Publicado por M. Manuela dos Santos Oliveira em 1 abril 2014 às 10:20 em Omraam Mikhael Aïvanhov
FASCÍCULO Nº. 1 - 3º. Capítulo - O STRESS - COMO PREVENI-LO
O que prejudica muito as pessoas hoje em dia é esta febre, esta agitação contínua em que elas vivem e que acaba por produzir estragos, tanto no seu organismo físico como no seu organismo psíquico. Ouve-se cada vez mais esta queixa: «Estou cansado!» Mas, apesar disso, as pessoas continuam a afadigar-se, a correr de um lado para o outro, sem parar um minuto. É bom querer-se estar ativo, mas, para se poder permanecer ativo sem fadiga, é preciso saber descontrair-se. E não apenas uma ou duas vezes por dia, isso não chega, mas dez, quinze, vinte vezes, um minuto de cada vez. Quando tiverdes um momento livre – e não importa onde, pode ser num sinal vermelho ou numa fila de espera –, em vez de deixardes o vosso pensamento vaguear ou de vos enervardes por vos fazerem perder tempo, aproveitai a ocasião para uns momentos de concentração, de acalmia, e assim recuperardes o equilíbrio; em seguida, retomareis a vossa atividade com forças renovadas.
O essencial é conseguirdes romper esse ritmo acelerado que faz de vós uma espécie de máquina propulsionada por um motor impossível de dominar. Portanto, parai várias vezes por dia, pelo menos durante um minuto, e pensai em alguém ou em algo que vos agrade, que vos traga a paz interior, que vos inspire, que vos dê coragem. Se também vos for possível, retirai-vos para uma sala sossegada, deitai-vos de barriga para baixo numa cama ou no chão, sobre o tapete, com os braços e as pernas estendidos, e deixai-vos ir como se flutuásseis num oceano de luz, sem mexer, sem pensar em nada a não ser na luz… Um minuto, apenas, e erguer-vos-eis revigorados.
Existe ainda outro exercício fácil e eficaz: aprender a comer. Uma vez que, em todo o caso, sois obrigados a parar e a sentar-vos, então, em vez de comerdes de qualquer maneira, com nervosismo e precipitação, considerai as refeições como ocasiões para fazer um exercício de repouso, de concentração e de harmonização de todas as vossas células.
Quando vos sentardes à mesa, começai por expulsar do espírito tudo o que possa impedir-vos de comer em paz e harmonia. E, se isso não vos for possível de imediato, esperai pelo momento em que tiverdes conseguido acalmar. Porque, se comerdes num estado de inquietação, de cólera ou de descontentamento, introduzir-se-ão em vós uma agitação febril e vibrações desordenadas que depois se transmitirão a tudo o que fizerdes. Ainda que tenteis dar uma impressão de calma, de autodomínio, desprender-se-ão de vós emanações de agitação, de tensão, e cometereis erros, chocareis com as pessoas ou as coisas, proferireis palavras desastrosas que rompem amizades e fecham portas… Ao passo que, se comerdes num estado de harmonia, resolvereis melhor os problemas que tiverdes de enfrentar, e, ainda que sejais obrigados a correr de um lado para o outro durante todo o dia, sentireis uma paz que a vossa atividade não poderá destruir. É começando pelo começo, pelas pequenas coisas, que se conseguirá ir muito longe
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