segunda-feira, 3 de março de 2014

A Espiritualidade fala sobre a pílula do dia seguinte

Consulente: BHT, trinta e dois anos, mulher, casada e espírita. Sintomas: Foi a consulente que o caboclo Ventania indicou para entrar antes dos outros na consulta, pela intensa dor de cabeça que sentia, conforme mencionado no capítulo "Diante dos fenômenos mediúnicos". Nesse dia, era a primeira vez que ia à choupana. Fora indicada para atendimento marcado com apometria, na consulta. Tinha muita vontade de sumir, ficar sozinha e abandonar o marido, ao qual chamava de pai de seu filho. Reconhecia que precisava educar sua mediunidade e se dizia espírita. Iniciou por mais de uma vez a educação mediúnica em centro espírita organizado, mas sempre acontecia "algo" que a fazia desistir de continuar. Disse-se culpada por seus sofrimentos e afirmou saber que atraía companhias espirituais de baixa vibração. Contudo, mantinha-se passiva, sem vontade de reagir, vítima de si mesma, tendo altos e baixos de muito ódio do marido. Atendimento: Durante a entrevista com a consulente, realizada em forma de anamnese, antes do início do atendimento propriamente dito, vovó Maria Conga se manifestou e perguntou para a consulente se ela cometera aborto, depois do nascimento do atual filho de três anos. BHT negou e disse que "só" fizera um aborto, quando era jovenzinha, e que depois nunca mais repetira o feito. Então, a preta velha iniciou o seguinte diálogo: - Minha filha, e a pílula do dia seguinte, lembra-se de ter usado? - Sim. - Não está se cuidando usando métodos contraceptivos consagrados pela medicina terrena e mais seguros? - Não, eu uso a tabela e, vez por outra, perco-me nas datas. Só usei a pílula do dia seguinte por duas vezes, pois fiquei com receio de engravidar, estando dentro das datas possíveis de minha fertilidade. - Minha filha, o que você acha que ocorre quando um espermatozóide encontra um óvulo e o penetra, nas primeiras quarenta e oito horas após o intercurso sexual? - Creio que existe início de gravidez. - Então, início de gravidez é um aborto diferente de uma barriga maior? - Acho que é. - Minha filha, se já tem a consciência da reencarnação, pelos muitos livros que leu, compreenderá que, por trás de um espermatozóide adentrando um óvulo, existe um espírito aguardando um corpo para voltar a estagiar na materialidade. Quando interrompeu abruptamente o acoplamento do reencarnante incorpóreo, atraiu para si forte trauma e, ainda pelo baixo estágio evolutivo das criaturas humanas, muito ódio contra si, uma vez que esse espírito acaba direcionando para você a "descarga" de sua raiva. Ter feito "só" dois abortos com a pílula do dia seguinte, mesmo em fase inicial de formação embrionária, não a isenta de sério processo obsessivo que ora se encontra no pico de sua intensidade. Vamos auxiliá-la, a fim de proporcionar um breve instante de alívio para todos os envolvidos, mas precisa mudar em si suas disposições mais íntimas, como a de não se resguardar de concepção extemporânea, pelo mero prazer carnal fugaz e irresponsável, quando não intencionalmente, por não ter tido coragem de negar ao seu companheiro o intercurso fora de hora, por não o desejar no momento, o que a deixa frustrada. Depois acaba "descarregando" essa raiva em uma pílula, pensando: "Ele me tem quando quer, mas gerar filho eu não deixo". Nesse momento, a consulente caiu em choro convulsivo, perdendo a empáfia que a cegava até então. Com o sentimento aberto como um riacho revolto, com lágrimas escorrendo, aflorou sua humildade, até então ausente. Então, desligaram-se da aura da atendida os dois espíritos "abortados". Ao mesmo tempo, manifestam-se em duas médiuns. Sofridos, desalinhados pelo ódio insano, foram acalmados lentamente e aceitaram uma trégua, para se fortalecerem. Reconheceram que não estavam indo a lugar nenhum, antes estavam se prejudicando ao tentar, por vingança, separar BHT de seu esposo. Recomendou-se para a consulente uma série de sete palestras com passe, para ela se fortificar energeticamente. Esclarecida de que ela era a responsável pelo que estava atraindo, foi chamada à ação para sua educação mediúnica, sob pena de intermitentes recorrências obsessivas, por sua sensibilidade desequilibrada. Conclusão: Quais as conseqüências espirituais de se utilizar uma pílula contraceptiva, nos dias seguintes à união sexual? Agravamos as conseqüências, quanto maior é nossa consciência sobre os processos palingenésicos. Podemos, mas não temos o direito de impedir um espírito de reencarnar, pelo mero prazer descompromissado e inconseqüente, se existem métodos adequados e seguros, recomendados pela medicina, que se encaixam melhor diante das leis espirituais. Os espíritos que nos veem na parentela carnal, via de regra, são ainda nossos inimigos, dado nosso arraigado atavismo egoísta, que nos prende ao ciclo reencarnatório. São despertados abruptamente da dormência que os envolvia para acoplarem-se no futuro embrião, desde que, recém fecundados os gametas, masculino e feminino, pelo encontro de ambos no meio uterino. Ao despertarem, rompem do inconsciente milenar em que estavam adormecidos os laços traumáticos que os uniam à mãe abortiva, fazendo-os cair em obsessão odiosa contra ela, advindo uma fixação de difícil reavaliação, criando o espírito abortado intensa concha astral entre ambos, literalmente agarrando-se em volta do útero, como um hospedeiro - a consulente sentia seguidas pontadas no baixo-ventre. O Pai-Mãe, Deus, em sua infinita bondade e amor, brindou-nos com corpos físicos para o intercurso sexual. Assim podemos realizar a união amorosa a dois. Contudo, não nos dispensou de sermos responsáveis por nossos atos, enquanto somos cocriadores no abençoado ciclo reencarnatório planetário. de Diário Mediúnico, de Ramatis

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