quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A Lenda da Árvore de Natal

Publicado por AlessandraSanan em 12 dezembro 2013 às 14:30 em Sagrado Feminino


"A Lenda da Árvore de Natal":

Os pinheiros sempre foram homenageados pelas nações antigas da Europa.Como são plantas perenifólias (cujas folhas duram o ano todo), eles simbolizam a vegetação que nunca morre e são considerados sagrados para as divindades da natureza, entre elas Pã [1], Ísis e outros deuses.

De acordo com o folclore antigo, o pinheiro nasceu do corpo da ninfa [2] de nome Pitys [3] termo grego para esta árvore); a amada dos deuses Pã e Bóreas [4].

Durante os festivais da primavera, feitos em homenagem à grande deusa da Natureza, os pinheiros eram trazidos para os templos e decorados com violetas perfumadas.

Os antigos povos nórdicos da Europa tinham uma reverência semelhante pelos pinheiros em geral, e faziam uso intenso deles durante os seus festivais. Assim, por exemplo, é bem sabido que os sacerdotes pagãos da antiga nação alemã, quando celebravam a primeira etapa do retorno do Sol para o equinócio da primavera, erguiam em suas mãos galhos de pinheiros altamente ornamentados. Isso aponta para uma forte probabilidade de que o costume agora cristão de iluminar árvores de Natal seja um eco do costume pagão de considerar o pinheiro como símbolo de um festival solar, o precursor do nascimento do Sol.

Faz sentido pensar que a sua adoção e o seu estabelecimento na Alemanha cristã deu a este costume uma nova forma - uma forma até certo ponto cristã. [5]

A partir de então surgiram novas lendas - como sempre acontece - explicando cada uma à sua própria maneira a origem do antigo hábito. Nós conhecemos uma destas lendas, profundamente poética na sua encantadora simplicidade, e que pretende explicar a origem do costume agora universalmente dominante de ornamentar árvores de Natal com velas de cera acesas.

Perto da caverna em que nasceu o Salvador do mundo havia três árvores: um pinheiro, uma oliveira e uma palmeira.

Naquela noite sagrada em que a estrela de Belém apareceu nos céus - a estrela que anunciou ao mundo, depois de tanto sofrimento, o nascimento d’Aquele que traria à humanidade a boa notícia de uma esperança abençoada - toda a natureza celebrou o fato, e conta-se que ela levou até os pés do deus-criança os seus melhores e mais sagrados presentes.

A oliveira que crescia na entrada da caverna de Belém ofereceu, entre outros, os seus frutos dourados. A palmeira deu ao Bebê a sombra verde da sua abóboda como proteção contra o calor e as tempestades. Só o pinheiro nada tinha para oferecer. A pobre árvore mergulhou no desânimo e na dor, tentando inutilmente pensar em um presente para o Cristo-Criança.

Seus galhos se inclinavam tristemente, e a intensa agonia do seu sofrimento fez afinal com que da sua casca e dos seus ramos se derramasse uma torrente de lágrimas quentes e transparentes, cujos pingos grandes, resinosos e pastosos caíam grossos ao seu redor.

Uma estrela, cintilando em silêncio na abóboda celeste, percebeu as suas lágrimas; e, confabulando com suas colegas - um milagre aconteceu.

Hostes de estrelas caíram como em uma grande chuva de luzes sobre o pinheiro, até que começaram a cintilar e já havia uma estrela brilhando em cada ponta de ramo da árvore, desde o alto até a base.

Então, feliz e trêmulo de emoção, o pinheiro orgulhosamente ergueu os seus galhos inclinados e apareceu pela primeira vez diante do mundo surpreso, mostrando um brilho cintilante nunca visto.

Desde aquele momento, conta a lenda, os seres humanos adotaram o hábito de ornamentar pinheiros com grande número de velas acesas na véspera de Natal.

NOTAS (do editor de www.FilosofiaEsoterica.com ) :

*[1] **Pã*: O deus que simboliza a Natureza, na mitologia grega e latina.


*[2] **Ninfa*: na mitologia grega e romana, ninfas são divindades dos rios, bosques, árvores, florestas e campos.


*[3] **Pitys*: Uma ninfa amada pelo deus Pan e transformada em um pinheiro.(Nota de Helena P. Blavatsky)

*[4]* *Bóreas*: deus que personifica o vento norte.


*[5] *Como no caso de muitos outros costumes, e mesmo dogmas religiosos, também tomados de empréstimo e preservados sem qualquer indicação sobre sua origem. Se a fonte é agora confessada, é porque isso não pode mais ser evitado, devido às possibilidades atuais de pesquisa e descobertas. (Nota de Helena P. Blavatsky)

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Reproduzido do texto "*A Lenda da Árvore de Natal*" , de Dr. Kaygorodoff:

http://www.filosofi aesoterica. com

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