domingo, 19 de julho de 2015

Céu, Inferno, Purgatório e Paraíso Perdido

Publicado por M. Manuela dos Santos Oliveira em 9 julho 2015 às 9:47 em O OUTRO LADO


1. C É U

DEFINIÇÃO: espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros; espaço acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade.
SEGUNDO A RELIGIÃO: região para onde, de acordo com as crenças religiosas, vão as almas dos justos. (lugar circunscrito).
SEGUNDO O ESPIRITISMO: a palavra céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida material nem as angústias inerentes à inferioridade.
SEGUNDO A CIÊNCIA: a idéia que fazemos do Céu é fruto da concepção grega e babilônica (imutável, calmo, vida eterna). Copérnico, no Século XVI, quebra a tradição milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isto a Terra entrou no Céu. Mais tarde, Galileu, com a descoberta do telescópio, corrobora tal afirmação. A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele foi feito.

2. I N F E R N O

CONCEITO PAGÃO: o conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio e Dante Alighiere. Dante Alighiere, por exemplo, na sua "Divina Comédia" descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar o gênero de sofrimento dos culpados.(1) cap. IV
NA MITOLOGIA: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.
SEGUNDO O CRISTIANISMO: lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado. O Inferno perpetuado pela religião cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, rochedo em brasa etc.).(1) cap. IV
PARA O ESPIRITISMO: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo, tridentes etc.), mas “uma vida de provas extremamente penosas” (revezes, doenças, dificuldades etc.), com a incerteza de melhoria.(2) perg. 1014a

3. P U R G A T Ó R I O

PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.
PARA O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos justos, antes de admitidos na bem-aventurança. P. ext. qualquer lugar onde se sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção alguma do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593, como dogma: era o lugar menos doloroso para as almas, bastando preces ditas ou encomendadas (orações pagas), para que o interessado não fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto deu origem à venda de indulgência, ou seja, a remissão do pecado pelo pagamento de uma determinada quantia em dinheiro. (1) cap. V
SEGUNDO O ESPIRITISMO: entende-se como sofrimento físico e moral. É o tempo de expiação. Na Terra, como encarnado, o homem expia suas faltas, submetendo-se às provas e fazendo suas reparações. Não é, portanto, um lugar definido, fora da vida encarnada, mas o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em busca do aperfeiçoamento moral e intelectual. (2) perg. 1013

4. D O U T R I N A D A S P E N A S E T E R N A S

SEGUNDO O CRISTIANISMO: conseqüência da concepção do Inferno material. Principal argumento invocado a seu favor: "é doutrina sancionada entre os homens que a gravidade da ofensa é proporcionada à qualidade do ofendido. O crime de lesa-majestade, por exemplo, o atentado à pessoa de um soberano, sendo considerado mais grave do que o fora em relação a qualquer súdito, é, por isso mesmo, mais severamente punido. E sendo Deus muito mais que um soberano, pois é Infinito, deve ser infinita a ofensa a Ele, como infinito o respectivo castigo, isto é, eterno". (1) cap. VI item 10
SEGUNDO O ESPIRITISMO: o prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado. Dos trinta e três itens do código da vida futura segundo o Espiritismo, resumem-se em: arrependimento, expiação e reparação, ou seja, apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. (1) cap. VII, pág. 93

5. P E C A D O O R I G I N A L

SEGUNDO O CRISTIANISMO: Deus criou Adão e Eva que teriam ofendido a Deus por quererem assemelhar-se-lhe. É o pecado original, uma ofensa proporcional à grandeza do ofendido. Infinita, portanto. Por isso merecem castigo que se estendeu a toda sua descendência. Mas, infinitamente misericordioso que Ele é, Deus, na pessoa do Filho, Jesus, fez-se homem a fim de sofrer ele próprio a dor do resgate e, com isto, redimir a humanidade e proporcionar-lhe a salvação. Confunde-se Jesus com Deus. Cria-se, também, o ritual do batismo. (3) pág. 33
SEGUNDO O ESPIRITISMO: para o Espiritismo o pecado original não existe. Contudo, a respeito do batismo, o Espírito Emmanuel, na pergunta 298 do livro O Consolador, comenta que o espiritista deve entender o batismo como o apelo do seu coração ao Pai de misericórdia para a cristianização dos filhos , no apostolado do trabalho e da dedicação.

6. P E R D A D O P A R A í S O

RELATO BÍBLICO: Adão e Eva comem o fruto proibido, em virtude da tentação de Eva, pela serpente. São expulsos do paraíso.
SEGUNDO O ESPIRITISMO: o paraíso terrestre, cujos vestígios tem sido inutilmente procurados na Terra, era, por conseguinte, a figura dum mundo ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos que ele personifica. Para o Espiritismo os anjos decaídos e a perda do paraíso estão presos à progressão dos mundos. Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que os habitam. Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações na sua população encarnada e desencarnada. É quando se dão as grandes emigrações e imigrações. (4) item 43

7. S I S T E M A D E C A P E L A

CAPELA: uma grande estrela da Constelação de Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra. Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente. Há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns Espíritos que não acompanharam essa evolução, foram, sob a anuência de Jesus, recambiados para o nosso Planeta, dando origem às RAÇAS ADÂMICAS.
8. A S R A Ç A S A D Â M I C A S
GRUPO DOS ARIAS: dele descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia.
CIVILIZAÇÃO DO EGITO: foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.
POVO DE ISRAEL: a raça mais forte e mais homogênea, mostrando inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
CASTAS DA ÍNDIA: foram os primeiros a formar os pródomos de uma sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das coletividades do porvir. (5) cap. III
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
(1) KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 22.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(2) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
(3) CURTI, R. Cristianismo (de Jesus a Kardec). São Paulo, FEESP.
(4) KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(5) XAVIER, F. C. A Caminho da Luz (História da Civilização à Luz do Espiritismo). Rio de Janeiro, FEB, 1972.
ceismael.com.br; organizado por: Sérgio Biagi Gregório.

por Nilza Garcia
Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740
http://aumagic.blogspot.pt/

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