terça-feira, 27 de agosto de 2013

Crenças

Toda crença é ainda um atributo da mente. "Eu acredito em algo", "em alguém", "em alguma história". Quem crê é o eu. A crença é ainda periférica, pois é condicionada a determinadas condições. 

Osho usa um exemplo claro sobre a crença e a confiança. O cego acredita na luz, pois ele não vê a luz, então ele acredita no que dizem a ele sobre o que seja a luz. Quem vê, quem enxerga, não acredita na luz pois a luz é uma realidade. 
A crença ainda acontece àqueles que não vêem. Trata-se de uma preparação eu diria, para a Confiança.

Confiança é uma entrega profunda, consciente, desinteressada na inteligência fecunda Universal, em Deus, na Totalidade. Na confiança os diálogos internos já não existem mais, e nenhuma queixa ou desejo estão presentes. 

Existe apenas um silencio original, que reconhece-se enquanto Totalidade, e as "divisões" interno-externo desapareceram. 
O que nasce então é um reconhecimento do EU SOU essencial, o Todo Unidade se apresentando, e se reconhecendo a cada momento.

Uma vez que a essência tenha sido integrada, tudo o que acontece é reconhecido como próprio, como o Ser, e nenhuma estranheza, desconforto, é possível já que o relaxamento no aqui e agora é pleno, e o desfrutar daquilo que acontece é total.
Se está sempre em casa! 

Nenhum lugar é estranho, nenhuma situação é estranha; fugas, estranhezas, desconforto, desejos, medos, passam a ser meros conceitos.. 
A relação com a realidade passa a ser direta e sem nenhuma influência da mente, e tem como base o princípio do prazer;  a consciência iluminando cada ação, cada gesto, cada fala, cada atitude, cria uma beleza em cada instante, e todas as situações são apenas aprendizados que se sucedem, nada mais..
Quando se desvencilha das falas da mente, o que surge é a simplicidade, e nessa simplicidade a entrega, a confiança, acontecem naturalmente. 
Este é o poder da Confiança...
Relaxar no Ser é desfrutar do instante e nele fluir simplesmente, completamente...
Amor
Lilian
 
Ventos da Paz

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