A mente está sempre comparando, ela faz de tudo para não deixá-lo ficar na Observação, na Consciência que você é. Estamos aqui, portanto, para que você assuma a sua verdadeira identidade, a sua integridade.
Assuma a sua natureza e veja as propostas impostas pela mente. Ela quer que você respire diferente, se sinta diferente, coma diferente. Sempre tem algo em movimento, ela não pode parar, pois, se ela parar, você vê que ela não é necessária.
Conta-se que Deus, solenemente, disse: "Eu mesmo não sou alguém e ainda sim eu sou". Esse "eu sou" é anterior a ser alguma coisa e isso é verdadeiro para quem quer que seja, para o que quer que seja.
A mente está sempre fazendo alguma coisa. E, entenda bem, não tem nenhum problema nisso. O que deve ficar claro é que é ela que faz, não é você. Deixe-a fazer, só não se envolva. Se há a ideia de que a mente deve parar, saiba que essa ideia está na própria mente.
Você não é a mente. E não existe mente parada. Mente parada é não-mente. E não-mente não é mente, é você.
Quem divide, quem torna uma coisa diferente da outra, ou uma coisa oposta a outra, é a mente.
E o que faz a segunda coisa nascer é a ideia da primeira. É a partir do pensamento "eu" que vem o "tu".
De onde quer que você olhe, se tem o outro é porque tem você. E se tem você, necessariamente, terá o outro. No entanto, no Amor, naquilo que É, não tem outro. Não tem você, tampouco. Tudo desaparece.
E onde há nada e ninguém, há uma alegria sem razão de ser. Aqui estou usando a palavra "alegria" só para nos aproximar de um entendimento. Porque, necessariamente, há de ser perdida até essa noção de alegria consumida correntemente pelas pessoas. Essa alegria carnavalesca.
Inerentemente, tem uma alegria "cool". Como posso dizer isso melhor em português? Uma alegria serena. Calma. Tranquila. E de dentro dessa serenidade, você olha para todas as coisas no mundo.
De repente, a vida perde a conotação grave que tem tido e assume a leveza do céu azul. "
Satyaprem em Satsang
Ventos da Paz
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