Eu fiz alguns comentários com a letra azul
A motivação vem do pensamento. Cada ação que tomamos é
precedida de um pensamento que inspira o ato. E quando paramos de pensar,
perdemos a motivação para a ação.
Nós eventualmente
caímos no pessimismo, e o pessimismo leva a ainda menos raciocínio. E assim
vai. Uma espiral descendente em direção ao negativismo e à passividade,
alimentando-se uma da outra.
Eu gosto de usar este exemplo em seminários para ilustrar o
poder da perseverança no pensamento. Vamos dizer que um pessimista tomou uma
decisão de limpar sua garagem num sábado de manhã.
Ele acorda, vai em
direção à garagem, abre a porta e fica assustado ao ver a bagunça daquele
lugar. “Nem pensar!”, o pessimista diz com desgosto. “Ninguém seria capaz de
limpar essa garagem em um dia!”
E nesse instante o pessimista tranca a porta da garagem e
volta para casa fazer qualquer outra coisa. Os pessimistas são pensadores de
tudo ou nada. Ele pensam em certezas catastróficas. Acreditam que devam fazer
as coisas perfeitamente bem ou não fazê-las de forma alguma.
Agora vejamos como o otimista encararia o mesmo problema.
Ele acorda na mesma manhã e vai para a mesma garagem, vê a mesma bagunça e até
mesmo faz as mesmas exclamações: “Nem pensar! Ninguém seria capaz de limpar
essa garagem em um dia!”.
Mas é aí que aparece a diferença chave entre um otimista e
um pessimista. Em vez de voltar para casa, o otimista continua pensando: “0K.
Então eu não vou conseguir limpar a garagem toda”.
Ele diz: “O que posso fazer para resolver isso?” Ele olha
para o lugar por um instante e pensa em soluções. Finalmente ocorre a ele que
seria uma boa idéia dividir a garagem em quatro sessões e completar somente uma
delas hoje.
“Com certeza vou fazer uma parte hoje”, ele diz, “e mesmo eu
fazendo somente uma parte por sábado, terei a garagem toda em ordem antes do
final deste mês”.
Um mês depois, você vê um pessimista com uma garagem imunda
e um otimista com uma garagem limpa.
Uma vez uma mulher em um dos meus seminários, que me disse
que esse conceito — o costume do otimista de procurar por soluções extras —
tinha causado uma diferença interessante em sua vida.
“Eu costumava chegar
em casa do trabalho e olhar para minha cozinha, dar as costas, amaldiçoar
aquele lugar e não fazer absolutamente nada”, ela me disse. “Eu pensava
exatamente da mesma forma que o pessimista em sua história da garagem.”
“Então decidi pegar uma pequena parte da cozinha e limpar
aquilo, e somente aquilo. Podia ser um determinado balcão, ou somente a pia.
Ao fazer apenas uma
pequena parte toda noite eu nunca sinto aversão ao trabalho, ele não se torna
algo insuportável, e minha cozinha tem uma aparência decente.”
Os pessimistas gostam de deixar os problemas para trás. Eles
pensam tão negativamente sobre “fazer tudo tão perfeitamente” que acabam não
fazendo nada e se tornando passivos.
Ao passo que o
otimista faz ao menos uma pequena parte, sempre toma uma atitude e tem a
sensação de que o progresso está acontecendo.
Porque os pessimistas têm o costume de pensar que as coisas
“são impossíveis” ou que “nada pode ser feito”, eles desistem muito rápido. Um
otimista pode ter os mesmos sentimentos iniciais negativos sobre um projeto,
mas ele ou ela continua pensando até que possibilidades mais inteligentes
apareçam.
Os otimistas são “cabeças-dura”. O pessimista, até onde vai
o uso da mente humana, é aquele que desiste o tempo todo.
Estudos recentes mostram, que os otimistas “se saem melhor
na escola, têm melhor saúde, ganham mais dinheiro, têm casamentos longos e
felizes, se relacionam bem com seus filhos e talvez até vivam mais tempo”.
Sempre que você se sentir pessimista ou abatido, lembre-se
de continuar pensando. Quanto mais pensar em uma situação, mais verá pequenas
oportunidades para agir — e quanto mais ações pequenas fizer, mais energia
otimista receberá.
Um otimista continua
pensando e se automotiva. Um pessimista pára de pensar — e então simplesmente
desiste.
É assim que nossa sociedade encara os otimistas — eles são
“lunáticos”. A sociedade acha que o pensamento positivo é algo que vem do
coração, não da cabeça. Os pessimistas, ao contrário, são “realistas”.
Na verdade, eles
jamais dirão a você que são pessimistas. Em suas próprias mentes, consideram-se
realistas. E quando eles esbarram-se em otimistas habituais zombam deles por
sempre olharem para tudo com “possibilidades”, e não encararem a dura
realidade.
Os pessimistas continuamente usam sua imaginação para
visualizar os piores cenários possíveis, e, então, concluem que estes cenários
são tão impossíveis que não apresentam motivo para a ação. Assim, o pessimismo
sempre os leva à passividade.
O pessimismo nos leva a querer controlar a vida,
e o futuro, mas ficamos preso no passado e não permitimos que a vida flua ,
porque antecipamos o fracasso com a nossa verdade, com o negativismo que mina a
esperança, as possibilidades do sucesso.
Temos medo de perder, mas podemos perder porque
não vamos até o fim, e às vezes nem começamos, e se na primeira tentativa falhamos, então desistimos. O otimista tenta
até o fim. Ele carrega o destino de um vencedor que nunca desiste.
“
“Nas carruagem do passado não se vai lugar algum”
O pessimista tem medo da depressão, que vive
depois de um fracasso, mas pode entrar em cena para perder.
O pessimista briga com a vida, luta com a
correnteza, não segue o fluxo que a esperança nos leva.
“O otimista ama a vida e a vida gosta de quem
gosta dela.”
Precisamos ficar alertar com a depressão que nos
tira forças, a tristeza escurece nossos olhos e não vemos a luz no fim do
túnel. A depressão é uma “pedra” no caminho que nos imobiliza.
Mas mesmo deitado em seu sofá, comendo todo tipo de bobagem
e atordoado de tanta televisão, o pessimista sabe, em algum lugar em seu
coração, que a sua atitude de “pra que fazer isso?” não é eficaz.
Nietzsche disse: “Tudo no mundo me desagradava: mas o que
mais me desagradava era meu desprazer por tudo”.
Os otimistas decidiram fazer um uso diferente da imaginação
humana. Eles concordam que “a imaginação deve ser usada, não para fugirmos da
realidade, mas para criá-la”.
Crie o hábito em você de dizer não ao negativismo. Quando
pensamentos negativos começarem a tomar conta de sua cabeça (o que eles sempre
fazem, até mesmo com os otimistas) não pare de pensar. Pensar nos leva, mais
cedo ou mais tarde, para o otimismo — e o otimismo é sempre automotivador.
Discuta com seu lado
negro
O pensamento negativo é algo que nós todos temos. A
diferença entre a pessoa que é principalmente otimista (o otimista) e a pessoa
que é principalmente pessimista (o pessimista) é que o primeiro aprende a ser
um bom questionador.
Assim que você fica
completamente ciente da eficácia do otimismo em sua vida, pode aprender a
discutir contra seus pensamentos negativos.
Pesquisas demonstram duas revelações muita profundas: 1) o
otimismo é mais eficaz do que o pessimismo; 2) o otimismo pode ser adquirido.
Selman baseou suas descobertas em anos de pesquisa
estatística. Ele estudou atletas amadores e profissionais, vendedores de seguro
e até mesmo políticos em fase de candidatura. Seus estudos científicos provaram
que os otimistas dramaticamente se saem melhores do que os pessimistas.
Então o que Norman Vincent Peale vinha dizendo há anos em
seus livros sobre o poder do pensamento positivo estava finalmente sendo
comprovado ser cientificamente verdadeiro.
Peale tinha baseado seus livros em testemunhos e passagens
bíblicas de apoio. O problema nisso era que as pessoas que ele mais precisava
atingir — céticos e pessimistas — eram exatamente aquelas que não estavam
dispostas a aceitar nada baseado na fé.
Se hoje você se sente cético em relação ao poder de discutir
com seus pensamentos pessimistas, lembre-se de que muitos de nós são grandes
argumentadores.
Se alguém aparece e
toma um lado de um assunto, podemos geralmente tomar o outro lado e tornar isso
um caso, não importando qual foi o lado que a primeira pessoa tomou.
Equipes de debate têm que aprender a fazer isso. Os
integrantes de uma equipe nunca sabem até o último segundo qual lado da
discussão eles estarão defendendo, por isso aprendem a estar preparados para
defender com convicção qualquer dos lados.
Se você se pegar meditando, preocupando-se e pensando de
forma pessimista sobre alguma coisa, o Primeiro passo é reconhecer seus
pensamentos como sendo pessimistas. Não errados. Nem tampouco não falsos.
Apenas pessimistas.
E se pretende
conseguir o máximo do seu biocomputador (o cérebro), você tem que reconhecer
que os pensamentos pessimistas são menos eficazes.
O
pessimista fica estagnado, sem ação, sem esperança, sem entusiasmo isolado, com
seu mau humor, com o seu negativismo, contando estória de fracassos do passado.
Ele não tem estórias do presente para contar e só fala do futuro no tom do
fracasso.
“Nada tiene níngun poder sobre mí, a no ser el que yo
mismo le concedo mediante mis pensamientos conscientes”.
Uma vez aceita a natureza pessimista do seu pensamento, você
está preparado para dar o próximo passo. (No entanto este primeiro passo é
crucial.
- “Você não pode deixar um lugar onde nunca tenha estado”.
- O segundo passo é
construir um caso para a visão otimista.
Comece a discutir contra sua primeira linha de raciocínio.
Finja ser um advogado cujo trabalho é provar ao pessimista dentro de você que
ele está enganado. Comece a construir o seu caso nas coisas que lhe parecem possíveis.
Você irá se surpreender.
O pessimista é um personagem da sua vida, que precisa ser
incorporado ao otimista, porque ninguém quer ficar perto de uma pessoa que não
tem o magnetismo do fogo do entusiasmo.
O otimismo é, por
natureza, expansivo — ele abre portas a tudo o que é possível. O pessimismo é
exatamente o contrário — ele é constringente. Fecha a porta da possibilidade.
Se você realmente deseja abrir sua vida, torne-se um otimista.
Para que você possa testemunhar uma das ilustrações mais
profundas da eficácia prática do otimismo na história da América, vai querer
alugar o filme Apollo 13. Embora o trabalho de trazer aqueles astronautas de
volta do outro lado da lua parecesse assustador e impossível, o trabalho foi
realizado com uma pequena tarefa sendo feita de cada vez.
As pessoas no Controle da Missão em Houston que salvaram a
vida dos astronautas foram capazes disso porque, mesmo diante dos aspectos
horríveis do “impossível”, continuaram pensando. Eles nunca desistiram.
Procuravam por soluções parciais e declaravam que iriam
juntar todas elas uma por vez, até que conseguissem trazer os homens de volta
em segurança.
Enquanto as vidas dos astronautas ainda estavam em risco,
houve um pessimista evidente na base de controle de Houston que fez o comentário
que ele temia que a Apollo 13 poderia se tornar o “pior desastre espacial” na
história da América.
O comandante da base
em Houston virou-se para ele e disse com otimismo e raiva: “Ao contrário,
senhor, eu vejo a Apollo 13 como sendo nosso melhor momento”. E ele acabou com
a razão, o que ilustra a eficácia de vida ou morte do pensamento otimista.
Use seus problemas
Uma noite, há não muito tempo, minha filha de 14 anos,
Stephanie, foi fazer uma caminhada com uma amiga prometendo-me voltar para casa
antes das 10 horas da noite.
Não prestei muita atenção no relógio até que o noticiário
das 10 horas terminou e então percebi que ela ainda não tinha voltado. Comecei
a ficar nervoso e irritado e a caminhar pela casa, pensando no que deveria
fazer.
Às 11h30 entrei em
meu carro e comecei a dirigir pela vizinhança procurando por ela. Meus
pensamentos estavam
compreensivelmente ansiosos com uma mistura de medo e raiva.
Finalmente, às 11h45, passei novamente em frente à minha própria casa e vi a
silhueta dela pela janela. Ela estava em casa sã e salva.
Mas continuei dirigindo. Percebi que estava pensando
completamente de forma negativa sobre todo aquele incidente e que precisava
continuar pensando, antes de falar com ela.
Conforme eu dirigia,
observei todo o pessimismo no qual estava chafurdando: “Ela não me respeita.
Ela não é capaz de cumprir uma promessa. Minhas regras e exigências não
significam nada. Essa é a gota d’água.
Eu vou ter problemas
com ela pelo menos pelas próximas quatro horas. Quem sabe onde ela foi e o que
estava fazendo. Será que havia drogas envolvidas? Sexo? Crime? Estou perdendo
sono por causa disso. Isso está arruinando minha paz de espírito e minha vida,
etc.”.
Ao reconhecer o quão pessimista meus pensamentos estavam
sendo, eu era capaz de fazer com que os pensamentos se dissipassem por completo
e respirar profundamente dizendo a mim mesmo: “0K. Esse é um dos lados do
problema. Agora é hora de explorar o outro lado”.
Um dos meus truques preferidos para voltar minha mente para
o lado otimista é me fazendo a seguinte pergunta: “Como posso usar isso?”.
Como eu poderia usar aquele incidente para melhorar o
relacionamento com minha filha, e dar mais sentido às minhas regras e
exigências para nós dois?
Comecei a construir meu caso voltado para o otimismo.
Percebi que grandes relacionamentos são construídos por incidentes como esse.
Eles não são construídos por diálogos teóricos — mas, sim, por experiências
difíceis e o que aprendemos e tiramos deles.
Então decidi dirigir um pouco mais e deixar que ela
esperasse lá dentro de casa. Eu tinha certeza de que a essa altura sua irmã já
tinha contado que eu estava procurando por ela, e por isso, nesse momento, ela
é quem estava andando pela casa com ansiedade. Deixe-a transpirar por alguns
minutos, pensei, enquanto continuava a construir meu caso.
Continuei a refletir sobre meu relacionamento no passado com
Stephanie. Um dos grandes aspectos desse relacionamento era a honestidade de
Stephanie. Ela sempre irradiava uma espécie de serenidade calma e confiante com
relação à vida, e era fácil para ela ser honesta com seus próprios sentimentos
e com as outras pessoas.
Sempre que havia
incidentes com outras crianças, professores ou pais envolvidos em algum mal
entendido, eu sempre podia contar com Stephanie para saber a verdade.
Perguntando a ela o que tinha acontecido sempre me poupava muito tempo
desperdiçado.
Conforme eu dirigia pela vizinhança escura também me vi
diante de minhas mais felizes lembranças de quando Stephanie era uma garotinha,
o quanto eu a amava e me sentia orgulhoso dela quando ia assistir aos seus
concertos ou conversar com seus professores.
Eu me lembrei da
época na escola primária quando a deixei constrangida perguntando ao diretor da
escola se ele poderia considerar a idéia de um dia colocar na escola o nome de
minha filha. (Ela tinha acabado de ganhar um prêmio acadêmico qualquer e eu
estava intoxicado de orgulho.)
Finalmente, minha cabeça estava tomada pelo lado otimista.
“Como eu posso usar isso?” me deu a idéia de que este incidente poderia se
tornar algo ainda maior do que era, um novo compromisso um com o outro de
mantermos nossos acordos e confiança um no outro.
Quando finalmente cheguei em casa pude ver que ela estava
assustada. Ela tentou se culpar pelo incidente por não ter um relógio. Queria
que eu aceitasse aquilo; de alguma maneira ela era vítima de todo aquele
incidente.
Eu a ouvi com paciência e depois lhe disse que achava que
aquilo era um pouco mais grave. Conversei com ela sobre nosso relacionamento e
o quanto apreciei sua honestidade durante sua infância. Eu disse a ela que
achava que poderíamos ter perdido tudo aquilo naquela noite. Que teríamos de
achar uma forma de começarmos tudo de novo.
“Isso não é tão grave assim”, ela protestou. Mas eu disse a
ela que achava que aquilo era sim muito grave, porque se tratava de nosso
relacionamento e se nós conseguiríamos ou não manter nossos acordos um com o
outro.
Eu disse a Stephanie que queria que ela pudesse ser sempre
muito feliz, e a única forma pela qual eu poderia fazer aquilo acontecer seria
se conseguíssemos manter nossos acordos um com o outro.
Eu disse a ela como
tinha ficado assustado, o quanto estava bravo e como o fato de ela atrasar-se
tinha prejudicado uma boa noite de sono para mim. Pedi-lhe que tentasse
entender aquilo.
Conversei sobre nossa
vida juntos quando ela era uma garotinha, e a fiz lembrar de como ela era tão
verdadeira o tempo todo. Mencionei alguns incidentes de quando ela teve
problemas e como sempre ia diretamente a ela quando estava procurando pela
verdade, e a conseguia.
Nós conversamos por muito tempo naquela noite, e ela
finalmente entendeu que voltar para casa na hora prometida é realmente “algo
sério”. É na verdade tudo o que importa.
Desde aquele incidente e conversa, Stephanie tem sido
extremamente sensível em cumprir com sua palavra. Se ela sai e promete voltar
numa hora específica, ela leva um relógio ou se certifica de que alguém que
esteja com ela tenha um.
O “incidente” daquela
noite é algo que nenhum de nós irá
jamais esquecer, porque nos deixou clara a idéia de que confiança e cumprir
nossos tratos são realmente importantes. Você pode até dizer que aquilo foi
algo muito bom.
Nós ouvimos tantos incidentes onde coisas ruins acabam sendo
motivo de sorte. Uma pessoa que quebra sua perna esquiando conhece um médico no
hospital, apaixona-se, casa-se, e tem uma vida feliz. Pelo fato de a maioria de
nós ter experimentado certo número desses incidentes, já estamos cientes dessa
dinâmica.
O que parece horrível
acaba sendo algo inesperadamente fantástico. Começamos a ver a verdade no que
Richard Bach diz: “Todo problema carrega um presente consigo”.
Ao decidir fazer uso das coisas aparentemente “ruins”, você
pode ter acesso a esse “presente” muito antes. Ao perguntar-se “Como eu posso
usar isso?”, ou “O que posso tirar de bom disso?”, você poderá desembrulhar o
presente ainda mais rapidamente".
desconheço o autor.
Pesquisado por Dharmadhannya_el.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a Fonte: haja luz para compartilhar para o bem de todos.
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