Meu contato com os meus "Eus" ou meus aspectos insconscientes.

A primeira vez que fui orientada a trabalhar com minhas partes, fiquei bastante confusa. Em alguns momentos sentia-me ridícula e em outros parecia que estava falando comigo como se tivesse dentro de mim, um manipulador, um sabotador ou até mesmo, um obsessor. Muito estranha a sensação. Hoje, anos depois de fazer o mesmo trabalho, não só comigo, mas também com um grande número de pessoas, fico agradecida aos instrutores de Neurolingüística que me mostraram um caminho fantástico para a resolução de conflitos. Pode acreditar que somos realmente, um Ser que se compões de partes. Quando prestamos atenção à fala das pessoas, podemos ouvir afirmações bem interessantes. Veja que algumas são muito comuns: “Minha vida é uma luta”, “Estou cansado de lutar”, “Conquistar um lugar ao sol, é uma luta”, “Minha casa é um campo de guerra”, “Venceu a batalha, mas perdeu a guerra”...... Como vê, todos temos um guerreiro dentro de nós. Sempre lutando. Pudera! Muitos de nós crescemos ouvindo alguém dizer algo parecido com “anda menino! Vai à luta”... O nosso caráter, a nossa estrutura de personalidade foi construída a partir de coisas como essas. “Eles” falaram e nós acreditamos. E você, leitor? Quantas vezes ouviu ou repetiu alguma coisa parecida? Esse é um discurso negativo, que faz da pessoa, alguém sempre pronta para lutar. Sempre esperando experiências difíceis. Reflita e veja quanta energia é gasta com esse nível de pensamentos. Voltaremos a esse tema, quando falar de sistema de crenças. Está claro esse conceito de partes e todo? Quando me dirijo diretamente a uma parte sua, ou falo especificamente a um lado seu, minha intenção é chamar sua atenção para esse aspecto seu que talvez precise reconhecer e valorizar. Como disse, felizmente temos muitas partes. Enquanto uma cuida de um aspecto de nossa vida, a outra pode suprir outras necessidades. Isso é maravilhoso. Assim, agradeço à minha parte mãe, que direciona tanta energia para o relacionamento com meus filhos, para os cuidados que devo ter com essa relação, que é fundamental para sentir-me feliz. Veja como é positivo para mim, poder contar com a parte mãe, sempre atenta para as necessidades de atenção e respeito que os filhos merecem e não deixando que nossa relação sofra qualquer prejuízo. Esse é um exemplo, mas aprendi a conhecer bem a parte que cuida da Espiritualidade, as que se preocupam com as questões materiais, financeiras, profissionais, familiares..., inclusive a mais agressiva. Essa merece o maior respeito. Aparece sempre que é preciso defender-me de algumas pessoas que se aproximam com intenções não muito positivas e de algumas formas de manipulação emocional. Sinto sua presença, claramente, de forma intuitiva, quando sinaliza que é preciso ligar as antenas e ficar atenta a algo. Provavelmente, ela sempre existiu, mas eu a desconhecia. Quem sabe...., eu mesma a rejeitei ou abafei? Até para parecer sempre “ boazinha” e dócil. Não é assim que fazemos? Talvez tenha se escondido, para que eu fosse querida, amada.... os adultos, rejeitam as crianças que mostram qualquer sinal de agressividade, mesmo em defesa da sua identidade e liberdade de Ser.