Se você acredita que se sentindo culpado ou se
preocupando muito vai conseguir mudar um acontecimento passado ou
futuro, então está vivendo em outro planeta, com um sistema diferente de
realidade.
No decorrer de nossa vida, as emoções mais fúteis
são o sentimento de culpa pelo que foi feito e a preocupação com o que
poderá ser feito. Dois grandes desperdícios, Preocupação e Culpa, Culpa e
Preocupação. Ao examina-los percebemos o quanto eles são ligados,
podemos encara-los como os dois extremos da mesma zona.
Culpa quer dizer que você desperdiça seus momentos
presentes imobilizado em consequência de um comportamento passado,
enquanto que a preocupação é o artifício que o mantém imobilizado no
presente em função de alguma coisa futura — quase sempre alguma coisa
sobre a qual não tem controle. Pode ver isso claramente se tentar pensar
em si próprio sentindo-se culpado de um acontecimento que ainda deve
ocorrer, ou preocupando-se com alguma coisa que já aconteceu. Embora uma
reação vise ao futuro e a outra ao passado, ambas servem ao propósito
idêntico de mantê-lo agastado ou inerte no seu momento presente.
Não é a experiência de hoje que nos enlouquece. É o
remorso por alguma coisa que aconteceu ontem, e o temor do que o amanhã
pode revelar.
Você vê exemplos de culpa e preocupação por toda
parte, praticamente em cada um que você encontra. O mundo está cheio de
gente que se sente muito mal quanto a alguma coisa que não devia ter
feito, ou apavorada com coisas que podem acontecer ou não. Você,
provavelmente, não constitui exceção. Se tem grandes zonas de
preocupação e culpa, elas devem ser exterminadas, desinfetadas e
esterilizadas para sempre. Elimine de uma vez esses vírus da preocupação
e da culpa que infectam tantas áreas de sua vida.
Culpa e preocupação representam, talvez, as formas
mais comuns de angústia, em nossa cultura. Com a culpa você focaliza um
fato passado, sente-se deprimido ou zangado por causa de alguma coisa
que fez ou disse e estraga seus momentos presentes ocupado com
sentimentos que dizem respeito a um comportamento anterior. Com a
preocupação, você gasta à toa esses preciosos momentos de agora,
obcecado por um evento futuro. Quer esteja olhando para trás, quer para a
frente, o resultado é o mesmo. Está jogando fora o momento presente.
Há dois dias na semana com os quais e pelos quais
você nunca deve se preocupar. Dois dias inteiramente sem cuidados,
mantidos santamente livres de medo e de apreensão. Um desses dias é
ontem… e o outro é amanhã.
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