Você sempre permaneceu unido apenas informalmente, e quando está unido formalmente a alguém pode continuar enganando a respeito de mil e uma coisas disparatadas, porque nada importa — é só um passatempo.
Mas quando você começa a se sentir mais próximo de alguém surge uma intimidade, então até mesmo uma simples palavra que pronuncie é importante. Então você não pode brincar com as palavras com tanta facilidade, porque agora tudo tem significado.
Portanto, haverá lacunas de silêncio. A princípio você se sentirá estranho, porque não está acostumado ao silêncio. Você acha que deve dizer algo; do contrário, o que o outro irá pensar?
Sempre que você se aproxima de alguém, sempre que há algum tipo de amor, o silêncio vem e não há nada a dizer. Na verdade, não há nada a dizer — não há nada. Com um estranho, há muito a dizer; com os amigos, nada a dizer. E o silêncio se torna pesado porque você não está acostumado com ele.
Você não sabe o que é a música do silêncio. Você só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Você não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio.
Você não sabe como se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença. Você está evoluindo, e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Você terá de desenvolver novos padrões de comunicação não-verbal. Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não-verbal.
A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é necessária. A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio.
Portanto, não tome uma atitude errada; do contrário, irá parar de crescer. Nada faz falta quando a linguagem começa a desaparecer; essa é uma ideia errada. Algo novo tem de aparecer, e os antigos padrões não são suficientes para contê-lo.
Você está crescendo e suas roupas estão ficando apertadas. Não é que esteja faltando algo; algo está sendo acrescentado a você a cada dia.
Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém. Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz. Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.
A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não-linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso.
É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado. Os gestos sairão — às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes vocês apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer nada, só estando ali, presentes.
As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo — ninguém mais vai saber, tal a profundidade em que acontece.
Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o. Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda. E que a comunicação é sagrada; há uma pureza em torno dela.
Osho, em "Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros"
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
a missão da gota de água
Uma gota de água Contém todo o segredo do Oceano,Diz Krisnamurti.
Cada um de nós somos Uma gota de água que compõe o Oceano Cósmico da Existência Eterna.
E o oceano – todos os oceanos – estão dentro e fora Do microcosmo humano, onde DEUS sempre foi, É e será em todos os Seus Filhos.
A gota de água (você, ela, ele, eu) vai adquirindo paulatinamente a Visão Oceânica e nos transformando na mais pura Essência do Amor Divino, Que representa a Maior Missão
que o ser humano Deve almejar,intentar,diariamente constatar,e finalmente, alcançar.
Cada um de nós somos Uma gota de água que compõe o Oceano Cósmico da Existência Eterna.
E o oceano – todos os oceanos – estão dentro e fora Do microcosmo humano, onde DEUS sempre foi, É e será em todos os Seus Filhos.
A gota de água (você, ela, ele, eu) vai adquirindo paulatinamente a Visão Oceânica e nos transformando na mais pura Essência do Amor Divino, Que representa a Maior Missão
que o ser humano Deve almejar,intentar,diariamente constatar,e finalmente, alcançar.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Sincronicidade
Sincronicidade - linguagem do divino orientando nossa vida
Em momentos difíceis da vida, procuramos auxílio do alto e somos preenchidos com um sentimento de esperança de que tudo será diferente, receberemos a ajuda pedida e o mais importante: a vida será como nós queremos! Nunca perguntamos: somos merecedores? Estamos fazendo a nossa parte? Dificilmente, fazemos uma retrospectiva de forma honesta e real. Justificamos nossos erros e colocamos a culpa dos obstáculos, na vida, e no outro. Se parássemos para contabilizar erros e acertos, teríamos como produto a somatória de tudo que não melhoramos em nós, em ações, sentimentos e pensamentos e teríamos a certeza das tarefas que deixamos de fazer: sair da ilusão e deixar os velhos hábitos para trás.
Todos nós passamos por altos e baixos e, apesar dos nossos esforços para evoluir e sairmos vitoriosos, muitas vezes não enxergamos luz no fim do túnel. O mais importante neste momento é refletir, sermos honestos conosco mesmos, buscar o que não está claro. Nossos padrões e crenças nos iludem e pensamos ter o poder de controlar os resultados que programamos insensatamente para nossa vida e nos frustramos. Sempre alicerçados em nossas boas intenções, fazemos planos esquecendo de respeitar o livre-arbítrio das pessoas que incluímos neles, sem perguntar a elas se é da vontade delas também.
Quando nos frustramos com resultados negativos, precisamos encontrar um culpado para aquilo que deu errado. Somos os únicos responsáveis. Carregamos no corpo emocional tudo aquilo que não elaboramos e não trouxemos para consciência para ser transformado e entramos em cada ciclo diferente de vida, carregando coisas velhas. Esquecemos de observar os sinais sincrônicos que a vida nos envia.
A sincronicidade atua em nosso destino, independente dos caminhos que percorremos e quando refletimos nos acontecimentos, percebemos todos os sinais que a vida nos enviou e não ouvimos, de tão envolvidos que estávamos em nossos desejos, sem perceber que eles nunca correspondem à Vontade interna, relacionada com a alma e sua missão aqui no planeta.
Meditando, podemos perceber que todas as vezes que respeitamos o fluxo da vida, ela flui exatamente como precisa, levada pelas mãos Daquele que possui a verdadeira sabedoria para conduzi-la exatamente como é melhor e mais acertado para nós e nossa evolução, de acordo com a sincronicidade universal. E o que é sincronicidade?
"A sincronicidade não é mais enigmática nem mais misteriosa do que as descontinuidades da Física. É apenas nossa convicção arraigada do poder absoluto da casualidade que cria as dificuldades ao nosso entendimento e nos faz parecer que não existem nem podem existir acontecimentos acausais".
(Carl G Jung)
Quem nunca recebeu um telefonema de alguém no exato momento em que pensava na pessoa?
Em termos simples, sincronicidade é uma experiência em que ocorrem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa, ou pessoas envolvidas. Sincronicidade não é coincidência, é algo mais profundo e revelador, surge espontaneamente, sem raciocínio lógico, ou seja, geralmente acontece quando não estamos nem pensando no assunto.
Sincronicidade é uma revelação espontânea, que Jung chamava de insight e necessita de compreensão. Como isso acontece, e o mais importante, para quê?
Podemos chamá-la de "uma outra inteligência", que habita na mente superior, onde existe o discernimento. Os acontecimentos sincrônicos intervêm para nos prevenir que estamos no caminho errado. Nos permite escolher e se persistirmos em seguir o caminho contrário, à nossa maneira, desconsiderando esses sinais, pagamos um alto preço. Escolher corretamente deixa o coração leve, dá tranqüilidade. O maior sinal da decisão contrária é o desassossego interior. Uma sensação de aperto no peito, de intranqüilidade. E mesmo com esses sintomas, muitas vezes tomamos o caminho errado porque nos falta confiança em nós mesmos, não acreditamos em nossa intuição.
Posso dizer que toda vez que meu coração me diz algo, que sinto intuitivamente, mesmo que minha mente encontre mil argumentos contrários e até lógicos, e eu não ouço, faço da minha maneira, ou como o outro quer, não encontro harmonia e nem paz. Como diz o ditado popular: bato com a cara na parede!!!
As ocorrências sincrônicas não acontecem isoladamente. Com frequência, elas ocorrem no final de uma série de pequenos acontecimentos e, se nos conscientizarmos da sua importância, nos tornaremos sensíveis ao que realmente nos protege. Sincronicidade é a linguagem do divino orientando nossa vida; o que precisamos mesmo é saber interpretar esses sinais. Para isso, é necessário que estejamos entregues ao fluxo da vida com suas constantes mudanças e sensíveis ao chamado do Alto.
O segredo está na capacidade de discernir e, principalmente, no poder pessoal que nos permite acreditar sempre no chamado do nosso coração, porque ele nunca falha.
Vera Godoy
Em momentos difíceis da vida, procuramos auxílio do alto e somos preenchidos com um sentimento de esperança de que tudo será diferente, receberemos a ajuda pedida e o mais importante: a vida será como nós queremos! Nunca perguntamos: somos merecedores? Estamos fazendo a nossa parte? Dificilmente, fazemos uma retrospectiva de forma honesta e real. Justificamos nossos erros e colocamos a culpa dos obstáculos, na vida, e no outro. Se parássemos para contabilizar erros e acertos, teríamos como produto a somatória de tudo que não melhoramos em nós, em ações, sentimentos e pensamentos e teríamos a certeza das tarefas que deixamos de fazer: sair da ilusão e deixar os velhos hábitos para trás.
Todos nós passamos por altos e baixos e, apesar dos nossos esforços para evoluir e sairmos vitoriosos, muitas vezes não enxergamos luz no fim do túnel. O mais importante neste momento é refletir, sermos honestos conosco mesmos, buscar o que não está claro. Nossos padrões e crenças nos iludem e pensamos ter o poder de controlar os resultados que programamos insensatamente para nossa vida e nos frustramos. Sempre alicerçados em nossas boas intenções, fazemos planos esquecendo de respeitar o livre-arbítrio das pessoas que incluímos neles, sem perguntar a elas se é da vontade delas também.
Quando nos frustramos com resultados negativos, precisamos encontrar um culpado para aquilo que deu errado. Somos os únicos responsáveis. Carregamos no corpo emocional tudo aquilo que não elaboramos e não trouxemos para consciência para ser transformado e entramos em cada ciclo diferente de vida, carregando coisas velhas. Esquecemos de observar os sinais sincrônicos que a vida nos envia.
A sincronicidade atua em nosso destino, independente dos caminhos que percorremos e quando refletimos nos acontecimentos, percebemos todos os sinais que a vida nos enviou e não ouvimos, de tão envolvidos que estávamos em nossos desejos, sem perceber que eles nunca correspondem à Vontade interna, relacionada com a alma e sua missão aqui no planeta.
Meditando, podemos perceber que todas as vezes que respeitamos o fluxo da vida, ela flui exatamente como precisa, levada pelas mãos Daquele que possui a verdadeira sabedoria para conduzi-la exatamente como é melhor e mais acertado para nós e nossa evolução, de acordo com a sincronicidade universal. E o que é sincronicidade?
"A sincronicidade não é mais enigmática nem mais misteriosa do que as descontinuidades da Física. É apenas nossa convicção arraigada do poder absoluto da casualidade que cria as dificuldades ao nosso entendimento e nos faz parecer que não existem nem podem existir acontecimentos acausais".
(Carl G Jung)
Quem nunca recebeu um telefonema de alguém no exato momento em que pensava na pessoa?
Em termos simples, sincronicidade é uma experiência em que ocorrem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa, ou pessoas envolvidas. Sincronicidade não é coincidência, é algo mais profundo e revelador, surge espontaneamente, sem raciocínio lógico, ou seja, geralmente acontece quando não estamos nem pensando no assunto.
Sincronicidade é uma revelação espontânea, que Jung chamava de insight e necessita de compreensão. Como isso acontece, e o mais importante, para quê?
Podemos chamá-la de "uma outra inteligência", que habita na mente superior, onde existe o discernimento. Os acontecimentos sincrônicos intervêm para nos prevenir que estamos no caminho errado. Nos permite escolher e se persistirmos em seguir o caminho contrário, à nossa maneira, desconsiderando esses sinais, pagamos um alto preço. Escolher corretamente deixa o coração leve, dá tranqüilidade. O maior sinal da decisão contrária é o desassossego interior. Uma sensação de aperto no peito, de intranqüilidade. E mesmo com esses sintomas, muitas vezes tomamos o caminho errado porque nos falta confiança em nós mesmos, não acreditamos em nossa intuição.
Posso dizer que toda vez que meu coração me diz algo, que sinto intuitivamente, mesmo que minha mente encontre mil argumentos contrários e até lógicos, e eu não ouço, faço da minha maneira, ou como o outro quer, não encontro harmonia e nem paz. Como diz o ditado popular: bato com a cara na parede!!!
As ocorrências sincrônicas não acontecem isoladamente. Com frequência, elas ocorrem no final de uma série de pequenos acontecimentos e, se nos conscientizarmos da sua importância, nos tornaremos sensíveis ao que realmente nos protege. Sincronicidade é a linguagem do divino orientando nossa vida; o que precisamos mesmo é saber interpretar esses sinais. Para isso, é necessário que estejamos entregues ao fluxo da vida com suas constantes mudanças e sensíveis ao chamado do Alto.
O segredo está na capacidade de discernir e, principalmente, no poder pessoal que nos permite acreditar sempre no chamado do nosso coração, porque ele nunca falha.
Vera Godoy
Libere, deixe ir......
"Se você ama alguma coisa, deixe-a livre. Se voltar, é sua. Se não voltar, nunca foi."
Se, no caminho do teu saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença - mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido.
Recebe com amor o que com amor te é dado - e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.
Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição.
No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade.
Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada. E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti - não a retenhas.
Deixa que se vá em plena liberdade. Faze acompanhá-la dos anjos tutelares das tuas preces e saudades, para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam - mas não lhe peças que fique contigo.
Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti - do que em forçada escravidão, perto de ti.
Deixa que ela siga os seus caminhos - ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do Universo, à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo.
Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, não há em todo Universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma.
Ainda que ela erguesse vôo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, para além das derradeiras fosforescência da Via Láctea, para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação - contigo estaria essa alma querida...
Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto e contigo sentar-se à mesma mesa - não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade.
Para o espírito a proximidade espiritual é tudo - a distância material não é nada. Compreende, ó homem/mulher - e vai para onde quiseres!
Ama - e estarás sempre perto do ente amado...
Em todo o Universo...
Dentro de ti mesmo...
Adeus, alma querida
Fonte: Huberto Rohden. De Alma para Alma. Editora Martin Clariet
Se, no caminho do teu saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença - mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido.
Recebe com amor o que com amor te é dado - e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.
Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição.
No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade.
Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada. E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti - não a retenhas.
Deixa que se vá em plena liberdade. Faze acompanhá-la dos anjos tutelares das tuas preces e saudades, para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam - mas não lhe peças que fique contigo.
Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti - do que em forçada escravidão, perto de ti.
Deixa que ela siga os seus caminhos - ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do Universo, à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo.
Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, não há em todo Universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma.
Ainda que ela erguesse vôo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, para além das derradeiras fosforescência da Via Láctea, para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação - contigo estaria essa alma querida...
Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto e contigo sentar-se à mesma mesa - não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade.
Para o espírito a proximidade espiritual é tudo - a distância material não é nada. Compreende, ó homem/mulher - e vai para onde quiseres!
Ama - e estarás sempre perto do ente amado...
Em todo o Universo...
Dentro de ti mesmo...
Adeus, alma querida
Fonte: Huberto Rohden. De Alma para Alma. Editora Martin Clariet
Libere, deixe ir......
"Se você ama alguma coisa, deixe-a livre. Se voltar, é sua. Se não voltar, nunca foi."
Se, no caminho do teu saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença - mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido.
Recebe com amor o que com amor te é dado - e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.
Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição.
No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade.
Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada. E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti - não a retenhas.
Deixa que se vá em plena liberdade. Faze acompanhá-la dos anjos tutelares das tuas preces e saudades, para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam - mas não lhe peças que fique contigo.
Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti - do que em forçada escravidão, perto de ti.
Deixa que ela siga os seus caminhos - ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do Universo, à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo.
Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, não há em todo Universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma.
Ainda que ela erguesse vôo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, para além das derradeiras fosforescência da Via Láctea, para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação - contigo estaria essa alma querida...
Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto e contigo sentar-se à mesma mesa - não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade.
Para o espírito a proximidade espiritual é tudo - a distância material não é nada. Compreende, ó homem/mulher - e vai para onde quiseres!
Ama - e estarás sempre perto do ente amado...
Em todo o Universo...
Dentro de ti mesmo...
Adeus, alma querida
Fonte: Huberto Rohden. De Alma para Alma. Editora Martin Clariet
Se, no caminho do teu saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença - mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido.
Recebe com amor o que com amor te é dado - e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.
Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição.
No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade.
Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada. E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti - não a retenhas.
Deixa que se vá em plena liberdade. Faze acompanhá-la dos anjos tutelares das tuas preces e saudades, para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam - mas não lhe peças que fique contigo.
Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti - do que em forçada escravidão, perto de ti.
Deixa que ela siga os seus caminhos - ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do Universo, à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo.
Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, não há em todo Universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma.
Ainda que ela erguesse vôo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, para além das derradeiras fosforescência da Via Láctea, para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação - contigo estaria essa alma querida...
Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto e contigo sentar-se à mesma mesa - não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade.
Para o espírito a proximidade espiritual é tudo - a distância material não é nada. Compreende, ó homem/mulher - e vai para onde quiseres!
Ama - e estarás sempre perto do ente amado...
Em todo o Universo...
Dentro de ti mesmo...
Adeus, alma querida
Fonte: Huberto Rohden. De Alma para Alma. Editora Martin Clariet
sábado, 11 de setembro de 2010
estar no Amor é estar sem medo por Phillippe de Lyon
Estar no Amor é estar sem medo.
No Amor não há lugar nem espaço para o medo.
Estar no Amor é vibrar em uníssono com a Fonte.
Em uníssono com a Fonte, não há contradição.
Não há nem Sombra, nem Luz.
Há somente estado de Ser e estado de Vibração.
Como você quer ir para isso?
Como você quer estabelecer isso se, em você, persiste a menor maledicência, o menor julgamento e a menor falsidade?
Isso é impossível.
Hoje, nesses tempos reduzidos que vive, o aprendizado é muito mais fácil, na condição de que você aceite em sua alma e Consciência, em seu Coração, reconhecer suas falhas.
Porque jamais há falha, há simplesmente esclarecimento que transforma e que transmuta.
Tudo é simples, no Coração.
No Amor não há lugar nem espaço para o medo.
Estar no Amor é vibrar em uníssono com a Fonte.
Em uníssono com a Fonte, não há contradição.
Não há nem Sombra, nem Luz.
Há somente estado de Ser e estado de Vibração.
Como você quer ir para isso?
Como você quer estabelecer isso se, em você, persiste a menor maledicência, o menor julgamento e a menor falsidade?
Isso é impossível.
Hoje, nesses tempos reduzidos que vive, o aprendizado é muito mais fácil, na condição de que você aceite em sua alma e Consciência, em seu Coração, reconhecer suas falhas.
Porque jamais há falha, há simplesmente esclarecimento que transforma e que transmuta.
Tudo é simples, no Coração.
Maledicência por Humberto Rohden
Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor " algo parecido com whisky, gin ou cocaína " que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, eliminar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
Evitemos a censura.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, 6, 45* ,"a boca fala do que está cheio o coração" .
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor " algo parecido com whisky, gin ou cocaína " que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, eliminar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
Evitemos a censura.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, 6, 45* ,"a boca fala do que está cheio o coração" .
'Lição de vida por Edgar Furtado
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo,
pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois....
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo,
pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois....
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
prevenindo a depressão
Prevenindo a depressão: encontre com você mesmo!
Por Rose Romero - psicóloga
Um dos mistérios de um quadro depressivo é o vasto alheamento de nós por nós mesmos. Não nos cuidamos, reconhecemos, valorizamos. E mais, não temos idéia de quem se apresenta (potenciais e valores) nesse encontro íntimo com nós mesmos.
Acordei subitamente hoje com esta pergunta as 6:30 da manhã e não consegui mais dormir e nem obter uma resposta rápida, pelo contrário, fui inundada por questões.
Será que aquela com quem eu converso é o eu que espero ser? Ou o eu que gostaria de ser? Será o eu que sou, ou o eu que não gosto de ser? Será o eu que escondo de mim mesma, e se assim for, porquê escondo? Medo, vergonha, de mim mesma?
Partir em direção a si mesmo é deixar um certo número de memórias e identificações, deixar as referências que nos estruturam e fazer como Abraão fez por indicação de Deus: "Sai de tua Terra, de tua parentela, da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei" Gn12, 1
Esta caminhada é difícil porque nos apegamos muito aos nossos conceitos e valores que na maioria das vezes não construímos e sim herdamos da família, do meio, da cultura que vivemos. E o que ainda é pior, projetamos estes conceitos em julgamentos e críticas ao mundo ao nosso redor, acreditando que as pessoas e situações são realmente do modo como as vemos e não uma simples projeção dos nossos piores medos sobre nós mesmos.
Quantas vezes ao entrarmos em algum lugar novo, já classificamos as pessoas e as arquivamos em pequenas gavetas dentro de nós de forma a nos sentirmos mais confortáveis para lidar com a situação nova e desconhecida? Aprendemos essa forma de lidar com o mundo desde o jardim de infância e ela tem sido reforçada ao longo dos anos pela mídia, pela cultura em geral.
Estamos tão aprisionados por nossos julgamentos e críticas que muitas vezes não nos damos conta que na verdade muitos deles nada têm a ver com a nossa verdadeira essência, e que é por causa deles que alimentamos o medo, o isolamento, a competição.
Na caminhada em direção ao eu essencial, geralmente nos damos conta em primeiro lugar de nossas carências. E como preenchê-las se não sabemos, não compreendemos a essência do que sou, de quem sou, para compreender o que falta!
Proponho uma reflexão!
A fim de tomar consciência dos próprios pensamentos e reações, sente-se tranqüilamente, por apenas 15 minutinhos e apenas observe como sua mente funciona.
Qual o seu jeito de lidar com o mundo, lembrando em primeiro lugar de alguma crença, de algo em que você realmente acredita. Depois perceba como você se relaciona com uma idéia, sua - própria - original. Você acredita nela, a valoriza, se identifica? Depois com um hábito - difícil de desapegar, porquê?
E finalmente com sentimentos e atitudes (julgamentos ou críticas) que você gosta de ter (e às vezes lhe prejudicam a vida) e aqueles que tem, mas não gostaria de ter. Perceba suas auto-armadilhas e autoboicotes.
Sinto que se nos dedicarmos com afinco a este encontro, reconheceremos ao final quem realmente se apresenta neste encontro íntimo com nós mesmos, com todo seu valor e potencial.
Por Rose Romero - psicóloga
Um dos mistérios de um quadro depressivo é o vasto alheamento de nós por nós mesmos. Não nos cuidamos, reconhecemos, valorizamos. E mais, não temos idéia de quem se apresenta (potenciais e valores) nesse encontro íntimo com nós mesmos.
Acordei subitamente hoje com esta pergunta as 6:30 da manhã e não consegui mais dormir e nem obter uma resposta rápida, pelo contrário, fui inundada por questões.
Será que aquela com quem eu converso é o eu que espero ser? Ou o eu que gostaria de ser? Será o eu que sou, ou o eu que não gosto de ser? Será o eu que escondo de mim mesma, e se assim for, porquê escondo? Medo, vergonha, de mim mesma?
Partir em direção a si mesmo é deixar um certo número de memórias e identificações, deixar as referências que nos estruturam e fazer como Abraão fez por indicação de Deus: "Sai de tua Terra, de tua parentela, da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei" Gn12, 1
Esta caminhada é difícil porque nos apegamos muito aos nossos conceitos e valores que na maioria das vezes não construímos e sim herdamos da família, do meio, da cultura que vivemos. E o que ainda é pior, projetamos estes conceitos em julgamentos e críticas ao mundo ao nosso redor, acreditando que as pessoas e situações são realmente do modo como as vemos e não uma simples projeção dos nossos piores medos sobre nós mesmos.
Quantas vezes ao entrarmos em algum lugar novo, já classificamos as pessoas e as arquivamos em pequenas gavetas dentro de nós de forma a nos sentirmos mais confortáveis para lidar com a situação nova e desconhecida? Aprendemos essa forma de lidar com o mundo desde o jardim de infância e ela tem sido reforçada ao longo dos anos pela mídia, pela cultura em geral.
Estamos tão aprisionados por nossos julgamentos e críticas que muitas vezes não nos damos conta que na verdade muitos deles nada têm a ver com a nossa verdadeira essência, e que é por causa deles que alimentamos o medo, o isolamento, a competição.
Na caminhada em direção ao eu essencial, geralmente nos damos conta em primeiro lugar de nossas carências. E como preenchê-las se não sabemos, não compreendemos a essência do que sou, de quem sou, para compreender o que falta!
Proponho uma reflexão!
A fim de tomar consciência dos próprios pensamentos e reações, sente-se tranqüilamente, por apenas 15 minutinhos e apenas observe como sua mente funciona.
Qual o seu jeito de lidar com o mundo, lembrando em primeiro lugar de alguma crença, de algo em que você realmente acredita. Depois perceba como você se relaciona com uma idéia, sua - própria - original. Você acredita nela, a valoriza, se identifica? Depois com um hábito - difícil de desapegar, porquê?
E finalmente com sentimentos e atitudes (julgamentos ou críticas) que você gosta de ter (e às vezes lhe prejudicam a vida) e aqueles que tem, mas não gostaria de ter. Perceba suas auto-armadilhas e autoboicotes.
Sinto que se nos dedicarmos com afinco a este encontro, reconheceremos ao final quem realmente se apresenta neste encontro íntimo com nós mesmos, com todo seu valor e potencial.
Assinar:
Postagens (Atom)