Eckhart faz essa pergunta para falar do ego coletivo... É... Aposto que
você pensou que havia só o ego pessoal, certo? Mas, aí tem essa pedrinha
em nosso sapato ( no meu caso, já estou usando coturno, já passei pela
galocha!) – simplesmente, porque a pedra é grande no caminho de nosso
VERDADEIRO despertar e consciência; em que ponto dela (a consciência) ou
desse despertar nós nos encontramos, de verdade?
Assim é que o autor de “O Despertar de uma Nova Consciência”, escreve sobre o nosso ego pessoal se identificando com o ego coletivo – que pode ser aqui entendido como “um
grupo, um país, um partido político, uma empresa, uma instituição, uma
seita, um clube, uma turma, um time de futebol, etc. Em alguns casos, o
ego parece se dissolver completamente quando alguém dedica a vida a
trabalhar com abnegação pelo bem maior de uma coletividade sem exigir
recompensa, reconhecimento nem enaltecimento. Que alívio ser libertado
da carga incômoda do eu pessoal. Os membros do grupo sentem-se felizes e
satisfeitos, não importa quanto precisam trabalhar, quantos sacrifícios
tenham que fazer. Eles parecem ter superado o ego. A questão é: será
que se libertaram de verdade ou o ego apenas se mudou do plano pessoal
para o coletivo?”(p.112)
- Agora é que vem a pior parte – aquela que a gente olha e diz: puxa! Eu
nem tinha pensado nisto... Mas, temos que enfrentá-la não é mesmo? Lá
vamos nós prosseguindo na leitura que ele propõe:
“Um ego coletivo manifesta as mesmas características do ego pessoal,
como a necessidade de enfrentamentos e inimigos, de ter ou fazer mais,
de estar certo e mostrar que os outros estão errados, etc. Cedo ou
tarde, essa coletividade entrará em conflito com outras coletividades
porque busca inconscientemente o desentendimento e precisa de oposição
para definir seus limites e, assim, a própria identidade. Depois, seus
integrantes experimentam o sofrimento, que é uma conseqüência inevitável
de toda ação motivada pelo ego. A essa altura, eles podem despertar e
compreender que seu grupo tem um forte componente de insanidade.
Pode ser doloroso acordar de repente e perceber que a coletividade com a
qual nos identificamos e para qual trabalhamos é, na verdade, insana.
Nesse momento, há pessoas que se tornam cínicas ou amargas e, daí por
diante, passam a negar todos os valores, tudo o que vale a pena. Isso
significa que elas adotam rapidamente outro sistema de crenças quando o
anterior é reconhecido como ilusório e, portanto, entra em colapso. Elas
não encaram a morte do seu ego; em vez disso. Fogem e reencarnam em
outro.
Um ego coletivo costuma ser mais inconsciente do que os indivíduos que o constituem. (...)
À medida que a nova consciência for surgindo, algumas pessoas se
sentirão motivadas a formar grupos que a reflitam. E eles não serão egos
coletivos. Seus membros não terão necessidade de estabelecer sua
identidade por meio deles, pois já não estarão procurando nenhuma forma
para definir quem são. Ainda que essas pessoas não estejam totalmente
livres do ego, elas terão consciência bastante para reconhecê-lo em si
mesmas ou nos outros tão logo ele se manifeste. No entanto, será preciso
estar sempre alerta, uma vez que o ego tentará assumir o
controle e se reafirmar de qualquer maneira. Dissolver o ego humano
trazendo-o à luz da consciência – esse será um dos principais propósitos
desses grupos formados por pessoas esclarecidas, sejam eles empresas,
instituições de caridade, escolas ou comunidades. Essas coletividades
vão cumprir uma função importante no surgimento da nova consciência.
Enquanto os grupos egóicos pressionam no sentido da inconsciência e do
sofrimento, as agremiações esclarecidas podem ser um vórtice para a
consciência que irá acelerar a mudança planetária.” (p.114)
Portal Arco Iris
Nenhum comentário:
Postar um comentário