As
emoções são o resultado da nossa percepção diante das circunstâncias da
vida, sejam positivas ou negativas, sendo que essas últimas quando mal
administradas podem causar desequilíbrios como depressão, stress,
acessos de fúria, síndrome do pânico, etc. Devemos entender porém que a
raiva, o medo e a tristeza são sentimentos naturais do ser humano e na
verdade não devem ser reprimidos, mas observados para percebermos o que
estão tentando nos mostrar. Geralmente esses sentimentos estão ligados a
aspectos da nossa personalidade que precisam vir à tona, serem
compreendidos e trabalhados para que a partir daí possamos agir de forma
mais equilibrada.
Devemos nos observar sempre e nos questionarmos de forma objetiva, numa
postura de receptividade e abertura para as revelações que possivelmente
teremos sobre nós mesmos. O medo, por exemplo, é um sentimento
primitivo ligado ao instinto de sobrevivência, mas também está ligado à
ilusão de separatividade, ao não-reconhecimento da nossa origem divina.
Isso resulta de certa maneira em baixa autoestima, sensação de
desamparo, abandono e fragilidade diante das questões da vida. É preciso
então fazer o resgate da fé no Todo e em si mesmo para trazer de volta o
sentimento de completude interna, tendo como resultado coragem e força
para se ultrapassar limites.
Já a raiva geralmente é o resultado de um xeque-mate em nossas questões
mais íntimas. Por que nos sentimos tão ofendidos e feridos no nosso
orgulho quando alguém nos recrimina? Na verdade, só o ego se sente
ofendido ou magoado, portanto devemos nos questionar quais serão as
razões que podem estar por trás desses sentimentos. Será que não estamos
precisando trabalhar a humildade ou o desapego?
Portanto para lidarmos com as emoções precisamos estar centrados e
serenos, buscando com calma compreender essas lições. Não podemos nos
deixar levar por ondas emotivas e tomarmos atitudes puramente
instintivas. É preciso respirar fundo e serenar a mente tentando
visualizar as questões sob um ângulo impessoal e intuitivo. Assim sendo,
vamos respirar fundo, acalmar o nosso coração e dizer pra nós mesmos
quando estivermos com as “emoções à flor da pele”: Calma... tudo
passa... Vamos deixar que os sentimentos esfriem antes de tomarmos
qualquer decisão. Vamos nos lembrar que é importante diminuir o fluxo
das emoções para que não se transformem em turbilhões incontroláveis.
Portanto é preciso dominar a mente e para isso aconselhamos a meditação
como uma prática sempre muito eficiente para isso. A disciplina mental e
a observação constante do nosso ser através da sua prática, ajuda a
conquistar um estado pacífico, tranquilo e distanciado da situação onde
podemos ter uma noção ampla do que se passa no nosso interior e ao nosso
redor.
Além disso, é importante lembrar que, na verdade, somos seres
conscientes, capazes e inteligentes para lidarmos com situações e
emoções, tomando sempre decisões maduras e sensatas. Não nos esqueçamos
que a paz e a serenidade já existem dentro de nós, precisamos apenas
aprender a acessá-las para vivermos o dia a dia com equilíbrio e
sensatez. Portanto, “muita calma nessa hora”, vamos nos silenciar,
respirar profundamente e meditar para nos conhecermos melhor e lidarmos
com as emoções harmoniosamente.
Namastê,
Márian
Só luz
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