sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

As 4 grandes Virtudes

Temos duas virtudes, a Justiça e a Sabedoria, que nos levam ao passado, a encarnações anteriores, nos momentos em que ainda estávamos no seio da divindade.

E temos duas outras virtudes, a Coragem e a Temperança, que nos orientam no sentido de encarnações posteriores. Quanto mais usamos essas virtudes, menos nós damos forças a Lúcifer. É da natureza da Coragem e da Temperança adentrar os órgãos, e assim, os preparar para a próxima encarnação.

Da mesma forma a vida moral se estende para o futuro, quando nos alimentamos de espiritualidade. Duas virtudes brilham da última encarnação: Sabedoria e Justiça. A Coragem e a Temperança brilham ao longo de encarnações vindouras.

Um tempo virá quando os homens vão ver claramente que, por si próprios, estão a cair nas garras da Ahriman, quando longe da Justiça e Sabedoria. O que era fruto encarnações anteriores, que pertencia ao mundo divino, seria conferido a Lúcifer por meio de ações intempestivas ou covardes. Tudo o que pode ser explorada por Lúcifer arrebata os poderes disponíveis que temos a nossa disposição para construção de nosso corpo na próxima vida.

Gracia Muñoz – Antroposofía España


AS QUATRO GRANDES VIRTUDES – Rudolf Steiner (GA 159):

Sabedoria

Ser sábio significa um desenvolvimento que foi trabalhado durante as encarnações anteriores de tal maneira que se reflete nesta encarnação.

Se vamos mais além nas virtudes aceitas pela Sabedoria, conservamos o “EU” e o corpo astral em correlação de liberdade. Porque à medida em que nos tornamos mais sábios, desenvolvemos a organização de nosso corpo astral e conseguimos controle sobre ele. Isso é o essencial, que ao nos tornarmos sábios transformamos o corpo astral em EU espiritual e então somente o corpo etérico acompanha o corpo físico.

Justiça

Quem realmente exerce a virtude da Justiça põe cada coisa em seu devido lugar, e sai de si mesmo para adentrar o outro (egoísmo -> altruísmo). Disso que compreende a Justiça. Viver em Sabedoria significa se utilizar dos melhores frutos das forças que temos armazenadas durante as encarnações anteriores. Aí temos que indicar o que nos foi concedido durante as encarnações anteriores, quando estávamos permeados por forças divinas. Com a Justiça podemos dizer algo mais: surgimos do Universo. A Justiça é a medida da conexão do homem com o Divino. Na prática, a injustiça se equivale a impiedade, equivalente a aquele que perdeu sua origem divina, blasfemando contra Deus (o Deus de onde brotamos), se cometemos uma injustiça a qualquer ser.

Coragem

Quando recorremos a uma vida covarde, as forças que devem ativar nossos corações permanecem inúteis. Então são sementes para Lúcifer e careceremos delas na próxima encarnação. Pois ser covarde diante da vida significa abandonar uma série de forças à Lúcifer, e estas nos faltarão quando formos construir nosso coração para a próxima encarnação. E este coração é um órgão, um instrumento para o Valor. Assim voltamos ao mundo com órgãos defeituosos e subdesenvolvidos.

Temperança

Podemos falar de Temperança, onde a semente contida em nosso “Eu” está se liberando, onde nosso “Eu” está, todavia, ligado aos corpos astral, etérico e físico. Com a força do nosso “Eu” podemos começar a trabalhar por nós mesmos para a liberação desses laços.

Quando perdemos nossa consciência clara através da intemperância estamos sempre abandonados aos poderes de Lúcifer. Ele toma estes poderes e nos priva das forças que necessitamos para os órgãos de respiração e digestão.

Voltamos com órgãos de respiração e digestão defeituosos se não praticamos a virtude da moderação. Aqueles que se deixam devorar por seus desejos, que se entregam a uma vida de paixões, são candidatos a serem seres decadentes no futuro, aqueles seres humanos futuros que sofrerão todo tipo de falta em seu corpo físico.

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