Ai, que medo dos
salvos!
.... Acredito
piamente que Cristo está distante desses debates, fundamentalismos,
interpretações e apologias de certos pensadores, pregadores e defensores daquilo
que chamam de verdade. A religião e os religiosos já fizeram muito estrago na
vida de muita gente boa em todo o mundo. Viver a religião longe do amai-vos uns aos outros é algo
perturbador e muito mais perigosos do que se pode imaginar.
Não vejo amor em se dizer que o outro
é menos salvo, menos bom e menos certo do que eu, e que apenas se aceitar minha
forma de ver o mundo, de interpretar Deus, ele passa a ser bonzinho, eleito e
tão certo quanto penso que sou. A partir
de então, estão reservadas a ele as bênçãos eternas. Será mesmo que somos tão pueris?
Sinceramente, onde está a salvação tão falada, a coerência
com a mensagem de Cristo, se passo a
fazer distinção entre aqueles que pensam como eu e aqueles que não pensam igual
a mim ou de acordo com a interpretação que minha igreja tem a respeito da
verdade?
Vejo uma perda de tempo imensa por parte dos cristãos que
ficam o tempo todo tentando provar a superioridade espiritual, a elevação moral ou o status de salvo que supostamente ostentam, em oposição
àqueles que não comungam com sua forma
de pensar.
.....
Colocamos traves nos nossos olhos e tentamos tirar dos olhos
alheios o tampão que os impede de ver! Em outras palavras: porque não
empreendemos semelhante cota de energia para fazer um movimento de renovação
íntima, mergulhando fundo nos conceitos de amor, fraternidade, amizade, boa
vontade e caridade, de que falam tanto os Evangelhos? Preferimos mergulhar em
discussões intermináveis tentando provar que o outro é o diabo, que irá para o
inferno ou que ficará nas trevas, no lado dos opositores de Cristo.
Teresa de Calcutá, no livro Pelas ruas de Calcutá, escrito
por Robson Pinheiro
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