segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Mantran OM

"'O que quer que um homem não tenha enfrentado durante a vida por certo enfrentará com a morte. Assim, cada um deve estar treinado para, naquela hora, ter uma atitude e um pensamento que lhe sejam os mais benéficos. Se assim não for, a vida terá sido falha, um desperdício. A pessoa despreparada para este findar tem de sofrer o destino que sobre ela se abater. Ninguém entra num campo de batalha a fim de sofrer derrota. Assim, também, ninguém voluntariamente aceita uma queda. Somente se busca progresso. Não seria sábio, portanto, lutar em prol de um objetivo que representa o melhor de seu próprio interesse. Todo homem deve, portanto, dar os mais austeros passos, tanto que se assegure de vir a manter o pensamento sobre o Pranava, quando no último alento da vida. Quem quer que, ao morrer, mantenha tal pensamento (pranava) vem a Mim', assegurou Krishna¹.

Repita o pranava (OM) no último instante. Esta é a razão pela qual a permanente lembrança do Senhor - é sabido - tem o poder de encarregar-se de seu yogaksehama, isto é, de sua felicidade aqui e no além. Naturalmente, esta repetição deve ser feita. O sadhana tudo conquista, desde que seja firme e forte."

¹ 'Aquele que, ao abandonar o corpo, pronunciando OM, pensar sobre Mim, irá alcançar o Supremo' (Gita 18:13) Para o sábio Platão, a vida nos é emprestada para que aprendamos a arte de morrer. Eutanásia, etimologicamente, significa o bom morrer.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 89)
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