domingo, 16 de agosto de 2015

Aceitar o destino sem se submeter a ele

Publicado por M. Manuela dos Santos Oliveira em 12 agosto 2015 às 12:23 em Omraam Mikhael AïvanhovBack to Omraam Mikhael Aïvanhov Discussions


FASCÍCULO Nº. 2 - O ESPIRITUALISTA NA SOCIEDADE

8º. Capítulo - ACEITAR O DESTINO SEM SE SUBMETER A ELE PASSIVAMENTE.

Todas as provações que nos chegam nesta vida são consequência de erros que cometemos, de transgressões a leis em que incorremos nas nossas incarnações precedentes. Agora temos lições a aprender, erros a reparar, e não podemos escapar-lhes; de uma maneira ou de outra, é necessário "pagar". Sim, pagar para aprender e pagar para reparar. Este pagamento faz parte das leis do carma, há que aceitá-lo. Aliás, mesmo que ele não seja aceite, nada muda. Não se pode escapar à Justiça Divina nem se pode contorná-la. Por isso é inútil consultarmos astrólogos ou clarividentes para eles nos prevenirem de perdas e acidentes a que estamos expostos e para que, assim prevenidos, possamos defender-nos. O que quer que façamos, nada evitaremos: não se escapa ao destino por meio de astúcias, e uma tal atitude é indigna de um verdadeiro espiritualista.

Deveis compreender de uma vez por todas como funciona a Justiça Divina e sentir confiança nela. É como se todos os erros que cometestes fossem pesar no prato de uma balança e todas as vossas boas ações no outro prato. Então, quando chega o momento de pagardes pelas transgressões, tudo o que tiverdes feito para o bem intervém, para que o pagamento seja menos pesado. Esta lei é válida em todos os domínios; os esforços que fazeis para vos tornardes mais fortes e mais puros permitir-vos-ão sempre enfrentar as provações em melhores condições.

Que fique, pois, bem claro: deveis, por um lado, saber que não se escapa à Justiça Divina e, por outro lado, estar sempre conscientes de que tudo o que fazeis de bom se transforma em energias, em forças, para vos fazer triunfar nas provações. Não é por se conhecer as leis do carma que se deve tomá-las como pretexto para nada fazer e submeter-se passivamente ao seu próprio destino.

Não se deve ser assim passivo, pelo contrário, deve-se duplicar as doses de luz e de amor, em relação a si próprio, mas também em relação aos outros. Perante o sofrimento dos outros, também não se deve ficar sem reagir, dizendo: «Paciência! O destino deles é sofrer, porque o mereceram.» Infelizmente, eu constatei isso: alguns pretensos espiritualistas, em vez de pensarem em todos os que sofrem e decidirem fazer algo para os ajudar, contentam-se em dizer: «Oh! É o seu carma.» E não fazem nada.
Seria preferível as pessoas nunca terem ouvido de carma se isso lhes serve de justificação para ficarem a chafurdar no seu egoísmo! Por isso eu acho que, apesar de tudo, é uma grande superioridade da parte dos ocidentais não aceitarem as desgraças dos outros sem fazerem algo. Isso é visível: quando há fomes, epidemias, inundações, tremores de terra, imediatamente eles organizam socorros, o que é magnífico!

Na realidade, claro, o que é preferível é que todos conheçam as leis do destino e compreendam por que acontecem certas desgraças, a eles e aos outros, mas sem deixarem de querer ajudá-los.
Alguém perguntará: «Mas porquê ajudá-los, se eles têm o que merecem?» Em primeiro lugar, porque os esforços que fazeis para ajudar alguém nunca são inúteis: em determinadas circunstâncias, ao ver a vossa sinceridade, o Céu pode deixar-se comover; mas também por vós mesmos, para progredirdes, porque ajudando outros desenvolveis algo em vós.

Não é fácil ser realmente útil aos outros, é verdade, mas isso não tem importância. Continuai a querer ajudar os humanos seja em que circunstâncias for, porque, em última análise, sois vós que saís reforçados, que vos tornais mais inteligentes, mais sábios, mais livres.


Mestre Mikhaël Aïvanhov
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