Em
primeiro lugar, esclareço que tudo começa em nosso mundo interior, ou
seja, em nossa intimidade. Precisamos, ao longo da nossa vida, no dia a
dia, cultivar o hábito de analisar nossas reações diante das
circunstâncias. Precisamos desenvolver, progressivamente, a capacidade
de colocarmos nossa atenção no agora. Eckhart Tolle nos oferece lições
belíssimas sobre o poder do agora. Ele afirma, no livro O poder do
Agora:
“Nossa
mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma
tarefa específica e depois ser deixada de lado. Sendo assim, eu poderia
afirmar que 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis,
mas, por conta de uma natureza frequentemente negativa, são também
nocivos. Observe sua mente e verificará como isso é verdade. Essa
atitude causa uma perda significativa de energia vital”.
Recomendo
muito a leitura desse livro. Portanto, em primeiro lugar, precisamos
tomar consciência dos nossos pensamentos e emoções. Ao estarmos
presentes, sem julgar, sem criticar, mas apenas percebendo, ampliamos
nosso grau de consciência; saímos do “piloto automático” e passamos a
canalizar nossa energia para algo mais específico. Isso inclui, sim, uma
posterior autoanálise...
Sendo
assim, a busca pelo autoconhecimento é fundamental. Conforme vamos nos
conhecendo, conseguimos discernir melhor quais são os nossos padrões
emocionais e condicionamentos mentais e o que nos é estranho, ou seja,
vem de fora. E esse “fora” inclui a influência de espíritos – encarnados
e desencarnados.
Mas,
quando falamos em assédio espiritual, não podemos nos colocar em uma
posição de vítimas e acharmos que os espíritos são culpados pelo que
acontece em nossa vida. Sim, eles têm influência, mas nós temos o
livre-arbítrio de cedermos ou não às suas sugestões. E mais: se eles nos
atingem, quase sempre é porque nós mesmos os atraímos. Isso ocorre
devido à sintonia espiritual que existe entre as pessoas.
Então, precisamos ter a coragem de assumir nossa responsabilidade diante dos assédios e obsessões e mudar nosso padrão interior.
E,
claro, devemos buscar apoio nas ferramentas que temos à nossa
disposição para nos protegermos e nos reequilibrarmos, energética e
espiritualmente. Temos as práticas bioenergéticas, a meditação, a
oração, etc. Como dizia Jesus: “Orai e vigiai.”
Wagner Borges
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