Mas é importante entender que essa superação não significa que foi colocada uma pedra sobre o assunto - sei que não é fácil -, pois significa aceitar o comportamento abusivo do outro.
A principal lição é que você não vai mais errar, mas, sim, superar e vencer. Vai livrar-se de algo e sua vida mudará para melhor porque irá retirar do dia a dia um sentimento ruim e passar a acreditar que a felicidade existe; irá aprender a amar e aceitar que os outros também têm seus defeitos.
A raiva é o veneno, e a superação de uma etapa difícil é o antídoto; quem se perde na raiva, na vergonha ou na culpa, se torna um prisioneiro desvitalizado e quem guarda ressentimentos indica que é incapaz de superar o que aconteceu.
Quando alguém diz: "não tenho forças para continuar", implica na ilusão de crer que o outro é poderoso e isso não é verdade, pois sua tarefa é reunir o que foi dispersado, ou seja, nada mais do que retornar a unidade original.
Toda iniciação é uma morte e um renascimento; um iniciado precisa se um tornar mestre e ao mesmo tempo vítima na sua vida.
Para ser indestrutível temos que ser primeiro destruídos. O fundamento do sacrifício em qualquer religião é dividir para depois reunir; se desintegrar para depois reintegrar-se e sendo um, você se tornará "muitos".
A sabedoria é a única saída para ter a coragem para enfrentar a vida depois da experiência da perda, da traição, da raiva, do lamento e da solidão.
Nesta jornada, o que deve haver é coesão com a sua identidade e sua alma; a única maneira que conheço para sobreviver e ser diferente das pessoas comuns, mas pelo menos continuar conectado com o mais sagrado, o seu mundo divino.
Monica Buonfiglio
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