A Existência de GAIA e o Poder da Deusa, o feminino sagrado
Praticamente todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um grande organismo (consciência, Gaia) feminino regendo a vida da Terra.
Todos os cultos da fertilidade e do renascimento da natureza, da vegetação, na primavera, eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava (continua doando, sem limites) e sustentava a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
Imagens e acréscimos: Thoth3126@gmail.com
No terceiro quarto do século XX, a ciência passou a estudar com interesse e seriedade a hipótese da Terra ser um organismo vivo, consciente e auto-regulável. A adoção de modelos biológicos para entender o planeta, em substituição aos modelos mecanicistas e termodinâmicos, foi um gigantesco passo para a reintegração do homem com a natureza.
A entrada do terceiro milênio não é apenas um marco cronológico. É a possível passagem para um novo ciclo de consciência da humanidade, mais próximo da noção com a unicidade da vida. A Hipótese Gaia é uma tese científica elaborada pelo químico inglês James Lovelock, em 1972, formulando a teoria de que a Terra é um organismo vivo, inteligente, consciente, integrado e interativo.
Essa hipótese foi fortalecida pelos trabalhos da bióloga norte-americana Lynn Margullis, no campo da microbiologia, comprovando a dinâmica dos organismos biológicos em resposta a diferentes tipos de ação humana, sempre para manter um equilíbrio entre os diversos sistemas de vida do planeta.
A Hipótese Gaia adicionada às teorias holísticas, à nova física quântica, à física relativista, às teorias de campo unificado e às recentes descobertas da Teoria das Supercordas caracteriza uma nova maneira de se perceber a realidade.
Essa nova visão do mundo abre, pela primeira vez, um fosso entre o mundo que vemos através dos sentidos e o mundo revelado pela nova ciência, o que evidencia a idéia oriental de Maya, significando que o mundo que percebemos é uma ilusão. A realidade em si mesma é muito diferente do que aparenta ser para os sentidos humanos.
Uma parede, aparentemente sólida, é na realidade uma nuvem de elétrons em movimento próximo a velocidade da luz, havendo tanto espaço entre os átomos constituintes dessa parede, que poderia se dizer que a parede, na verdade, é um vasto espaço vazio, com uma aparência de solidez causada pelo movimento das partículas.
Da mesma forma, o planeta Terra concebido como o organismo Gaia é um fluxo efervescente de movimentos e mudanças constantes, sempre buscando a harmonia e o equilíbrio, compensando as perdas de energia.
A hipótese Gaia tem esse nome por resgatar um antigo conceito da deusa-mãe, proveniente das antigas religiões pré-arianas, em que a Mãe Natureza era personificada através dos nomes regionais de Gaia: Ísis, Hathor, Démeter, Ceres, Freya, Kali, Athena, Ishtar, Kwan Yin, etc.
Praticamente todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um grande organismo (consciência, Gaia) feminino regendo a vida da Terra. Todos os cultos da fertilidade e da vegetação eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava e sustentava a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
Os homens (e as mulheres) da antiguidade tinham uma clara noção de que Gaia era responsável pelos ciclos da natureza, de cuja harmonia e equilíbrio os homens (a humanidade) dependem para sobreviver.
Eles sabiam que a natureza (Gaia) era generosa, porém reativa, e que reagiria com fúria avassaladora para manter seu equilíbrio vital, caso esse equilíbrio natural fosse perturbado.
A natureza É naturalmente abundante, a escassez e a carência foi criada pelo ignorância e o egoísmo da humanidade.
Por isso, Gaia era concebida no Egito como a generosa e consoladora Ísis, mas também como a terrível e destruidora deusa leoa Seckmet. Da mesma forma, os hindus percebiam Gaia como a nutridora mãe Kali, mas também como a terrível Durga, a deusa da morte com seu colar de crânios humanos. Essas alegorias significam que Gaia rege os processos de criação, nutrição e também de destruição das formas, quando há desequilibrio.
Gaia, a deusa-mãe da Natureza, representa a personificação dos processos vitais que mantêm a vida no planeta Terra, estando esses processos relacionados também à reciclagem das formas de vida, com reaproveitamento de todos os resíduos para a reconstrução de novas formas.
A deusa Ísis do Egito, a grande Mãe doadora da vida e o poder por trás do trono do Faraó.
Para interagir de forma correta com esse grande organismo, o homem precisa se perceber como parte integrante de seus processos vitais. Poderíamos dizer que a humanidade constitui (ou deveria constituir) os “neurônios pensantes” do planeta, responsáveis pela construção de sua psicoesfera.
Homens (e mulheres) com mentes desequilibradas só podem criar campos mentais desequilibrados, tanto em suas auras individuais, quanto na aura coletiva do planeta.
Esses desequilíbrios vão provocando agressões e desarmonias na natureza, até o ponto em que Gaia reage para eliminar a fonte de agressões e reestabelecer o equilíbrio. O homem, em sua arrogância, imagina que pode, com sua tecnologia, livrar-se dos ritmos da natureza ou dominá-los.
Com isso, vai apenas acumulando desequilíbrios e tensões, que explodirão através de cataclismos ou conflitos sociais (como já esta acontecendo).
Essas tensões chegaram a tamanho nível de acumulação, que os sistemas vitais do planeta estão todos sob ameaças decorrentes de nosso tipo de sociedade insustentável e altamente predadora.
No estágio em que chegamos, não há escolha: ou o homem aprende a pensar em termos holísticos, restabelecendo sua harmonia com a vida deste organismo global, chamado planeta Terra ou esta sociedade será varrida da face da Terra pela fúria de Gaia (esse processo de limpeza já começou e É IRREVERSSÍVEL).
Gaia, a Grande Mãe Terra/Natureza já esta em franco processo de sua busca por equilibrio e a humanidade cada vez mais sentirá a sua FÚRIA através das catástrofes necessárias para a sua limpeza, culminando com a mudança do campo eletromagnético e dos polos norte e sul do planeta.
O fato é que a humanidade fracassou como responsável pela gestão dos recursos vitais fornecidos por Gaia, o nosso planeta Terra, o que nos levou a uma situação-limite, que pode inviabilizar a vida (???) humana no planeta.
No momento, não temos escolha: Ou mudamos nosso modo de vida, ou nossos netos (ou talvez mais cedo ainda, para os nossos filhos) terão de se mudar para outro planeta (e desse modo continuar agindo como um predador hostil do ambiente natural).
Fonte: http://www.sociedadeteosofica.org.br
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