Publicado por Fatima dos Anjos em 17 julho 2016 às 17:17 em ECOLOGIA INTERIOR
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Porque chega uma hora que precisamos entender que a vida não é um programa de computador que fará com que todos os seres humanos devam passar por todas as fases e por exatamente todos os desafios. Se não compreendermos que cada ser é único e tem seu próprio caminho e suas lições para serem superadas, viveremos soterrados em um mundo de competição e desânimo, de falta de luz e frustração e, como diz a frase de Osho, que ilustra o título deste post: Quando você se compara, você perde. É inevitável!
Se nos deixarmos levar por esse pensamento padronizado estaremos presos em um padrão que nos impedirá de buscar a realização de nossos sonhos. A energia será demandada para realizar os desejos dos outros e não os seus, de fato. Seria como viver em uma trama de novela das 9, sempre igual em seu enredo, mudando-se nomes, cidades e personagens.
Não, meus amados, a vida não é assim. Como você pode pensar que sua vida é pior que a do fulano, porque ele conquistou algo e você não? Como você pode pensar que seu caminho é igual ao de qualquer outra pessoa quando você para e percebe que o mundo de qualquer um é completamente diferente do seu?
E é! É diferente porque cada ser tem um propósito maior enquanto alma. Ninguém está aqui à toa e, à nós, cabe a vontade de buscar nossa evolução com leveza para chegar o momento em que nos sentiremos felizes, em paz, de bem com a vida.
Flávia Melissa, psicóloga super presente nas redes sociais com temas de espiritualidade e bem-estar, traz uma reflexão sobre esse nosso movimento insano de competição.
“Tudo à nossa volta nos incita à competir. Medir nosso mérito em relação ao mérito de uma outra pessoa. Se o outro perde, somos favorecidos. Contamos com o erro do nosso adversário – o “próximo”, a quem deveríamos amar como a nós mesmos, sem nem saber já é tomado por nós como adversário.
Não estou falando de Olimpíadas. Não estou falando de esportes. Grandes eventos mundiais apenas evidenciam o modo como lidamos com nossos eventos cotidianos – apenas uma lupa de aumento. Estou falando da vida real. De como você acelera no trânsito para não dar passagem para o carro que quer entrar à direita. Estou dizendo de como você usa os políticos corruptos como uma justificativa para não pagar seus impostos corretamente. Estou falando do troco que você recebe errado e não devolve na padaria. Estou falando da sua impaciência quando uma senhorinha entra na fila preferencial do banco, retardando o seu processo em mais alguns minutos. Retardando o meu processo em mais alguns minutos.
Estou falando de você, e de mim, e de todos os seres humanos da espécie homo sapiens que foram criados com base no você-perde-eu-ganho. Que foram ensinados a gostar do erro que o vizinho comete, que foram adestrados a gostar da desgraça alheia. Que foram criados sem olhar para a própria pequenez e pro próprio sofrimento e pro próprio vazio. Estou falando de você, e de mim. E de nossos filhos que, de um modo ou de outro, estão sendo criados do mesmo modo. Ficando felizes quando o 8 na prova de matemática é maior do que o 7 do “melhor amigo” e se sentindo completos idiotas se for menor do que o 9 do coleguinha da frente.
Ego, ego, ego.
Medo de ser inferior.
Medo de ser pior.
Medo de fracassar.
Ego, ego, ego.
Que, no futuro, saibamos deixar as competições para os grandes eventos esportivos e comecemos, de uma vez por todas, a olhar o próprio erro como o maior dos professores.”
Pensem em quanta energia não gastamos nos desviando do nosso caminho porque estamos ocupados nos comparando com o outro. O outro tem na vida o que ele está disposto a trabalhar para conquistar e exatamente o que ele precisa para a existência dele. Dele. E não sua! E ninguém é melhor ou pior por causa disso. Busque viver mais feliz, por você. Busque sua evolução espiritual por você, e por mais ninguém. Busque se aprimorar a fim de que, um dia, você assuma de fato que você é um ser merecedor de toda abundância e amor e que tudo na sua vida é benção, que sempre estará te movendo para um presente de paz e um futuro cada vez mais amoroso.
Amor, luz e consciência. Sempre.
Cíñtia Rizzö
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