A Paz virá à Terra, no entanto, ela poderá vir mais cedo a cada decisão de cada coração que liberar o seu próprio medo e atitude defensiva, e buscar colocar o amor no centro de todas as suas ações.
Muitos perderam a esperança pela criação da paz no mundo, porque não podemos ver ainda o caminho através do conflito – não os conflitos que são momentâneos, mas aqueles que continuam por anos, décadas e até séculos.
Temos ainda que descobrir que o caminho para a paz se encontra dentro de nós. Isto não se baseia em estratégias, tratados ou poder militar. Baseia-se no único desejo do coração de substituir o medo pela presença do amor. Amor ao próximo. Amor pela Terra, cujo sangue é derramado a cada encarnação. Amor pela vida sagrada de Deus, que permeia todos os seres. É somente este amor que pode trazer a paz ao mundo, pois em um mundo de unidade, a guerra e o assassinato não fazem sentido, sob qualquer condição.
Onde está esta paz? Onde ela está no mundo? Ela não pode ainda ser encontrada no mundo, porque as forças que levam ao desejo pelo poder e o domínio, em vez do amor, ainda influenciam, e estas forças devem ser desmontadas, a fim de ver a paz ser manifestada. Mas cada um de nós pode procurar viver na paz de nossa natureza mais profunda, conosco e com os outros, abandonando o julgamento onde quer que ele ocorra, incluindo a nós mesmos, abandonando a atitude defensiva onde quer que isto ocorra, sabendo que a firmeza e a atitude defensiva não são a mesma coisa. A firmeza envolve pretender algo, ser responsável pelos princípios da luz e da verdade. A atitude defensiva envolve se posicionar contra algo, contra a força do que se julga uma ameaça, ou um risco.
Podemos ser firmes e tranqüilos ao mesmo tempo, desde que o que é realizado na luz Divina pode conter toda a verdade dentro de si mesmo. No entanto, esta verdade deve ser a verdade da luz, que inclui o amor. Não pode ser a verdade de nossa separação dos outros. Não pode ser a verdade do argumento e da raiva. A Luz inclui o amor e pode ser mantida em nossos corações com firmeza. O alinhamento com uma verdade superior inclui o amor, que pode incluir a paz.
Por que, então, encontramos tanta dificuldade nisto? Encontramos dificuldade quando não somos capazes de nos alinharmos com este princípio mais profundo da verdade, que é fundada no amor. Quando procuramos nos opor a algo que parece errado ou prejudicial para nós, mas não sabemos como localizar o amor dentro de nós mesmos que concilia tudo, que mantém todos. Então, a fim de evitarmos o que consideramos errado, nós contra-atacamos, defendemo-nos, criamos ataques preventivos, manifestamos o nosso poder e a nossa força. Todos estes são armamentos de guerra, porque não sabemos como nos alinharmos com a Luz que contém amor e paz e que mantém tudo em si mesmo.
A Humanidade ainda tem que descobrir este princípio da auto-afirmação que não exclui o outro, que não impede o outro de seu próprio direito de existir. O extremismo de qualquer forma corre o risco de erradicar o direito do outro da auto-afirmação, portanto, o extremismo não pode ser uma prática que detém a luz. Nossas políticas, bem como as nossas práticas, devem ser inclusivas dos direitos de todos, das almas de todos, a fim de se alinharem à luz. Elas não podem excluir ninguém do nosso amor abrangente.
E se o outro quiser nos prejudicar? O que fazemos, então? Este “outro” precisa ser ajudado para ver que ele não precisa ter medo de nós. Que não procuramos tirar nada dele, mas sim, ajudá-lo a realizar os seus próprios objetivos. Esta é a verdade da reconciliação, mas esta reconciliação deve ser praticada com o coração. Ela não pode ser uma diretriz eficaz, no sentido exterior, a menos que o coração esteja disposto a manter interiormente os seus próprios desejos, não só o que realiza os próprios objetivos, mas o que realiza os objetivos dos outros ao mesmo tempo.
Onde houver a atitude defensiva, onde houver o ódio, há um medo subjacente do que poderia acontecer se estes fossem deixados de lado. Este medo é impulsionado pelas forças negativas que buscam inflamar o conflito e a separação, e a maneira de remover a sua influência é retornando novamente ao desejo do coração de realizar os objetivos de todos e não apenas os próprios objetivos.
A Paz virá à Terra quando o coração se expandir em sua capacidade de amar a todos, e quando todos se conscientizarem de seu relacionamento com o resto da vida que existe como Unidade. A Paz virá, no entanto, ela virá mais cedo a cada decisão de cada coração que liberar o seu próprio medo e a sua atitude defensiva, e procurar colocar o amor no centro de todas as suas ações. Este é o chamado para o nosso tempo. É o chamado do despertar espiritual que busca transformar todo um planeta em um planeta de luz e de paz.
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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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postado por Fátima dos Anjos
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