Publicado por M. Manuela dos Santos Oliveira em 5 abril 2014 às 23:15 em Elementos e Elementais
A existência quotidiana é uma série de encontros aos quais não se presta a suficiente atenção.
O que são respirar, comer, beber, lavar-se, receber a luz e o calor do sol, senão encontros com os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo?
A nossa existência não só é feita destes encontros, como depende deles.
Todos os dias nós entramos em contacto com os quatro elementos: com a terra quando comemos, com a água quando bebemos e nos lavamos, com o ar quando respiramos, com o fogo quando o acendemos mas também quando recebemos a luz e o calor do sol.
Os quatro elementos não são só essas forças da natureza que vemos manifestarem-se excepcionalmente quando ocorrem fenômenos como os tremores de terra, as tempestades, os tornados ou as erupções vulcânicas.
Eles fazem parte da nossa vida quotidiana e, por isso, podemos entrar em contacto conscientemente com eles todos os dias.
O trabalho com os espíritos da natureza
Se podemos entrar em comunicação com a Natureza é porque ela está viva e é inteligente.
E está viva e inteligente porque é habitada por criaturas de todos os tipos que trabalham sobre as pedras, as plantas e os animais.
Essas criaturas foram mencionadas nas tradições do mundo inteiro.
Claro está,talvez não tenham a aparência com que foram descritas por cada religião ou cada cultura, mas o essencial é saber que a Natureza vive porque é habitada, que os quatro elementos - a terra, a água, o ar e o fogo - são habitados e podemos entrar em comunicação com as criaturas que neles habitam, para efectuar diferentes trabalhos.
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Quando estais na Natureza, deveis ter consciência da presença de todos os espíritos que a povoam e que lá existiam muito antes de nós termos aparecido à face da terra.
É bom ligar-se a eles, falar-lhes, maravilhar-se perante a beleza do trabalho que realizam sob a terra e sobre a terra, na água, no ar, etc.. Nessa altura eles ficam felizes, tornam-se vossos amigos, sorriem-vos, oferecem-vos presentes: a vitalidade, a alegria, a inspiração poética e até a clarividência.
Mas não deveis ficar por aí. Deveis fazer participar num trabalho divino todos esses biliões de espíritos que povoam a Natureza.
Quando passeais na floresta ou na montanha, dirigi-vos a todas as criaturas invisíveis que estão lá a contribuir, através da sua atividade, para a vida das pedras, das plantas, dos animais, e pedi-lhes que venham em auxílio de todos aqueles que trabalham para o amor, para a luz, para a paz - para o estabelecimento do Reino de Deus sobre a terra.
E quando estais à beira do mar ou de um rio, dirigi-vos aos espíritos que neles habitam, dizendo-lhes: «Então, que fazeis vós pelo bem da humanidade?
Influenciai todos os que vêm banhar-se e aqueles que viajam nas águas, inspirai-lhes o desejo de mudar, de melhorar...
É certo que eles têm a cabeça dura, mas vós tendes poderes e, se insistirdes, eles acabarão por vos escutar mesmo sem querer e cumprirão a vossa vontade.
Vamos, ao trabalho!»
É deste modo que, um dia, biliões de espíritos agirão, na terra, sobre os corações e os cérebros humanos.
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OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
em "O livro da magia divina"
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