Em muitas circunstâncias de nossa vida exercemos sobre nós mesmos cobranças muito duras que nos levam a desenvolver sentimentos de culpa e mal-estar.
É muito complicado fugir disso: nos vemos obrigados a equilibrar e a melhorar nossa autoestima para sair desse lugar em que nos fechamos.
O que ocorre é que os problemas às vezes são muito grandes, e em vez de conseguirmos alguma melhora na autoestima como acabamos de dizer, acabamos indo pra o outro lado, de tentar diminuir os outros, acreditando que vendo os outros piores nos veremos um pouco melhores: a crítica dirigida ao outro pode ser um reflexo do nosso interior.
Agir assim, no entanto, é um erro. Essa forma de fugir do que se passa conosco é não só egoísta, mas também inútil: criticar o próximo é uma atitude que revela frustração e insegurança, entre outras coisas. Desse modo, devemos deixar de lado a crítica feita gratuitamente por maldade, e assim as pessoas podem deixar de ser tóxicas e causar muito menos dano aos outros, inclusive danos inconscientes.
A crítica fala sobre quem a faz, não sobre quem é criticado
Crescemos sendo educados a partir do que nossa comunidade decidiu que é o convencional, porque estamos acostumados a aplaudir as coisas que interiorizamos como boas e a criticar ou julgar aquelas que em geral assumem que são ruins. Quando nosso comportamento sai da linha marcada pelo desejado socialmente, nos reprimimos e nos sentimos mal em relação a isso.
Não obstante, existem pessoas que saem da linha, que fazem sua vida sem se censurar e que seguem seu próprio caminho: é isso que os faz feliz. É fácil que uma pessoa que censura sua própria vida critique e julgue alguém que não o faça desse modo, porque o problema que a pessoa tem é consigo mesmo: a crítica define o crítico, não o criticado.
Nosso interior se reflete no trato com os outros, ainda que não queiramos isso. Se sentimos que não estamos felizes e que está em nossas mãos mudar a situação, devemos fazer isso. Do contrário, as rejeições, os insultos, os menosprezos em relação a outras pessoas, seguirão sendo só em uma direção: a nós mesmos e ao nosso vazio emocional.
“Existe uma evidência muito grande de que quanto maior é a nossa autoestima, melhor vamos poder tratar o próximo”
-Nathaniel Branden-
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