sexta-feira, 7 de agosto de 2015
A Escravização do Pensamento
"Haverá no homem alguma coisa que escape a todo constrangimento e pela qual goze ele de absoluta liberdade?
No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo."
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 833.)
Obsessão é escravização temporária do pensamento, imantando credores e devedores, que inconscientemente ou não se buscam pelas leis cármicas.
Pelo pensamento nós nos libertamos ou nos escravizamos. O homem não tem sabido usar o pensamento. Somente agora se está inteirando das suas próprias potencialidades. Somente agora está começando a descobrir que ele é o que pensa. Que seus pensamentos são ele mesmo, isto é, expressam sua individualidade, a essência mesma de que é feito, com todas as peculiaridades que integram a sua personalidade. Unicamente agora o ser humano se está apercebendo de que se tem mantido cerceado, por ter viciado o seu pensamento, acostumando-o a transitar apenas entre as baixas esferas, que vão dos instintos às paixões que o avassalam. Que se fez escravo destas, alimentando-se dos vícios e sendo por eles dominado.
Somente com o desenrolar dos evos é que o raciocínio humano está começando a acionar o seu imenso cabedal para as mais altas finalidades do Espírito.
Recebendo os sublimes ensinamentos de Jesus, ainda assim, habituado a manipular o pensamento para fazê-lo servir aos seus interesses egoísticos, distorceu por quase dois milênios a mensagem clarificadora do Evangelho.
Lentamente, a duras penas, as criaturas estão descobrindo as ilimitadas potencialidades que têm em si mesmas. Aos poucos estão se dando conta de que cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
A Doutrina Espírita, revivendo os ensinamentos do Cristo, tem contribuído, fundamentalmente, para despertar o homem para a Verdade. O Espiritismo veio ensinar a libertação do pensamento, jugulado ao peso imensurável da servidão material, mostrando a espiritualidade de que existe em cada ser, a qual, até agora, a grande maioria preferiu ignorar.
As obsessões são, pois, em realidade, escravização temporária da mente. É o vôo do pensamento, de súbito detido, prisioneiro.
Mesmo o homem moderno, que se orgulha de suas conquistas, arranja mil pretextos para tornar-se escravo não só de si mesmo como também de outros homens, de situações e até - principalmente isto - de coisas materiais, gabando-se, inclusive, dessas preferências, completamente ignorante das verdadeiras metas da vida e dos reais valores.
Jactando-se de viver no século XX, quando o avanço do conhecimento atingiu culminâncias jamais imaginadas, o homem, ainda assim, torna-se:
Escravo dos vícios.
Escravo do sexo.
Escravo do dinheiro.
Escravo da máquina.
Escravo de tudo, quando, negando a Deus, se permite a mais abjeta e dolorosa escravidão: o seu auto-enclausuramento na masmorra sombria do egoísmo avassalante.
O Espiritismo veio ensinar o processo de libertação. O modo de se libertar de todas as servidões inferiores.
Mil formas de escravidão e uma só forma de libertação: Jesus!
"Eu sou a Porta", disse Ele.
"A Verdade vos fará livres..."
(De "Obsessão/Desobsessão - Profilaxia e Terapêutica Espíritas", de Suely Caldas Schubert)
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