sábado, 13 de julho de 2013

Yin e Yang

"O TAO produz o Um. Sendo o Um manifesto produz o Dois. Existindo o Dois, aparecem os contrários. Estes entram para a existência, ao produzir-se o Três".
Lao Tsê
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O “VAZIO ORIGINAL” na cosmologia tradicional chinesa , dá origem ao Tai Chi, que se diferencia em Yin Yang, que dão origem à relação dos cinco elementos, que geram as dez mil coisas (dez mil têm para os chineses o sentido de infinidade).
Assim, no princípio do Universo havia uma única força primordial. O “TAO” que produz o Um. Sendo o Um manifesto produz o Dois. Existindo o Dois, aparecem os contrários. Estes entram para a existência, ao produzir-se o “Três".
Esta força única, originou a primeira dualidade ou seja o YIN e YANG , as aspectos solar e lunar e daí várias polarizações foram ocorrendo então. O sol e a lua vieram a gerar a luz e a escuridão; o calor e o frio; a atividade e a sonolência. E todos os seres vivos passaram a necessitar tanto de um quanto do outro para sobreviverem. A Lei da Polaridade segue o princípio físico da Terceira Lei de Newton, ou seja: a toda ação corresponde uma reação. Assim sendo , a relação entre os elementos da natureza acaba não sendo ocasional.
YIN e YANG é a base da filosofia e metafísica da cultura chinesa, representação da dualidade, e em chinês este conhecido símbolo que representa a integração de Yin e Yang é denominado como "Diagrama do “Tai Chi".

Princípios complementares
Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação.

Essas forças são:

• Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio

• Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são, não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yin como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yang, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons:

os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

O diagrama do “Tai Chi” simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. (Preto) e (branco) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo “Tai Chi” expressa esse conceito: o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin.

Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados não apenas pelo claro e pelo escuro, mas, igualmente pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo.

Yang, o forte, o masculino, o poder criador era associado ao céu, enquanto o Yin, o escuro, o receptivo, o feminino, o material, era representado pela terra. O céu está acima e esta cheio de movimento. A terra - na antiga concepção geocêntrica - está em baixo e em repouso. Dessa forma, yang passou a simbolizar o movimento e yin o repouso. No reino do pensamento, yin é a mente intuitiva, feminina e complexa, ao passo que yang é o intelecto masculino, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, yang a vigorosa ação criativa do rei.

Referência Bibliográfica:

1. Blofeld John. O Portal da Sabedoria. Editora Pensamento, 1993, 9ª Edicação. São Paulo. SP.
2. Wilhelm Richard. I CHING. O Livro das Mutações. Editora Cultriz., 1982: tradutora Alaíde Mutzenbercher e Gistavo Corrêa Pinto.
3. Nei Ching. O livro de ouro da medicina chinesa. Editora Objetiva LTDA, 1989. Rio de Janeiro, RJ.
4. Heider John. O Tao e a Realização Pessoal. Editora Cultrix, 1999. São Paulo. SP.

5. Capra, Fritjof. O Tao da física. Ed. Cultrix, 1995. São Paulo, SP.

6. Nan-Ching. O clássico das dificuldades. Tradução e notas de Unschuld, Paul U. Ed.Roca, 2003. São Paulo,SP.

fonte: site sem fronteiras

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