sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Você tem que deixar ir quem nunca fez nada para ficar
Publicado por Fatima dos Anjos em 25 agosto 2015 às 23:02 em ECOLOGIA INTERIOR
“Você tem que deixar ir quem nunca fez nada para ficar, essas pessoas com sentimentos temporários que nos fizeram investir tempo em ilusões. Para deixar ir é preciso coragem, mas longe de aceitá-la como um fim, devemos ver vemos isso como o começo de algo novo.”
Quem nunca se viu forçado em encerrar uma fase de sua vida em determinada ocasião? Às vezes, isso é chamado de “encerrar ciclos”
Essa ideia de circularidade, além de dar-nos uma visão de algo que termina com um começo e um fim, também faz-nos visualizar uma entidade que não termina nunca, como uma espécie de eterno retorno. Devemos ver essas fases de nossa vida como um caminho a atravessar, para avançarmos e crescermos.
E, para crescer, abandonamos certas coisas, enquanto ganhamos outras. A vida é um avanço implacável que nos oprime e leva a nossa respiração, e não há utilidade em ficar preso em algo ou alguém que nos mergulha para baixo como uma pedra que cai em um poço.
Quem não nos conhece, nos fere e corrói nosso ser, nossa essência como pessoa, está violando nosso crescimento.
No entanto, pode custar-nos perceber, mas a infelicidade é algo que ninguém pode esconder. Na vida há sempre um momento em que o melhor é liberar, deixar ir …
Você tem que deixar ir quem te abandonou
Deixar ir, fechar uma fase em nossa vida não é apenas dizer adeus a quem compartilha a vida conosco, é um ato de decisão ou coragem.
Pode não ser você quem deixa, você pode ter sido abandonado. Neste caso, a ideia de deixar ir, tomar uma pausa e avançar novamente, é vital.
Temos de deixar ir quem nos abandonou, porque se não o fizermos, continuaremos presos a uma série de emoções negativas que vão nos machucar a cada dia. E os responsáveis, desta vez, seremos nós mesmos.
Para fechar o ciclo da nossa vida no qual ainda há uma dor dilacerante de abandono, é preciso tempo. O luto deve ser vivido, lamentado, e mais tarde assumido, aceitar o que aconteceu para conseguir perdão. Uma vez cauterizada a ferida, e quando estivermos livres de encargos sobre saber perdoar, nos sentiremos mais leves para deixar ir com a máxima plenitude.
O abandono é a ruptura de um vínculo, e como tal devemos “voltar” para nós mesmos.
Não alimente nostalgia, não foque seu olhar no ontem porque o passado já não existe, já foi … E lembre-se especialmente que viver na nostalgia não faz nada, além de alimentar o sofrimento. Sua chance de ser feliz é “aqui e agora”.
Tem que deixar ir sem ressentimento
Quem alimenta a raiva, rancor e ressentimento torna-se prisioneiro de quem o machuca. Quem faz com que você sinta raiva e concentre todo seu desprezo, faz de você um prisioneiro eterno de suas próprias emoções negativas.
O perdão não é fácil. Às vezes, assumimos que o perdão é uma renúncia a nós mesmos, que é como ceder e nos ver como vítimas. Nada está mais longe da realidade.
Para perdoar você deve voltar a ter confiança em si mesmo. Ninguém é tão forte quanto a pessoa capaz de conceder perdão a quem a machucou, porque mostra que venceu o medo e se sente mais livre.
O desapego do ressentimento e raiva nos leva de volta ao nosso estado inicial, nossos corações estão curados novamente e negligenciam emoções negativas.
“Não gaste tempo com quem já não merece, com quem não fez nada para ficar ao seu lado, ou lutar por você. Abra o caminho e ofereça-lhe liberdade, deixe-lo ir. Porque não vale a pena lutar contra a corrente, porque cada porta que se fecha, é uma oportunidade que se abre.”
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