Corriqueiramente escutamos as expressões: "Escute seu coração"; "O coração á sábio".
O coração é tido como sábio, mas como isso acontece?
A inteligência não está na cabeça?
O coração não é piegas nem sentimental. Ele é inteligente e forte.
Neurocientistas
recentemente descobriram que o coração tem um sistema nervoso
independente. Na verdade, é chamado "o cérebro que existe no coração".
Existem
mais do que 40 mil neurônios no coração e este "cérebro do coração"
afeta a amígdala, tálamo e córtex do cérebro da cabeça.
Acreditava-se
que o cérebro tomasse todas as decisões do nosso corpo, mas John e
Beatrice Lacey, do Fels Research Institute, mostraram que esta não é a
realidade.
Eles também descobriram que nossos batimentos
cardíacos não são meras pulsações mecânicas, mas sim, uma linguagem
inteligente que influencia de modo significativo a maneira como
percebemos o mundo e reagimos a ele.
O Instituto HeartMath nos
EUA dedica-se ao estudo da inteligência do coração e desenvolveu
técnicas para que possamos entrar em contato e desenvolver esta
inteligência.
Quanto mais aprendemos a escutar a inteligência do
coração e segui-la, tanto mais equilibradas e coerentes tornam-se as
nossas emoções. Sem ela, nos tornamos presa fácil do medo, raiva, culpa,
insegurança e etc.
As emoções negativas criam ritmos cardíacos e
nervosos irregulares e desorganizados provocando uma sobrecarga no
coração e outros órgãos sendo capaz de levar a sérios problemas de
saúde.
Enquanto que emoções positivas aumentam a ordem e
equilíbrio no sistema nervoso e produzem ritmos cardíacos regulares e
harmoniosos. Este estado de coerência e harmonia diminui o stress, eleva
o nível do DHEA (hormônio anti envelhecimento) inclusive, aumentando a
nossa resistência à infecções e doenças.
A mente opera de uma
maneira linear e lógica o que é muito útil e importante no dia-a-dia,
mas às vezes precisamos algo além da análise lógica para resolver algum
problema e aí entra a capacidade intuitiva e emocional que é a
inteligência do coração.
Quando essas duas inteligências, coração e cérebro, estão em estado de coerência, tudo se harmoniza no organismo.
Quando
nos dedicamos repetidamente aos mesmos pensamentos e sentimentos certos
circuitos mentais se reforçam, ou seja, se solidificam. Por isso,
muitas vezes, é difícil alterar emoções e atitudes.
A
inteligência do coração, no entanto, processa as informações de maneira
mais intuitiva e direta. O coração está sempre à procura de novas
possibilidades. A cabeça "sabe" o coração "compreende".
O coração
tem a capacidade de processar informações de forma mais aprimorada do
que a mente e tem forte influência na maneira como o cérebro funciona.
O
campo eletromagnético que o coração gera é cerca de 5 mil vezes mais
forte do que o que o cérebro produz. Cientistas dos laboratórios do
Instituto HeartMath oferecem evidências de que existe uma interação
energética direta entre o campo eletromagnético produzido pelo coração e
o produzido no cérebro.
Uma maneira prática e rápida de trazer
essa coerência entre o cérebro e o coração é um exercício simples que
dura cerca de 1 minuto:
Técnica da Imagem Congelada
1- Reconheça o sentimento estressante e congele-o. Faça uma pausa.
2-
Faça um esforço sincero para afastar sua atenção da mente apressada ou
das emoções perturbadoras para a área ao redor do coração. Finja que
está respirando através do coração para ajudar a concentrar a sua
energia nessa área. Mantenha sua concentração aí por pelo menos 10
segundos.
3- Lembre-se de um sentimento positivo ou divertido, ou de uma época boa que você teve na sua vida, e tente revivê-los.
4-
Agora, usando a intuição, o senso comum e a sinceridade, pergunte ao
coração: "Qual seria a sua resposta mais eficiente para a situação, uma
resposta que reduza ao mínimo o stress futuro?"
5- Ouça o que o
coração diz em resposta à sua pergunta. (Esta é a melhor maneira de pôr
em xeque sua mente e suas emoções reativas e uma fonte interior de
soluções baseadas no bom senso!)
Este exercício também pode ser
usado de maneira mais simples. Focando a atenção no coração, trazendo a
imagem congelada de uma situação boa e ficado uns minutos com esta
imagem e sentimento para produzir o estado de coerência.
À medida
que vamos respirando e concentrando a atenção no coração, a variação da
freqüência cardíaca se modifica, tornando-se cada vez mais estável,
coerente e organizada. Conseqüentemente, a cabeça e os outros órgãos
internos do organismo entram em coerência com esta harmonia.
Isto
se deve ao fenômeno da Sincronização Automática. A descoberta da
sincronização automática deu-se por um inventor europeu do séc. XVII que
inventou o relógio de pêndulo. Ele observou que independentemente do
número de relógios em sua sala e do ritmo de cada um, depois de um certo
tempo, todos os pêndulos entram em sincronia com mais forte.
No
caso do nosso organismo, como o coração é o que gera mais força,
inclusive, porque tem o campo eletromagnético mais forte, ele dá o ritmo
e após algum tempo todos os outros órgãos entram em sincronia com ele.
O
foco no coração é, portanto, a forma mais eficiente e direta para
trazer um estado de paz, harmonia, saúde e felicidade ao ser humano.
Coloca o homem a um batimento cardíaco de uma nova compreensão do seu próprio coração.
Maria Helena Leite de Moraes
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