O Caminho que pode ser seguido, não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito, não é o Nome Eterno.
No princípio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.
Para que possamos observar os seus segredos devemos permanecer sem desejos.
Mas se em nós mora o desejo, a única coisa eu podemos contemplar
é a sua forma externa, a casca que a essência oculta.
Esses dois estados existem para sempre inseparáveis.
Diferentes unicamente em nome.
Conjuntamente idênticos, unidos, integrados.
São os chamados Mistérios.
Mistério além dos mistérios.
O Portal que conduz a tudo aquilo que é sutil e maravilhoso,
ao recôndito segredo de todas as essências.
II – O Encontro dos opostos
Todos no mundo reconhecem o belo como o Belo
e, desta forma, sabem o que é feio.
Todos no mundo reconhecem o bem como o Bem,
e dessa forma sabem o eu é o Mal.
Assim, o ser e o não-ser geram-se mutuamente.
O longo e o curto se delimitam
O alto e o baixo se inclinam
O tom e o som se harmonizam
O antes e o depois seguem-se um ao outro.
Assim o sábio executa suas tarefas sem agir
e transmite ensinamentos sem usar palavras
Todas as coisas agem, e ele não lhes nega auxílio
Produz sem apropriar-se de coisa alguma
Realiza sua tarefa e não pede gratidão
E é justamente porque não se apega
Que o mérito jamais o abandona
E sua sobras meritórias subsistem
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