domingo, 27 de agosto de 2017

Humanização, a verdadeira cura

“As qualidades da compaixão, a solidariedade, o altruísmo, a tolerância, a renúncia e até mesmo um sorriso são do âmbito humano por excelência. Também se tange a condição humana quando orientamos nossas vontades e nossas decisões.”
Humanizar é tornar humano, ou seja, criar processos que consiga uma identificação com as características primordiais do estado de SER Humano, aquilo que toca o que existe de único no homem, inerente ao que podemos designar por Reino Humano – Uma série de comportamentos e atitudes signatários específicos da condição humana.

A capacidade de abstração, as representações mentais, a memória sensorial como a lembrança de um perfume, uma paisagem, uma música são exclusividades humanas.

As qualidades da compaixão, a solidariedade, o altruísmo, a tolerância, a renúncia e até mesmo um sorriso são do âmbito humano por excelência.

Também se tange a condição humana quando orientamos nossas vontades e nossas decisões. Para um animal, não existe a liberdade decisória; lhe é vetado a escolha: Suas ações são guiadas pelos instintos e não há um “processo diretor” que pode optar por não matar para saciar seu instinto de fome, por exemplo.

Ao contrário, o ser humano com sua individualidade (EU) pode livremente decidir até por passar fome (como muitos o fazem até para protestar por algo). Trabalha-se essas características nas organizações afim de que funcionários e processos, integralizem ações que objetivem e priorizem o respeito e o incentivo às atitudes e condutas humanizadoras, de modo que,impregnem seus produtos e serviços com essas características, induzindo uma identificação do cliente com uma qualidade que também existe nele.

Se essa atitude é o “mot” da maioria das grandes empresas que fabricam toda sorte de produtos e serviços, o que diríamos das empresas voltadas aos serviços de saúde pública ou privadas? Não seriam essas as principais interessadas em desenvolver esse trabalho de humanização?

A reflexão sobre os significados éticos, morais e políticos das práticas de saúde deveriam ser uma constante nas instituições de ensino nessas áreas, formando desde cedo uma consciência na direção da humanização para a saúde.

A técnica e a consciência formam então um par perfeito na formação da competência do profissional de saúde nesses tempos históricos de mudanças e reconstruções.

Em última análise, em verdade, quando se instala uma doença, poder-se-ia dizer que ocorreu uma “quebra” do processo que mantém o SER (estado) HUMANO.

O retorno à condição humana (re-integrar, tornar inteiro) seria a verdadeira cura. Os profissionais de saúde precisam ser alimentados com conhecimentos e vontade firme, no sentido de promover competente e amorosamente essa religação.

Elaine Marasca Garcia da Costa

Biblioteca virtual de Antroposofia

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