terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Grande Fraternidade Branca

OS MESTRES ASCENSOS/GFB 
De Claudio L Porto

É a fraternidade hierárquica celestial, composta dos seres etéreos de Luz, unidos ao UM: Os Elohim, os Arcanjos, os Anjos, os Santos e Sábios Mestres Ascensos que são os Filhos de Deus já ascensionados na Luz, e unidos ao Espírito do Deus vivente, formam os exércitos do Senhor, e também os 144.000 seres de Vênus que se juntaram ao amado Sanat Kumara para libertar a terra das trevas.
Fazem também parte da Grande Fraternidade Branca, chelas dos Mestres Ascensos que não atingiram a ascensão, indivíduos que lutam para ajudar a evolução das almas da Terra para que elas encontrem o caminho da luz.

O objetivo desta fraternidade é manter acesa a chama da sabedoria, do amor e do poder de Deus na Terra, a Chama Trina, e ensinar ao discípulo os ensinamentos esotéricos dos Mestres Ascensos, um estudo sério sobre os mistérios do nosso planeta e do universo que nos cerca. É o estudo dos mistérios de Deus. É uma ciência para aqueles que "estão prontos" para recebê-la, os que amam a verdade, os místicos, aqueles que anseiam uma aproximação maior com o Criador. Esta é a hora destes ensinamentos serem compreendidos por muitos, a grande hora do conhecimento quando muitos estão preparados para recebê-lo.

Na Grécia antiga por exemplo, eram famosas as escolas de mistérios, como a de Eleusis, onde estudantes levavam anos para aprender o que atualmente está aberto para todos.

Desde a expulsão do homem e da mulher do jardim do éden, (e-don, significa a sabedoria divina, ou o Domínio do Elohim, simbolizando a consciência pura de Deus.), devido ao mal uso do Fogo Sagrado na aplicação incorreta do livre arbítrio, a Grande Fraternidade Branca, tem mantido a escola de mistérios do Senhor Maitreya em escolas de mistérios, ou retiros espirituais, que atuam como repositórios para o conhecimento do fogo sagrado que é outorgado às chamas gêmeas, quando estas demonstram a disciplina necessária para se manterem no caminho da árvore da vida. Assim a chama sempre se manteve acesa, mesmo que, para poucos.

A Grande Fraternidade Branca, patrocinou as escolas de mistérios na Lemúria e na Atlântida, onde as verdades espirituais superiores eram ensinadas àqueles que quisessem seguir as disciplinas dos adeptos. A Sangha do buda, a comunidade essênia em Qumran e a escola de Pitagoras Crotona, encontravam-se entre as escolas de mistério mais remotas. Outras escolas localizavam-se nos Himalaias, no Extremo Oriente e no Egito, bem como na Europa e na América do Sul. Uma a uma, estas escolas de mistérios foram destruídas ou dispersadas. Sempre que estas escolas são destruídas, os Mestres Ascensos que as patrocinam, retiram suas chamas e santuários sagrados para seus retiros no plano etéreo, onde os discípulos continuam sendo treinados entre as encarnações e em seus corpos mais sutís (durante o sono ou no samadhi), para que possam alcançar o conhecimento do EU Divino.

A Grande Fraternidade Branca é universal, uma entidade cósmica que não pertence a nenhuma escola, mas, fundou, através dos Mestres Ascensos, as escolas de mistério atuais e mais conhecidas, que servem o propósito divino de expansão dos ensinamentos, são elas : A Escola de Teosofia do final do século XIX, A Agny Yoga, O Movimento EU SOU, A Ponte para a Liberdade e A Summit Lighthouse.

As escolas dos mestres, foram fundadas por seus mensageiros escolhidos, cada um deles, em épocas diferentes. Esses mensageiros, não mais estão à frente dessas escolas, assim, o que nos resta, neste momento, é estudar os ensinamentos liberados para a humanidade, através dos mensageiros e suas escolas.

O "exoterismo", ao contrário do "esoterismo ensinado pelas escolas", estuda os ensinamentos religiosos de fácil compreensão para o entendimento do povo, "os não iniciados". Suas escolas também foram criadas pelos mestres ascensos e são as oito maiores religiões do mundo, são elas: Judaísmo, Budismo, Cristianismo, Hinduísmo, Confucionismo, Islamismo, Taoísmo, e Zoroastrismo.

Cada uma dessas oito religiões representa e ensina um dos oito principais raios da consciência divina. Cada uma dessas qualidades da mente de Deus sendo transmitidas à população, reencarnação após reencarnação, onde as almas encarnam em famílias de diferentes religiões para serem preparadas e aprenderem as diferentes qualidades da mente divina.

Estas religiões não se dedicam a ensinar ao povo seu conhecimento mais profundo, mas sim uma pequena parte de seus ensinamentos, deixando os assuntos mais complexos para seus integrantes mais dedicados. Assim, muitas verdades, que poderiam ser levadas ao povo, são deixadas para os que se entregam de corpo e alma para a instituição.


ESTUDANDO COM OS MESTRES ASCENSOS

Com os Mestres, aprendemos que vivemos nosso dia a dia conscientes de uma realidade criada através do nosso livre arbítrio.

Nossa consciência ativa, (a nossa alma), quando está encarnada em um corpo físico, serve-se dos veículos terrenos, (os quatro corpos inferiores) para assimilar a vida terrena que a cerca. A partir dessa assimilação, toma suas decisões para atuar na transformação do mundo que ora enxerga. Os quatro corpos inferiores são divididos em dois corpos ômega, a memória e o mental, e dois alfa, o emocional e o físico. Assim, a consciência/ alma serve-se das energias que permite entrar em seus corpos ômega e das que permite estar próximas aos seus corpos alfa.

Nós somos muito mais do que nossas consciências-almas. Nós também somos nossa consciência superior, superconsciente e EU-Superior, e, a consciência inferior, subconsciente e eu-inferior. A primeira, criada por Deus para nos servir, e a segunda, criada por nós mesmos, fruto de nossas energias e criações imperfeitas, que luta para se manter viva através de nossos erros. Erros que geram mais energia corrompida e que mantêm o eu inferior vivo.

O leme mestre de tudo isto é a nossa alma, nossa consciência ativa e que deve comandar nossa vida em direção ao Eu Superior e obedecer aos seus direcionamentos. Nós precisamos utilizar nosso tempo, todo o nosso dia a dia, buscando contato com a consciência superior e pedindo a Ela que preencha os nossos corpos ômega (a nossa memória e mental), com energias superiores e divinas, e que afaste para longe de nossos corpos alfa (o nosso corpo físico e emocional), as energias de baixo calão de nosso planeta e os seres viventes mal intencionados.

Entenda que uma vez que uma energia ruim tenha se alojado dentro de nossa memória e mental, a nossa consciência ativa (a alma), terá de lidar com ela.

Os mestres nos ensinam que podemos chamar os seres cósmicos de luz, para elevar as energias externas e internas, de nossas vidas, e de nosso planeta. Não precisamos nos render a energias ruins, elas é que precisam se render aos nossos apelos ao fogo divino.

Ao fazermos chamados à luz etérea superior, teremos grande poder de ação sobre o mundo, seja ele físico, emocional, mental ou a memória (etéreo inferior). Mas para que isto ocorra, precisamos nos dirigir aos seres do éter superior (Mestres Ascensos, Anjos, Arcanjos, Elohim, Presença EU SOU, EU Superior) e invocá-los, implorando que atuem em nosso mundo.

O verdadeiro guerreiro da luz é aquele que comanda as hostes de luz para atuarem em prol da verdade e do bem geral de todos. Nós todos, os filhos da luz, precisamos enxergar e reconhecer a mentira e a energia desqualificada e pedir às forças de luz que as transformem em verdade e em energia bem qualificada.

Além de pedirmos a intercessão divina constantemente para este mundo tão poluído, precisamos entender que é de responsabilidade da alma consciente, colocar sua atenção e pensamentos, em coisas e energias elevadas e puras, protegendo sua mente das forças astrais. Este é o único meio de vencer as trevas e buscar a ascensão de suas consciências para a unificação com a mente superior do EU SOU O QUE EU SOU.

Precisamos exigir a harmonia onde habitamos e fugir dos ambientes de desarmonia e conflito.

Paulo Rodrigues

Mensagem de Hilarion

Amados
À medida que percorrem o dia a dia de suas vidas, estão encontrando mais evidências dos trabalhos subliminares das dimensões mais elevadas a sua volta, e as situações que antes eram muito delicadas e instáveis, agora parecem apenas se desfazer em situações de paz e harmonia. Isso está acontecendo tanto de modo individual quanto de modo coletivo, para todos sobre o Planeta.

Isso é mais perceptível especialmente para cada um dos Trabalhadores da Luz, à medida que estão mais sensíveis as novas energias que estão chegando. Continuem a permitir que os efeitos dessas energias fluam através de vocês sem resistência e tudo irá ficar bem. Cada um de vocês está percebendo que isso é assim. Estão descobrindo que falar a sua verdade com coragem e determinação traz mais daquilo que é bom para a sua vida, do que o contrário, à medida que vocês e aqueles que estão em sua volta ajustam as suas percepções.

Esses efeitos irão continuar à medida que vocês fazem um expurgo dos seus pensamentos que estiveram escondidos e que não foram vistos de modo claro, anteriormente. O seu Eu humano armazenou esses pensamentos desde as suas outras vidas, e esses pensamentos estiveram limitando as suas habilidades de viverem o seu potencial mais elevado.

Algumas vezes esses pensamentos tiveram que ser expressados com muito vigor e forte energia, para poder lhes libertar de seus efeitos. Depois que isso acontece, peçam aos Anjos do Fogo Violeta para limparem e transmutarem as palavras que foram ditas na atmosfera e transformem essa energia na pura Luz Branca para o mais elevado bem. Peçam também que aquilo que foi liberado do interior de seu ser seja imediatamente substituído com a pura Luz Branca.

É incumbência de cada Alma em seu caminho para Ascenção de se monitorarem, diariamente, para poderem ter consciência de seus pensamentos, pois, agora estão eliminando as ervas daninhas para permitirem que aconteça um novo crescimento nos jardins de suas vidas.

Plantem as sementes que irão lhes permitir crescimento e florescimento no mais novo campo arado da nova era de Ouro que está esperando pela sua atenção.

Cada pensamento que vocês semearem no campo do coletivo que traga melhoria de vida, irá trazer-lhes em resposta, nutrição e irá magnificar o bem que está sendo esperado por vocês.

Cada intenção positiva que vocês definirem, irá trazer resultados benéficos que irão lhes surpreender e lhes proporcionar deleite. É tempo de tornarem-se alquimistas que transformam o chumbo do passado, no ouro de seu presente. À medida que tornarem-se especialistas em controlarem os processos de seus pensamentos, ficarão entusiasmados no que tange às possibilidades que cada um de vocês pode trazer para o seu mundo, como co-criadores com Aquele que é O Infinito.

Isso começa primeiramente, em sua própria vida pessoal onde aprenderam a exercitar a poderosa energia de seus pensamentos na agradável forma manifestada. Isso irá lhes deliciar e consumir os seus dias, à medida que prosseguirem seguindo os seus corações e os seus sonhos.

A alegria de cada experiência irá crescer de modo cada vez mais forte e de modo exponencial. À medida que cada um de vocês aprende a trabalhar a sua energia em um novo caminho, as pessoas em sua volta também se elevam. Os sentimentos de alegria geram mais alegria e é essa frequência que lhes eleva para as dimensões mais elevadas.

Continuem a ser os fabricantes da paz e os embaixadores da Luz, à medida que praticarem diariamente as suas novas habilidades e poderes. Não se preocupem quando os antigos pensamentos escondidos encontrarem os caminhos de expressão e voz na superfície. Em uma perspectiva mais elevada, tudo está bem.

Sejam gentís e bondosos consigo, pois estão no processo de maciça transformação de seu Ser por inteiro, enquanto estiverem presentes em seu corpo físico. Isso é algo que nunca foi tentado antes em nenhum Planeta. Nós vemos que tudo está bem e que frutos estão sendo gerados por cada um de vocês. Peçam para nós e lhes será dado. O que é importante, é :- lembrarem-se que precisam pedir.

EU SOU Hilarion
Portal Arco Iris



Sociedade banaliza o conceito da Felicidade

Qualidade da felicidade
A tendência à simplificação do que é a felicidade e do que pode tornar as pessoas felizes, própria da necessidade de criar demandas de consumo da sociedade atual, pode produzir uma redução dos diferentes sentidos e interpretações que a felicidade pode ter.
"Neste caso, tanto será menor a qualidade da felicidade quanto mais se fala dela," afirma Luciano Espósito Sewaybricker, autor da pesquisa realizada no Instituto de Psicologia (IP) da USP, sob a coordenação do professor Sigmar Malvezzi.
A definição variada do que é felicidade e a tendência à banalização que a sociedade impõe ao desejo de satisfação, ideia compartilhada pelo conceito de Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, permitiram à Luciano concluir que satisfação "em massa" e imediata não garantirá felicidade.

Conceitos de felicidade
Para a pesquisa, o psicólogo buscou conceituações da felicidade feitas por pensadores de várias épocas para uma aproximação com o conceito de Modernidade Líquida.
Os pensadores selecionados para o estudo foram: Platão, Aristóteles, Zenão de Cítio, Epicuro, Santo Agostinho, Bentham, Kant e Freud.
Alguns deles procuravam aproximar felicidade da virtude, do prazer ou do destino.
O que foi possível, de alguma forma, admitir como comum a todos foi a ideia de que a felicidade é reconhecida como um ideal da existência.

Modernidade Líquida
Após análise de cada pensador, Luciano conciliou essas definições à Modernidade Líquida de Bauman, porque acredita que este conceito faz um bom desenho teórico do que é a sociedade atual.
Segundo Bauman, ao perseguir a "solidez", ou seja, a estabilidade proposta pela modernidade, a sociedade percebeu que o "sólido" é inalcançável.
Com isso, ocorreu uma flexibilização das metas de vida, o que foi metaforizado como "líquido".
Essa flexibilização leva à busca por laços transitórios, planejamentos a curto prazo e gratificações imediatas.
"Em meio à Modernidade Líquida, a humanidade encontra-se privada de uma destinação clara," explica Luciano.

Polissemia
O estudo dos conceitos de felicidade entre os pensadores levaram Luciano a compreender a felicidade como um tema extremamente polissêmico - seus múltiplos significados e interpretações impedem generalizações.
Neste caso, a polissemia do tema pode ser interessante, porque leva a discussão à esfera individual, em detrimento da comunidade, ou coletividade, ou seja, cada pessoa tem sua condição de felicidade mais relacionada às suas concepções, realizações e desejos próprios, permitindo um aprofundamento das reflexões.
Com esta complexidade, é impossível definir uma fórmula da felicidade: cada um se considerará feliz da forma que lhe aprouver.
Por isso, a pergunta proposta no início da pesquisa - "A atual organização social e do trabalho permite a felicidade?" - perdeu o sentido, pois alguma felicidade sempre será promovida, devido aos diversos níveis e formas de satisfação possíveis.

"Felicidade pode ser um meio-termo ou um extremo entre aspectos individuais ou coletivos, entre ideais ascéticos e ontológicos, prazeres e virtudes," diz Luciano, acrescentando que "suprir felicidades não significa que você não volte a um estado de insatisfação".

 Diário da Saúde

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tatuagens e os piercings

Um terapeuta chines em seus atendimentos na clinica, quando uma pessoa traz tatuagens ou objetos que perfuram/ofendem o corpo, nestas áreas sempre existem uma fumaça preta no local feito morrer e e denso que na hora da limpeza encaminhatória, eu sempre visualizo e explico a tatuagens e os piercings atuam dessa mesma maneira! Rasuram, borram ou alteram o mapa do fluxo da energia sutil que circunda e abastece nossos corpos no, por isso na maioria das vezes, podem criar alterações tão significativas que são capazes de gerar desequilíbrio nos aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais do indivíduo. Se aprofundarmos o estudo, veremos que o que ocorre no corpo físico de uma pessoa, reflete nos campos energéticos (aura) e vice-versa.


O VALE DOS TATUADOS
Texto extraído do livro “Mais Além do Meu Olhar” do Luiz Sérgio

Hilário pediu que o grupo parasse e fez uma bela prece. Confesso que estava sentindo frio, pois o lugar foi ficando cada vez mais pavoroso, muito estranho. O vento soprava forte. Josué parou, pois dois homens se aproxi­maram de nós e nos cumprimentaram. Josué e Jessé conversaram bastante com eles e só depois Jessé convidou-nos a prosseguir viagem, tendo à frente aqueles dois homens enormes, quase gigantes.

— Quem são eles? perguntei a Juanito.

— Os guardiões do Vale dos Tatuados.

— Quê? Vale dos Tatuados?!

— Sim, estamo-nos dirigindo para lá.

—Agora é que a coisa vai esquentar! — falei.

Todos me olharam. Abaixei os olhos e continuei andando. Quando nos aproximamos daquele estranho lugar, pareceu-me que não havia pesso­as, porém os dois guardas empurraram uma parede rochosa, que se abriu. Com espanto, percebemos que era uma gruta, com pouca luminosidade. Muitos ali cantavam estranhas canções e o odor era terrível. Pensei: “este é o inferno tão falado no mundo físico”.

—Aqui é o Vale dos Tatuados? perguntei.
— Sim, aqui é o vale deles
—Jessé, mas existe tatuado boa gente. Mesmo assim ele vem para cá?
— Não. Aqui se encontram os comprometidos. Porém, todos aqueles que estragaram sua roupa perispiritual terão de pagar ceitil por ceitil.

— Como assim? Pode explicar?

— O perispírito é a veste do Espírito e o corpo de carne é a veste do perispírito, quando o homem está encarnado. Se agredimos o corpo fisico, o perispírito é agredido. Olhe aquele grupo ali: seus componentes tatuaram todo o corpo; corpo e perispírito foram agredidos.

— E por que eles vieram parar aqui, Jessé?

—Eles se agrupam, fugindo das criaturas normais. Querem chocar a sociedade.

Das tatuagens daquelas estranhas figuras safa uma fumaça escura, que muito os incomodava.

— Gostaria tanto de falar com um deles!

Jessé aproximou-se de um dos guardas, chamado Gitará, e falou do meu desejo. Então, ele me chamou com o olhar. Aproximamo-nos e ele foi passando pelos grupos, que gritavam, cantavam e davam risadas, porém olhavam-no com respeito. Ele nos levou até um tatuado que, deitado sobre um tapete, soltava baforadas de fumaça. Ele continuou como estava. O guar­da lhe falou algo e ele se levantou, aproximando-se de mim.

—Que deseja, baixinho? Enturmar-se a nós, os “vampiros da corte”?

— Não, amigo, queremos apenas perguntar por que vocês vieram parar aqui. Não queremos acreditar que os tatuados tenham um lugar espe­cffico.

— Não, claro que não. Somos livres para ir a qualquer lugar, do infer­no ao céu, porém aqui não somos incomodados, a não ser pelos guardas do cordeiro. Mas até que eles são valiosos, pois trazem comida e levam os debilitados para os hospitais.

— Quando vocês desencarnaram, arrependeram-se de ter acabado com a pele do corpo físico? Vimos que o irmão está todo tatuado.

Ele olhou o seu corpo e falou:

— Curti, certo? E continuarei curtindo as pinturas feitas na minha pele, mesmo que hoje elas me queimem o Espírito.

— Como? Queimam seu Espírito?

— Claro, seu trouxa. Aí é que mora todo o mal. Dizem os filhos do Homem que nós agredimos o nosso perispírito e só fazendo boas ações
veremos apagadas todas essas estampas. Assim dizem eles — falou, dando
— Será que hoje, conversando com você, baixinho, não vou ter uma parte das minhas tatuagens apagada, da qual eu gostaria de me livrar de vez?
Nada respondi.

Ojovem mostrou-me uma tatuagem de Jesus, com um lenço amarra­do na boca.

— Por que o Cristo está de mordaça? perguntei.

— Para não me converter — falou, dando gostosas gargalhadas.

— Você vai ao plano físico?

— Claro, e gosto por demais de ficar intuindo os caras que fazem tatuagens, para que sejam mais criativos, pois nada mais careta do que tatuador
sem criatividade.

Reparei como havia mulheres naquele lugar, e jovens, bem jovens,
como corpo todo marcado. Aquele Espírito parecia estar gostando de con­versar conosco e falou que adorou se tatuar, porém, não suportava piercings:

—Esses, sim, acho uma agressão ao meu corpo. Olhe aquele ali: morreu comum câncer na língua, tantos piercings colocou nela.

— Irmão, você não pretende sair daqui?


— Eu saio. Vivo na Crosta com a turma da pesada. Mas você fala em deixar este lugar de vez? Não, não desejo. Porém, se os filhos do Homem nos expulsarem daqui, sairemos sem guerra, somos da paz.

— Valeu tatuar-se todo?

Ele mordeu os lábios e respondeu:

— Não sei se valeu.

— Pode me responder mais uma pergunta?

Ele riu.

— Como posso dizer não, se você é um deles?

— Como “um deles”?

— Os meninos do cordeiro, os Raiozinhos de Sol.

—Você conhece os Raiozinhos?

— Claro, são eles que tiram daqui os caretas, os chorões.

— E assim mesmo você gosta deles?

— Gostar? Você está doido? Não gostamos de ninguém, nem de nós mesmos.

— Como vocês vêm para cá?

— Andando!... Não temos asas!...

— Você se arrepende de ter-se tatuado?

— Não. Pena que não pude tatuar a minha alma. Se pudesse, com certeza o faria.
— O que leva alguém a tatuar o corpo inteiro, como você fez?
— Não sei. Acho que somos influenciados pelos trevosos, os chefões deste vale.
Só nesta hora notei um olhar de tristeza nesse Espírito. Desejei abraça- lo, porém ele me jogou no chão e saiu rindo. O guarda levantou-me e me juntei ao grupo.

Ainda caminhamos por aquele estranho lugar, onde Espíritos viviam
como se ainda fossem encarnados. Andavam em bandos, maltrapilhos, sujos
e despenteados.

— Eles têm o que comer neste vale? perguntei ao guarda.

— Aqui é uma cidade.

— A cidade dos tatuados, com hospital, escola, e até indústria?

— Não. As cidades trevosas são vales sem luz, sem água, sem esgoto. Nelas, o Espírito vive como se fosse animal.

— Mas eles apenas se tatuaram!...

— Será, Luiz, que eles só pintaram o perispírito, ou também deixaram de realizar a tarefa que tinham como encarnados?

— Notamos que aqui não há Espíritos com pequenas tatuagens, quase todos as têm no corpo inteiro. Confesso que não entendi o porquê desse
lugar existir.

— Este lugar, como outros, é escolhido de acordo com a vibração do Espírito.

Lílian, apavorada, apertou-me o braço. Olhei para o que a assustara tanto e divisei várias mulheres com piercings nos lugares mais estranhos, nos mostrando e dando gargalhadas. Fiz continência e elas colocaram a língua para nós, se podemos assim chamar, pois caíam até o peito, tão pesadas de adornos.

— Jessé, isso aqui é pior do que todos os umbrais que conhecemos.
Ele sorriu. E, assim, fomos saindo. Quando já estávamos quase na porta, uma jovem segurou minhas pernas e implorou:


— Limpe, moço, limpe do meu corpo perispiritual isto aqui.

Olhei-a e vi a figura de satanás batendo no Cristo.

— Por que você fez isso? perguntei, chocado com aquela visão.

— Para chamar a atenção. Depois dessa tatuagem, ganhei a liderança do grupo. Apague-a, filho do cordeiro, apague-a, pelo amor de Deus!

Camélia aproximou-se e falou:

— Você deseja ser ajudada?

— É o que mais quero. Ajude-me, estou farta disso tudo.

— Está bem, acompanhe-me.

Desejei ir junto, porém fui barrado pelo guarda. Camélia e a jovem misturaram-se aos outros, depois não as vimos mais. Só quando já estáva­mos fora dali Camélia juntou-se a nós.

— E a jovem, não veio?

— Não, Luiz, ela ficou no hospital.

— Hospital de onde? Existe hospital aqui?

— Sim, nas proximidades, e presta auxílio quando querem ser ajuda. dos. Porém, difícil é desejarem.

— Será que algum dia isso vai acabar?

— Sim, com a regeneração da Terra.

— Será que não existe um meio de conter o desequilíbrio de alguns jovens, com palestras, conselhos, enfim, fazer algo por eles?

— Irmão, a família é que tem de se fortalecer. Entretanto, existem muitas mães de família que acham linda a tatuagem.

Recitei a passagem de Levítico, 19.28:

Não vos façais incisões no corpo (...), nem marcas de tatuagem. (...).

— Quantos ensinamentos a Bíblia contém e como são atuais seus es­critos! O que seria bom era surgir um alerta para o malefício da tatuagem.
— Luiz, se até hoje encontramos quem defenda o tóxico, imagine as tatuagens, que muitos julgam inofensivas!
Naquele lugar deparamos com criaturas as mais estranhas; aquelas
que, levadas por modismos, tentaram agredir a sociedade. A tatuagem, que antes era usada somente por presidiários, hoje é modismo. Quanto aos piercings, encontramos jovens com a boca repleta deles, coisa de causar espanto.

Nesse momento, Jessé mostrou-nos uma menina com vários deles, até
nos órgãos genitais. Um espanto! Não resistindo, aproximei-me dela:

— Oi, como vai você?
— Bom demais, com certeza. Legal, muito legal.
— Quantos anos a jovem tem?
— Quatorze anos — respondeu rapidamente.
— Qual foi a causa do seu desencane?
— Abusei um pouco mais da branquinha e morri de overdose. Mas não acho ruim, estou numa boa, nada mudou.
— Nada mudou? Mas a menina está desencarnada!
— Não, não, eu não morri. Faço tudo o que sempre fiz. Só que ainda sinto muita falta de ar, mas deixe pra lá.
O que você faz aqui, seu jeca?
— Jeca, eu?!
Ela riu.
— Não deseja sair daqui?
— Eu não, adoro este lugar.
— Você conhece as colônias redentoras?
— Não, nem quero conhecê-las, lá é que ficam os santos.
— Não, nelas é que existe a vida verdadeira.
— Como você é beato!
Sou crente em Deus.
Deus? Por falar nele, onde ele mora?

— Aqui — falei, batendo no peito.
— Trouxa! Você é um trouxa!

Nisso, Hilário chamou-me, mas a jovem, segurando meu braço, con­vidou:

— Venha comigo. Quero levá-lo até nosso campo de divertimento.

— Está bem, eu vou. Porém, depois você vai-me acompanhar tam­bém?

— Para onde?
— Para um hospital de almas sofridas.
— Almas sofridas? Engana-se, sou feliz, muito feliz.
Hilário, aproximando-se, falou:
A
— Luiz, o grupo nos espera.
A jovem Sanilra respondeu:
Deixe o cara, vou levá-lo para um de nossos embalos.

Olhei suplicante para Hilário, porém ele sacudiu a cabeça, dizendo:
—Vá.
E num instante a jovem enlaçou-me o pescoço, sem cerimônia.
— Podemos ir juntos? perguntou Lílian.
— Vocês são namorados?
— Não, somos irmãos.

Ela sorriu.

— Se são irmãos, ótimo, então vamos!

Hilário, Josué e Jessé nos acompanhavam de longe. Samira chamou mais duas garotas muito estranhas: cabelos bem curtos, quase pelados. Ti­nham piercings no couro cabeludo, na orelha, na língua, na mama, enfim, gente muito estranha. Eu me encontrava meio assustado, quando ouvi Josué alertar-me mentalmente: “Cuidado, não se envolva muito”.

Segurei o braço de Lílian, como querendo protegê-la. Ela sorriu.
— Calma, Luiz Sérgio, você está com medo?
— Não, boneca, estou apreensivo. Já imaginou o que nos espera?
— Não estou preocupada, o grupo está conosco.

— Sabidinha, hem?

Sim, Lílian tinha razão, o grupo estava ao nosso lado, mesmo sem ser visto pelas meninas.O lugar exalava um odor horrível, pavoroso. De longe dava para ouvir a música estridente. Havia momentos em que julgávamos que ela estava dentro dos nossos ouvidos, tão alta era tocada.

A casa, ou clube, era pequeno, repleto de panos roxos e amarelos, caindo do teto. Havia muito brilho. Era uma pequena boate. O grupo que tocava era bastante estranho e usava instrumentos bem diferentes daqueles por nós conhecidos. Acreditamos que logo os doidões estarão com eles no plano físico. Cantavam e rolavam pelo chão, uma cena muito triste.
Na hora em que perceberam nossa entrada, o mais velho dos cantores
parou e, aproximando-se, perguntou a Sarnira:
— Quem são eles?

—Uns amigos que encontrei no caminho.
— Cuidado, não traga para cá aves de rapina.
— Jabá, vá com calma, ele é do bem.
— Não é isso, sua tola. Os bonzinhos estão no pedaço e cada vez que isso acontece parte daqui muita gente, e eu não quero perdê-la — falou, abraçando-a.

Nisso, os dois iniciaram uma dança, se é que podemos chamar aquilo de dança, o que me levou apensar: “quando os jovens inventam cada dança, cada música, são esses espíritos inferiores que poluem nossos olhos e nossos ouvidos”.

Os dois se retorciam pelo chão e do teto descia uma fumaça vermelha, que nos parecia molhada. Os outros assemelhavam-se a doentes ainda dro­gados. Nisso, Jessé me falou:
— Luiz, dê um jeito de olhar para os lados e ver se existe alguém
precisando de auxílio,

Lílian e eu percorremos com os olhos todos os recantos do salão e qual não foi nossa surpresa: vários meninos nos estenderam as mãos, como se pedissem para sair dali. Só então percebemos que o chão da boate era gelatinoso, como se fosse uma mousse de morango, e eles adoravam rodopiar nela.

— Lílian, que é isso?

Jessé, mentalmente, respondeu-nos:

“Nada, apenas a vibração do vale, concentrada neste local”.

A espécie de gelatina era quente e se aquecia mais ainda à medida que o co] o medo e o pavor desejavam tomar conta do meu Espírito. Era um lugar pavoroso. Acredito que, se existe inferno, ali é um deles.

Logo depois de dançar, Jabá esbofeteou a jovem Samira e as suas colegas. Nisso, Hilário interpôs-se entre eles e empurrou a menina para fora, aproveitando um dos momentos de total escuridão. Recebemos ordem para dali sairmos, e com que alegria o fizemos! Ganhamos estrada sem olhar para trás e Samira logo foi magnetizada para não perceber a operação resgate.

Tomamos uma direção onde quase não havia espíritos andando. Samira, envolvida por Hilário e Josué, tomara-se quase invisível naquela rua repleta de neblina. Em um momento, porém, começou a gritar, quando percebeu que estava sendo levada para fora daquele lugar tenebroso. Aproximei-me dela e falei:

— Calma, querida, agora você vai encontrar a paz. Ninguém mais irá Estamos ao lado dos filhos de Deus.
— Bem que eu disse que você era um beato.
— Engana-se, olhe-nos como alguém que muito precisa de Deus.

Ela baixou a cabeça e começou a chorar.

A cidade foi ficando para trás com o seu nevoeiro. Até ali não sabia-
se Samira estava feliz ou triste, mas nada nos importava, só queríamos
aquela menina daquele lugar trevoso.

O grupo foi tomando-se visível. Encabulada, ela tentava se tampar mas era uma operação quase impossível, pois estava praticamente nua.

— Samira, conte-nos como você se iniciou na droga e adentrou esse inundo de orgia.
— Qual é o seu nome, jacu?
— Chamo-me Luiz Sérgio, às suas ordens.

—Quando ainda não tinha morrido, adorava aproveitar a vida. Desde o colegial, eu já buscava sensações fortes, todas as festas da pesada eram organizadas por mim e daí o passo para a dependência foi rápido. Nesse mundo da droga e do sexo eu me vi rainha, era a preferida dos chefes. Isso não me assustava, ao contrário, fazia de mim uma deusa.

— Isso não é possível, Samira, você estava vivendo no mais baixo Umbral.
— Que me importa? Nunca amei nem fui amada.
— E seus pais?
— Minha mãe é uma cocota, nada enxerga ao seu redor, só sabe namorar. Minha irmã é uma pessoa egoísta, tomou tudo o que era meu. Des­de que nasceu me roubou o carinho dos meus pais. Ela adorava o meu fra­casso.

Aquela criança me fez pensar: “como é triste um órfão de pais vivos”!
— Seu pai não se preocupou com você, Samira?
— Ele nem sabia que eu existia. Só sabe ganhar dinheiro. Minha mãe é rato de shopping, vive querendo comprar o que o tempo cada vez mais lhe tira: a mocidade. Enquanto isso, eu vivia jogada, mas não de solidão, até encontrar meu companheiro. Só que ele é louco e não sabe medir as coisas da vida. Mas um dia ele chega lá, tenho certeza. Mas, por que me trouxe?
— Porque nós amamos você.
— Pare com isso, sinto muito, mas não acredito em amor.
— Como não acredita, se há pouco falava do seu grande amor?
— Tolice...

Já estávamos saindo quando um vento forte soprou, quase nos derrubou, e Josué, muito atento, fez com que nada nos acontecesse, porém Samira caiu no chão e foi rolando, em espantosa velocidade. Tentamos segura-­la, mas eu, Luiz Sérgio, era levado junto. Nisso, um clarão se fez e Samira voltou para junto de nós, trazida pela rede dos lanceiros. Ela estava apavora­da.

— Ajude-me, não me deixe sozinha com eles! Se Deus existe, peça por mim! Você, beato, ajude-me!

Segurei sua mão e orei:

— Senhor, tenha piedade de todos nós, seres pecadores. Ajude-nos, agora e sempre, para que possamos encontrar o estreito caminho da perfei­ção. Se nossos pés cansados se encontram, faça com que a fé nos eleve até Deus, nosso Pai amado. Não nos deixe enleados nas nossas fraquezas, para não conhecermos o fracasso. Ajude-nos, Jesus, a dar, nem que seja um pas­so apenas, em Sua direção. Agora imploramos não somente pela irmã, mas por todos os que distantes se encontram do Seu estreito caminho, que nos
leva à salvação. Ajude-nos, Jesus:

Samira encontrava-se abraçada comigo. Seu corpo trêmulo balança­va, como se fosse voar. Não sei com que força, mas segurei-a bem forte, até que Jessé a envolveu com sua capa de proteção. Nisso, aproximou-se Enaré, que ficou conversando com Josué e este tomou nova direção, pedindo que não olhássemos para trás, o que fez com que morrêssemos de curiosidade para saber o que estava acontecendo. Aí, então, ouvimos gritos de xingamento
—eram os trevosos que queriam Samira, só que não nos conseguiam alcan­çar. Esse martírio demorou muito e quando ficamos livres deles foi um alívio. Samira, beijando a mão de Josué, falou:
— Não sei quem o senhor é, mas muito obrigada por ter-me salvado.

— Irmã, Deus espera por nós e nada deve retardar esse encontro. Devemos estar sempre atentos para não deixar passar a oportunidade de
chegar até Ele.
— Luiz, ninguém imagina o que sejam esses locais de sofrimento —falou Juanito.
O vale foi ficando para trás, mas aquela música era tão forte em nos­sos ouvidos que demorou a nos livrarmos dela. Logo o ar foi ficando menos pesado. Até o chão nos pareceu ficar macio, pois ia surgindo uma hera ama­relada. Depois, descortinou-se à nossa frente um campo verde e florido.

Nossa irmã Samira, deitada, parecia dormir. Fomos abordados por dois guar­das, Emerenciano e Deodoro, com quem Hilário conversou muito, só depois foi permitida nossa entrada no local, por sinal lindo, repleto de flores.

— Como podem nascer flores no Umbral? perguntei a Camélia.
— Muito simples: na Terra também não nascem?
— É diferente, assim penso eu.
— Não, não é diferente. Deus manifesta-Se em qualquer lugar.

Fomos recebidos por Emmy, uma irmã que falava com forte sotaque ale­mão. Sorridente, cumprimentou-nos e guiou Samira para uma das alas daquele
Pequeno hospital. Empédocles um médico, aproximou-se, aproximou-se ,dizendo-lhe:

— Seja bem-vinda — e, olhando para o grupo, continuou: — Espero que todos encontrem descanso em nosso hospital. Sejam bem-vindos.

Creio que nosso médico Juanito já conhecia Empédocles, pois este o
enlaçou pelo ombro e falou:

— Trouxe-nos outros doentes?
— Não, somente esta menina. Está cada vez mais difícil tirá-los de lá. Por que pergunta?
— Os doentes não desejam ajuda. Como podem gostar daquele lugar pavoroso?
— Para nós — falou Jessé. — Para eles, é a continuação das orgias do mundo fisico.

—O irmão tem razão. Muitos encarnados são os culpados dos sofri­mentos que hoje tomam conta do Planeta. O sexo livre está levando a juven­tude ao delírio; nada se vê além do corpo e este, por não ser eterno, não suporta as agressões sofridas. As mulheres, em busca da igualdade de direi. tos, estão esquecendo os seus deveres e cada vez mais vemos tombaremos valores morais, e a mulher voltando a ser apenas um objeto sem valor. O vício se alastra, os dependentes químicos aumentam a cada dia, o álcool inferniza a vida nos lares, e os jovens cada vez mais o consomem. Causa-nos tristeza presenciar crianças já viciadas em álcool e os pais achando natural, pois julgam que apenas uma latinha de cerveja mal algum faz ao homem, Porém, aquele que bebe um copo de cerveja dali vai mais além, e o mais além pode levá-lo a um acidente de automóvel, a uma agressão à esposa, à namorada, ao amigo. Enfim, álcool é álcool e homem e álcool são coisas que não combinam, porque o homem foi criado por Deus para viver em equilí­brio. Ninguém fica equilibrado com álcool no organismo. Se não fizerem uma campanha em prol da família, ela vai sofrer as conseqüências do modernismo que hoje se alastra no Planeta. Em vários países é comum encontrar criança alcoolizada.

— Irmão Empédocles, que deve fazer um pai de família para que seus filhos não abusem do álcool?

— É chegada a hora de começarmos a valorizar os ensinamentos do Mestre. Estamos quase entrando no terceiro milênio, tenhamos em mente que Deus criou o homem para ser bom e digno. E ninguém é bom nem digno senão respeita as leis de Deus. O homem do novo milênio tem de mudar de atitude, se até agora só quis aproveitar a vida. A hora é chegada, hoje é o momento de acabarmos com os vícios, com as maluquices, com a falta de dignidade, só assim iremos mudar as características do nosso Planeta, sendo nós também os construtores de um mundo de regeneração. Hoje a criança começa no lar a se distanciar de Deus. Desde pequena ela é entregue ao mundo do consumismo, dos vícios, da falta de dignidade. A criança está perdendo a inocência muito cedo e depois que a vida violenta sem piedade a pureza das crianças, o mundo ao seu redor vira um inferno.

— Irmão, qual a finalidade deste hospital? perguntou Lílian.
— Ele recebe os doentes arrependidos que daqui, já recuperados, partem para novos aprendizados.
—Podemos assistir ao tratamento de um dos umbralinos? perguntei.
Ele, sorrindo, respondeu:
— De um umbralino, não, de um irmão doente.
— Desculpe-me, é meu modo de falar.
Mandou-nos acompanhá-lo, o que fizemos prontamente.

Texto extraído do livro “Mais Além do Meu Olhar” do Luiz Sérgio, publicado por Claudio L Porto

Energia e Consciência

“O objetivo do ser humano é expandir o campo da consciência, diminuindo a distância e, consequentemente, as distorções entre o eu inferior e o Eu Superior, para contactar o estado de consciência cósmica. Śrī Aurobindo afirma que, na realidade “a evolução não é outra coisa senão uma lenta e gradual transformação da energia em consciência, já que o Universo e, portanto, o homem, pode ser considerado um agregado de energias diversas”. Energia e consciência querem dizer a mesma coisa, sendo que uma expressa o aspecto vital da realidade e a outra o aspecto transcendental, que desperta pouco a pouco. A energia é consciência em estado potencial.”

(Roberto Nogueira, em “Meditação & Yoga”)