“Alguns
mecanismos de nossa mente foram criados há muito tempo, ou mesmo, em
outras vidas, como um processo de defesa e preenchimento de nossas
angústias, tornando-se crônicos e viciosos. Tais mecanismos, para que
sejam removidos, requerem um prolongado esforço e aprofundamento na
compreensão de nossas carências. É necessário que se desidentifique da
dor e da perda de algo que já morreu. A identificação com a
sensação de abandono, construída pelo luto não concluído, se reverte num
estado de melancolia e forte depressão; consequentemente, uma
estagnação. Isso deve ser sublimado e transmutado, após a elucidação das
“personas” obscuras que carregamos em nosso campo psíquico, somada ao
reconhecimento de nossa responsabilidade. Aqui, então, cabe que façamos
uma pausa, um recolhimento para recarregar nossas forças e enfrentarmos
os “bichos-papões” de nossa mente, que nos incutem o medo e nos fazem
sofrer pela falta de ação. Ao passar esta noite de tormentas voltamos a
ser um salutar aprendiz, descobrimos novos talentos e vislumbramos um
novo campo de atividades para o crescimento da Alma.”
(Roberto Nogueira, em “A Graça do Senhor”)
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