sábado, 13 de julho de 2013

Dualidade

HARMONIZAÇÃO E UNIFICAÇÃO DOS ASPECTOS DE DUALIDADE
Publicado por Fatima dos Anjos 
fonte: Na trilha da Ascessão de Leandro Pires.

Este é um dos capítulos mais importantes de todo este livro. É fundamental que você o compreenda em toda a sua profundidade, pois tenho certeza que estas informações lhe serão extremamente úteis no decorrer de sua caminhada.

A dualidade é o tema principal, sobre o qual todo conhecimento espiritualista é debatido e analisado através de nossa consciência. Dualidade significa desequilíbrio. Em outras palavras, significa oscilar entre prazer e dor, amor possessivo e ódio, auto-exaltação e humilhação, entre muitas outras coisas. Todos os sentimentos negativos provém da oscilação no mundo da dualidade. Nem é preciso dizer que todos nós, no caminho espiritual, precisamos passar por este tipo de situações. Isto faz parte de nosso treinamento e aprendizado para as iniciações superiores. A nossa atenção deve estar sempre concentrada, sobretudo, no processo de harmonização e unificação dos aspectos da dualidade. O que nós queremos realmente, é nos libertar deste círculo vicioso que é o mundo dual. Queremos, enfim, encontrar o ponto de total equilíbrio e harmonia com Deus, bem como em relação a todas as coisas que nos cercam. Esta é uma tarefa difícil e árdua, e não pode ser conseguida sem que se realize um profundo trabalho de consciência neste sentido. Existem muitos elementos do mundo dual dos quais queremos nos libertar, pois que não estão sintonizados com o nosso propósito maior para esta existência. O processo de compreensão da unidade é a chave de todo o processo. As pessoas perdem um tempo incrivelmente grande tentando afastar-se da dor, do ódio, da humilhação, buscando então os seus respectivos pólos opostos, que são o prazer, o amor possessivo e a auto-exaltação de si mesmos. Percebe como nenhuma das características é possível nos agradar, na verdade? Se queremos viver um amor possessivo, então temos que aceitar a conseqüência para esta nossa atitude, precisamos pagar o preço, que será, quem sabe, um sentimento de ódio que poderá vir a nascer no futuro. Mas nós não queremos odiar, então porque odiamos? Odiamos porque queremos amar possessivamente. E enquanto não adquirirmos a consciência de que esta é uma forma desequilibrada de amor, estaremos presos a este círculo vicioso da dualidade. O sofrimento perdurará, até que possamos perceber os nossos próprios erros. As pessoas buscam o prazer na vida. Buscam prazeres materiais. Mas não conseguem entender porque após o prazer, sempre vem a dor. O que as pessoas pensam ser um prazer, na verdade não o é. O prazer é apenas uma outra forma de manifestação da dor, uma forma disfarçada e dissimulada. Prazer e dor são uma coisa só, eles não são elementos separados. Difícil é provar isto para a nossa consciência. Se sabemos que prazer e dor são uma coisa só, porque então não descartamos esta forma de experiência de nossas vidas? Não precisamos mais continuar sofrendo, uma vez que possuímos a consciência da ilusão da dualidade. Uma vez que abrimos mão do prazer, estamos, assim, evitando a dor. Em breves palavras, é assim que vamos realizando, pouco a pouco, a perfeita integração dos pólos opostos da dualidade, resultando na harmonização de todos os aspectos. Nós precisamos unificar, integrar os elementos, e jamais separá-los. Esta é uma grande Lei Universal. Enquanto o ego acreditar nos prazeres ilusórios da matéria, ele estará na verdade experimentando a própria dor. Poucos, muito poucos neste mundo, chegam a perceber que o prazer material é, na verdade, uma dor. Poucos sentem esta dor, porque se a dor existe, é porque a consciência superior do ser humano está atuando sobre a sua vida. Este ser humano está, na verdade, a caminho de despertar sua consciência. A dor é o elemento sinalizador de todo o processo. Esta dor é na verdade um sinal de libertação, um renascimento para uma nova realidade, uma realidade divina.
A CIÊNCIA DAS POLARIDADES ENERGÉTICAS

É muito importante compreender, neste campo de estudo, como se comportam as polaridades energéticas, e como funcionam os seus princípios. Abaixo, você pode ver uma figura simbólica em que tentaremos exemplificar melhor estas questões.


Figura 1: Mundo Real e Irreal (Livre-Arbítrio)


Nesta figura, existe um centro representado pela área cinza. Todo o restante do espaço, ao redor deste círculo cinza, está representado como o mundo irreal. Como se pode observar, também, as duas polaridades opostas (bem e mal) pertencem a uma mesma linha geométrica, e ambas provém do mesmo centro geométrico. Esta mesma linha poderia, embora sem modificar a posição do centro, alternar-se em diversas posições, formando ângulos de 30, 60, 90, 120 graus, e assim por diante. Independente da posição, as polaridades podem expressar-se das mais diversas formas no reino do livre-arbítrio, representado pelo mundo irreal. É preciso explicar, neste momento, que ambas as polaridades representam a oscilação do mundo da dualidade. O bem, é na verdade um bem ilusório; assim como o mal, é na verdade um mal ilusório. Perceba que apesar de opostos, ambos pertencem à mesma linha geométrica, bem como o mesmo centro geométrico. Aí reside a grande chave de todo o entendimento. Se uma pessoa está buscando pelo “bem” (prazer, amor possessivo, auto-exaltação), ela está se afastando do seu centro. Como o “mal” é na verdade uma contraparte do “bem”, então a dor, o ódio e a humilhação serão inevitáveis na vida desta pessoa. É evidente que nenhuma pessoa busca voluntariamente o sofrimento, ou seja, o lado do “mal” representado na figura. Ele é uma conseqüência da busca pelo “bem”. Agora, junte todas estas informações, e pare por alguns instantes para analisá-las. Certamente você encontrará diversos aspectos da sua vida que se enquadram neste esquema. Você perceberá exatamente onde é que você está empregando suas energias. Você poderá estar se afastando do centro, tanto por buscar o “mal”, como por estar buscando o “bem”. Restará ainda uma pergunta. Se nenhum destes dois caminhos conduz ao equilíbrio, qual é o caminho então? O caminho, sem dúvida alguma, é permanecer no centro. A interação com o mundo do livre arbítrio pode ocorrer perfeitamente, mas desde que se tenha consciência deste centro de equilíbrio. É impossível viver harmonicamente com o mundo, se não tivermos consciência deste centro. Este centro é, na verdade, a nossa grande busca. Pode ser chamado também de Tao. É um estado de consciência plenamente ligado a Deus. Todo o centro cinza da figura é, na verdade, a representação do Deus que somos todos nós. Precisamos perceber este centro, sentí-lo dentro de nós. A melhor forma, e porque não, é imaginarmos que somos como sóis. Como um Sol, somos o centro de onde toda a luz se irradia para o universo. Podemos imaginar Deus como um grande Sol. Note que a luz do Sol é independente de todos os elementos exteriores. Ela simplesmente é. Comece a perceber a si mesmo, como você realmente é. Neste momento, se você puder perceber, entenderá perfeitamente porque costumamos dizer, em nossas meditações: EU SOU AQUILO QUE SOU. Você saberá que a sua luz independe de toda e qualquer ilusão do mundo exterior, do maia, do mundo do livre-arbítrio. Você é forte e poderoso por natureza e essência. Sinta este centro de equilíbrio dentro de você, banhe-se nele, realize-se nele. Pois é ele a razão de toda a nossa existência. É a fonte proveniente de toda a felicidade verdadeira e eterna. É o universo infinito que se deslumbra aos nossos olhos, onde tudo é possível se realizar. O nosso crescimento espiritual se dará sempre em direção a este centro, jamais para fora dele. Por isso se diz que o caminho que conduz ao Pai é estreito e difícil. Devemos caminhar sempre para dentro deste centro, cada vez mais, pois é este o caminho que conduz a Deus e nos integra cada vez mais à divindade de tudo o que existe.

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