by José Batista de Carvalho
O
ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito
e matéria, mente e períspirito, emoção e corpo físico, que interagem em
fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles
reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação
perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para
serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se
originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo
causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas,
pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Conscientizar-se
desta realidade é despertar para valores ocultos que, não
interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando
doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.
A
harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do
ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida,
dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.
As
enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como
processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que
se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de
sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases
iniciais da evolução.
É
imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua
consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais
seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse
autodescobrimento faculta uma tranquila avaliação do que ele é, e de
como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o
destino que o aguarda.
De
imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de
valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem
primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com
sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa
seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada
pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do
inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das
suas aspirações.
Podemos
dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de
forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de
mecanismos atávicos da Lei de evolução.
O
pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus
revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em
harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto
também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a
sua destinação.
Quando
a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os
dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus
automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos,
especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que
as agride.
O
intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, períspirito-emoções,
pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da
vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
O
homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na
organização emocional e física, dando surgimento aos estados de
equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A
conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo
fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os
olhos fitos na imortalidade de onde procede, em que se encontra e para a
qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se
à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o períspirito, a
matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas,
favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas,
libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às
dádivas da reencarnação.
Assim,
portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo
facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos
os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades,
que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes
interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus
referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de
felicidade, no seguinte pensamento: – A cada um será dado segundo as
suas obras.
Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco;
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