Publicado por Fatima dos Anjos em 20 janeiro 2016 às 16:14 em ECOLOGIA INTERIORBack to ECOLOGIA INTERIOR Discussions
“É importante vencer ou fracassar aos olhos dos outros. É importante ter ou não ter saúde, estudar ou não estudar. É importante ser rico ou pobre – certamente isso faz muita diferença na sua vida. Isso tudo tem uma importância relativa na sua vida, mas não absoluta. Existe algo mais importante que todas essas coisas: Encontrar a essência do que você é para além dessa identidade de curta duração, que é uma noção personalizada do “eu”.”
“Você não encontra a paz reorganizando os fatos da sua vida, mas sim descobrindo quem você é no nível mais profundo. A reencarnação não ajuda se na próxima encarnação você continuar sem saber quem é. Você não possui uma vida, você é a vida. Você é a consciência única que permeia todo o universo e assume temporariamente a forma de pedra, folha, animal, pessoa, estrela ou galáxia. No fundo você já sabe disso. Você já é isso”.
“Você precisa de tempo para fazer a maioria das coisas na vida: aprender, construir… Mas o tempo é inútil para a coisa mais valiosa, que é a realização pessoal, o autoconhecimento. Você não pode encontrar a si mesmo no passado nem no futuro. O único lugar onde você pode se encontrar é Agora.”
“Os que buscam uma dimensão espiritual querem a auto-realização ou a iluminação no futuro. Ser uma pessoa que está em busca de algo significa que você precisa do futuro. Se for nisso que você acredita, isso se torna verdade pra você. Precisará de tempo até perceber que não precisa de tempo para ser quem você é.”
“O pensamento e a linguagem criam uma aparente dualidade, como se houvesse uma pessoa e uma consciência separadas. Como se a pessoa tomasse consciência das coisas que sente ou pensa. Isso não existe. Você é a consciência na qual e através da qual todas as coisas existem. Perceba-se como a consciência na qual todo o conteúdo da sua vida se desdobra.”
“Você é a consciência através da qual tudo é conhecido. Você não pode conhecer a si mesmo, porque você é a própria consciência. O “eu” não pode se transformar num objeto de conhecimento, de consciência. E “eu” é a própria consciência.”
“Quando você se torna um objeto de estudo para si mesmo, surge a ilusão do “eu” autocentrado, porque você fez de si mesmo um objeto. “Este sou eu”, você diz. A partir dessa afirmação você passa a ter uma relação com você mesmo e a contar para os outros, e pra si mesmo, a sua história.”
“Quando você percebe que é a consciência na qual a vida externa acontece, você se torna independente do que existe externamente e perde a necessidade de buscar sua identidade nos fatos, lugares e situações. As coisas que acontecem e deixam de acontecer perdem a importância, perdem peso e gravidade. Sua vida passa a ter outra graça e leveza. O mundo passa a ser visto como uma dança de formas, só isso.”
“Quando você sabe quem realmente é, tem uma enorme e intensa sensação de paz. Essa sensação pode ser chamada alegria, porque a alegria é isso: Uma vibrante e intensa paz. É a alegria de saber que o seu ser é a própria essência da vida antes de ela assumir uma forma. Você se reconhece em todas as coisas. É um estado de total clareza de percepção. Você deixa de ser alguém com um passado pesado de experiências e condicionamentos através do qual todas as coisas são interpretadas.”
“Como a água, a consciência pode ser considerada sólida como matéria, líquida como mente ou sem qualquer forma como consciência pura. Através de “você” a consciência sem forma torna-se consciente de si mesma.”
Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Sextante
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