Toda crença é ainda um atributo da mente. "Eu acredito em algo", "em alguém", "em alguma história". Quem crê é o eu. A crença é ainda periférica, pois é condicionada a determinadas condições.
Osho usa um exemplo
claro sobre a crença e a confiança. O cego acredita na luz, pois ele não
vê a luz, então ele acredita no que dizem a ele sobre o que seja a luz.
Quem vê, quem enxerga, não acredita na luz pois a luz é uma realidade.
A crença ainda acontece àqueles que não vêem. Trata-se de uma preparação eu diria, para a Confiança.
Confiança é uma entrega
profunda, consciente, desinteressada na inteligência fecunda Universal,
em Deus, na Totalidade. Na confiança os diálogos internos já não existem
mais, e nenhuma queixa ou desejo estão presentes.
Existe apenas um silencio original, que reconhece-se enquanto Totalidade, e as "divisões" interno-externo desapareceram.
O que nasce então é um reconhecimento do EU SOU essencial, o Todo Unidade se apresentando, e se reconhecendo a cada momento.
Uma vez que a essência tenha sido integrada, tudo o que acontece é reconhecido como próprio, como o Ser,
e nenhuma estranheza, desconforto, é possível já que o relaxamento no
aqui e agora é pleno, e o desfrutar daquilo que acontece é total.
Se está sempre em casa!
Nenhum lugar é estranho,
nenhuma situação é estranha; fugas, estranhezas, desconforto, desejos,
medos, passam a ser meros conceitos..
A relação com a
realidade passa a ser direta e sem nenhuma influência da mente, e tem
como base o princípio do prazer; a consciência iluminando cada ação,
cada gesto, cada fala, cada atitude, cria uma beleza em cada instante, e
todas as situações são apenas aprendizados que se sucedem, nada mais..
Quando se desvencilha
das falas da mente, o que surge é a simplicidade, e nessa simplicidade a
entrega, a confiança, acontecem naturalmente.
Este é o poder da Confiança...
Relaxar no Ser é desfrutar do instante e nele fluir simplesmente, completamente...
Amor
Lilian
Ventos da Paz
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