“Em
alguns momentos de nosso processo evolutivo somos encaminhados a uma
vida de reclusão e silêncio, mas, em outros, é importante que
mantenhamos uma vida de relações, quer sejam familiares, profissionais,
sociais ou espirituais. A relação com o outro nos incita a perceber as
diversidades de idéias e de atitudes e, com isso, temos a oportunidade
de ampliarmos nossas experiências e pontos de vista, exercitando o
livre arbítrio – a nossa capacidade de escolhas. Aprimoramos a nossa
capacidade de dar e receber. Mudamos de grupos sociais, conforme
amadurecemos a nossa Alma, desde comunidades estritamente materiais até
as puramente espirituais. A estas Buddha chamou de sangha (comunidades
espirituais). Para que possamos alcançar um nível profundo de maturidade
espiritual, a sangha é de vital importância. Na sangha podemos
expressar nossas emoções mais profundas, olhá-las de frente, sublimá-las
e transmutá-las, dizendo para si mesmo: “eu não sou mais assim”. Na
sangha temos a possibilidade de conquistarmos relações emocionais cada
vez mais puras. Isto, porque todos estão caminhando com a mesma
intenção. Portanto, se ansiamos o aprimoramento da Alma, busquemos nossa
família espiritual – aquela que nos faz sentir em casa –, mesmo que
mantenhamos os vínculos com nossa família terrena. A sangha é nossa
plataforma de apoio para o crescimento da Alma.”
Roberto Nogueira em “A Graça do Senhor”
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