terça-feira, 2 de julho de 2013

O Despertar da Consicência cria as próprias soluções

por: "Regina Pimentel"

Amigos,
Um senso de responsabilidade enfraquecido não enfraquece o fato da responsabilidade.
Ser responsável é responder pelos próprios atos, é corresponder. Nos tornamos as pessoas que somos devido às nossas próprias decisões.

O caminho espiritual é feito de sonhos e de ações concretas.
Os livros sagrados dizem que os homens serão julgados por suas próprias ações.
" Não faças aos outros aquilo que não desejas que os outros façam a ti", disse Confúcio aos seus discípulos.O provérbio que diz que o mundo é dos espertos gera muito sofrimento. O respeito e a generosidade são chaves para o convívio harmonioso e próspero. É a ação que prova a vontade.
"Ousar, querer, agir e manter silêncio" é o lema nosso e de todo cabalista ocultista, diz o mestre Koot Hoomi, numa carta privada e confidencial. [1]

Um exemplo de responsabilidade ética pode ser constatada na antiga Grécia onde os jovens ao atingirem 17 anos faziam o seguinte juramento: "Não causaremos desgraças a nossa Cidade por atos de desonestidade ou covardia. Lutaremos individual e coletivamente pelos ideais e tradições da Cidade e envidaremos os melhores esforços para que nossos superiores - que podem modificá-las ou anulá-las - as respeitem também. Lutaremos sempre para incentivar o povo a desenvolver a consciência cívica. Através destes procedimentos, legaremos uma Cidade, não apenas igual, mas maior e melhor do que a que nos foi legada."[2]

Quase sempre reclamamos daquelas mesmas qualidades que estamos impedindo.
Ao abrirmos o jornal encontramos pessoas pedindo mais justiça, igualdade, fraternidade. Em nosso cotidiano encontramos frequentemente exemplos de que nossa civilização precisa ser revitalizada pela inteligência espiritual.
No final de uma festa infantil a pequena aniversariante chegou à mesa do bolo e aflita disse: - "Não tem nem uma
lembrancinha para minha amiga. Teve gente que levou três e teve gente que levou lembrancinhas." Indignada e triste ela chorou. Agimos muitas vezes, como pais e educadores, com um egoísmo horripilante. Retiramos o órgão e exigimos a
função. Formamos homens sem coração e chocamos ao encontrarmos pessoas desonestas e covardes. O egoísmo, que brota da ignorância, é um beco sem saída e provoca um circuito fechado de infelicidade. A auto-expressão está sempre presente nas coisas vivas, mas para ver o que realmente está acontecendo, precisamos ter olhos para ver e coração para sentir. Precisamos analisar os pormenores do nosso dia a dia. Por trás das atitudes cotidianas residem aspectos mais amplos de como a vida funciona. Como a vida é consciência em ação nada é mais útil do que examinar os comportamentos, as ações e as qualidades essenciais da própria consciência.

A teosofista Helena P. Blavatsky afirma que "A Natureza se ergue pelo antagonismo. As paixões, a resistência, o perigo, são educadores. Nós adquirimos a força dos obstáculos que vencemos."[3] Mas a aplicação da sabedoria na prática
implica determinação: "É necessária mais coragem para olhar o mundo de frente e sem distorções, do que para entrar num local retirado em que vivem bestas selvagens."[4]

Como alimentarmos os jogos de poder consciente ou inconsciente e como eliminarmos as suas causas?
Como avançar e superar-se, se não usar o rico e profundo mundo interno para saber o que tem a favor da vida? As respostas para todas as fragilidades vêm de dentro de nós mesmos. A consciência contém tudo que precisa regular a vida, não deixando nada de fora. Ela contém todas as possibilidades e a solução que buscamos já existe em potencial.

Trazermos a consciência para a prática cotidiana é o primeiro passo a ser dado. O egoísmo e a indiferença que dela ocorre devem ser enfrentados com decisão. Ao olharmos apenas para nós mesmos como centro do universo ignoramos nossos irmãos. Ao monitorar os pensamentos, sentimentos e ações buscando o autodesenvolvimento saímos do automatismo, do comodismo e fazemos o que tem que ser feito. Dessa forma o equilíbrio dinâmico é mantido. O caminho para o êxito pessoal deve ser marcado pela contemplação da própria natureza. Os oceanos são ecossistemas que dão suporte à vida. Seu equilíbrio é tal que cada forma de vida dá suporte a outras. "Os sábios preservam a ordem da natureza; eles assumem formas excelentes, em segredo." diz Helena P. Blavatsky em outro aforismo.[5]

Carlos C. Aveline ensina que é mais importante no processo de produção de conhecimento não é ensinar, mas aprender e, sobretudo, aprender a aprender. O próprio ato de ensinar é parte do aprendizado. Os bons pais aprendem enquanto educam a criança. O bom professor aprende enquanto ensina. O bom aluno também ensina, por sua vez, porque participa ativamente do processo de produção e transmissão do conhecimento.
Esse processo interativo emerge hoje em todas as relações sociais e não apenas nos estabelecimentos de ensino propriamente ditos. Cada vez mais, quem tem conhecimento real deixa de vestir a máscara de sabe-tudo, guru ou iluminado, e se coloca como facilitador, cuja função é apoiar e estimular a aprendizagem autônoma dos grupos e dos indivíduos.[6]

Com o despertar da consciência assumimos a responsabilidade pelos próprios pensamentos, sentimentos e ações. Vemos a nós mesmos como co-responsáveis pelo despertar coletivo. Percebemos que respostas vêm de diversas direções e que as mudanças fazem parte do processo. Com esforço e confiança vislumbramos cada dia como se fosse um novo mundo.
A prática da Meditação pelo Despertar do Brasil coloca os poderes latentes da consciência expressamente a serviço da Fraternidade Universal. Esta é a maneira correta de desenvolver as potencialidades transcendentes da mente humana. É também o modo mais eficaz de alcançar a felicidade.[7]

Com a força purificadora que emana da vontade cumprimos com independência o dever ético e permitimos as renovações e transformações necessárias para o surgimento da civilização do futuro.

Paz e luz,
Regina

Notas:
[1] Cartas dos Mestres de Sabedoria, C. Jinarajadasa, p.241
[2] O Livro das Virtudes, William J. Bennett, Editora Nova Fronteira, p. 161
[3] Preceitos e Axiomas do Oriente 2, Helena P. Blavatsky
[4] Idem
[5] Idem

[6] Aprendendo a Aprender, Carlos Cardoso Aveline[7]Meditando Pelo Despertar do Brasil

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