tenha grande significado para ele, e que, se o perdesse, seria muito doloroso. Ele adota uma atitude de contenção dos sentimentos e se isola com indiferença e desprezo diante do seu mundo sensível.


Declara-se desinteressado e frio, mantendo por postura íntima o seguinte pensamento: "eu não me importo", quer dizer, "não abro as portas do meu sentimento". (Aliás, a palavra "importar" vem do latim importare - "trazer para dentro" ou "trazer para si"). Assim, ele não se sentirá frustrado ou ameaçado pelos conflitos, porquanto supõe ter atingido um "real desapego", quando, na verdade, apenas utiliza uma desistência da expressão, do anseio, da vontade, da satisfação e da realização pessoal, ou seja, restringe e mutila a vida ativa.


Por outro lado, o "desapego saudável" é uma vivência que leva ao crescimento íntimo e uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social, exibindo atos e comportamentos fictícios, envolvidas que estão por uma atmosfera de falsa renúncia e altruísmo.


É considerada pelos Espíritos Superiores como "duplo egoísmo" a atitude de certos "homens que vivem na reclusão absoluta para fugir do contato do mundo".


Não podemos nos esconder atrás de valores sagrados para camuflar conflitos de caráter afetivo, sexual, profissional, cultural, religioso - isso é escapismo.

Enfim, uma deserção da participação social é, na verdade, um fenômeno retardatário do amadurecimento psicológico. Esse tipo de desapego, que parece ter como motivo um imenso desprendimento por bens materiais ou pessoal, comprova, acima de tudo, ser apenas um desejo de fuga ou um receio proveniente do egoísmo.

Uma atitude auto-imposta por dúvidas e desconfiança, insegurança e temor, além de nos auto-agredir, nos afasta do caminho natural e nos desvia do dinamismo evolutivo da Vida Providencial. Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -, atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou resignação neurótica, e não uma virtude genuína.


As criaturas do mundo estão cheias de fictícios desapegos que, na realidade, reduzem a visão da verdadeira espiritualidade, dificultando as muitas maneiras de despertar as potencialidades da alma.


Diz-se que um indivíduo "apegado" é indeciso e inerte, porque perdeu a conexão consigo mesmo; não sabe mais o que quer para si, não mais navegava os mares nem desbravava os continentes de seu reino interior - desviou-se de sua rota existencial.


Disse Jesus: "Em verdade, em verdade, vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. Quem ama a sua vida a perde e quem odeia a sua vida neste mundo guardá-lá-á para a vida eterna".


O entendimento das palavras do Mestre pode nos libertar do sofrimento a que nos arremessou o apego.


O "amar a vida" ou "odiar a vida" a que Cristo se refere é, exatamente, o despertar ou a conscientização de que as coisas vêm e vão na nossa existência, e que é preciso adotar a prática do desapego em relação a elas. O apego é a memória da "dor" ou do "prazer" passado, que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento existe um apego.


"Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto".

Eis a excelência da mensagem: tudo em nossa vida terrena é transitório, vai passar; vai mudar e ir além... Os "grãos de trigo" vão tomar uma nova feição - se transformarão num imenso trigal e, mais adiante, se converterão na prodigalidade do alimento generoso.

Apego é a não-aceitação da impermanência
das coisas. Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal".

Do livro OS PRAZERES DA ALMA - Pagina 25-27 - editora BOA NOVA

pesquisa de Fátima dos Anjos

Desapego




O desapego é a prática do discernimento. Aos poucos vamos ganhando controle sobre as ondas de pensamento "dolorosas" ou impuras, perguntando-nos: "Por que é mesmo que eu desejo este objeto? Que benefício duradouro obterei com possuí-lo? De que maneira sua posse me ajudará a conquistar maior conhecimento e liberdade?" As respostas a tais perguntas são sempre embaraçosas: fazem-nos ver que o objeto desejado não só é inútil como instrumento de libertação, mas é potencialmente prejudicial enquanto instrumento propício à ignorância e à sujeição; e mais, que o nosso desejo não é na verdade desejo pelo objeto em si absolutamente, mas apenas desejo de almejar alguma coisa, uma mera agitação da mente.
 É muito fácil ponderar acerca de tudo isso num momento de calma. Mas o nosso desapego é testado quando a mente de súbito é varrida por uma enorme onda de raiva, de cobiça ou de avareza. Então, somente através de um esforço decidido de vontade nos lembraremos daquilo que a nossa razão já sabe — que essa onda, o objeto sensorial que a suscitou, o senso de individualidade que identifica a experiência a si própria - são todos igualmente efêmeros e superficiais, não são a Realidade subjacente.
O desapego pode surgir muito lentamente. Mas mesmo seu estágio mais inicial é recompensado por uma sensação nova de liberdade e de paz. Jamais se deveria concebê-lo como austeridade, espécie de autotortura, algo arbitrário e penoso. A prática do desapego confere sabor e significado até ao incidente mais banal do mais enfadonho dos dias. Ele elimina o aborrecimento de nossas vidas. E, à medida que progredimos e conquistamos crescente autodomínio, vemos que não estamos renunciando a nada de que realmente necessitamos ou queremos — e sim, estamos apenas libertando-nos de desejos e necessidades imaginários. Com esse espírito, a alma cresce até conseguir aceitar, serena e imperturbável, os piores reveses da vida. Cristo disse: "Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" — querendo dizer que a existência corriqueira e sem discernimento, de apego aos sentidos, é, de fato, muito mais penosa, muito mais difícil de suportar do que as disciplinas que nos tornarão livres. Parece-nos difícil compreender essa passagem, porque temos sido habituados a conceber a existência terrena de Cristo como trágica — uma gloriosa e inspiradora tragédia, por certo, mas que não obstante terminou numa cruz.
 Deveríamos antes nos indagar: "O que seria mais fácil, pender naquela cruz com a iluminação e o desapego de um Cristo, ou nela padecer na ignorância, na agonia e na sujeição de um pobre ladrão?" E, seja como for, a cruz pode alcançar-nos, estejamos preparados e aptos a aceitá-la ou não.
O desapego não é indiferença — nunca é demais repeti-lo. Muitas pessoas rejeitam as metas da filosofia iogue como "inumanas" e "egoístas", pois imaginam a ioga como um distanciamento frio e deliberado de tudo e de todos em prol da busca de salvação pessoal. A verdade é exatamente o oposto. O amor humano é a emoção mais elevada que a maioria de nós conhece. Ele nos liberta, em certa medida, do egoísmo que mantemos em relação a um ou mais indivíduos. Mas o amor humano ainda é possessivo e exclusivista.
 O amor pelo Atman não é uma coisa nem outra. Admitimos prontamente que é melhor amar as pessoas "pelo que elas realmente são" do que apenas por sua beleza, inteligência, força, senso de humor ou alguma outra qualidade - mas isso não passa de afirmação vaga e relativa. O que as pessoas "realmente são" é o Atman, nada mais nada menos. Amar o Atman em nós mesmos é amá-lo em toda parte. E amar o Atman em toda parte é ir além de qualquer manifestação da Natureza até a Realidade interior da Natureza.
 Esse amor é por demais vasto para ser compreendido por espíritos vulgares; no entanto, ele é simplesmente um aprofundamento e uma expansão infinita do pequeno e limitado amor que todos sentimos. Amar alguém, mesmo ao jeito habitual dos homens, é captar o aparecimento instantâneo e vago, dentro dessa pessoa, de algo formidável, que infunde respeito, eterno. Em nossa ignorância, achamos que esse "algo" é único. Ele ou ela, dizemos, é diferente de todos. Isso porque nossa percepção de Realidade é turvada e obscurecida pelas manifestações exteriores — o caráter e as qualidades individuais da pessoa que amamos - e pelo modo como a elas reage nosso próprio senso de individualidade.
 Entretanto, esse lampejo pálido de percepção é uma experiência espiritual válida e deveria encorajar-nos a purificar a nossa mente, preparando-a para aquela espécie infinitamente mais elevada de amor que está sempre a nos aguardar. Esse amor não é inquieto e efêmero, como o nosso amor humano. É firme, eterno e sereno. É absolutamente livre do desejo, pois amante e amado ter-se-ão tornado um só.

Observe esta passagem do Bhagavad-Gita:
As águas fluem continuamente para o oceano, Mas o oceano nunca se perturba;
O desejo flui para a mente do vidente, Mas ele nunca se perturba.
O vidente conhece a paz...
Conhece a paz aquele que esqueceu o desejo.
Ele vive sem ansiedade:
Livre do ego, livre do orgulho.

Do livro: Como conhecer deus, aforismos iogues de patanjali de acordo com a versão de swami prabhavananda e christopher isherwood


Pesquisa de Fatima dos Anjos