Estudando os Evangelhos: A CEIFA DA SEMEADURA
Pai Antônio de Aruanda – ESPÍRITO
Júlia H. Alcântara - MÉDIUM
A
humanidade continua sua caminhada em direção ao futuro. Sendo a
semeadura livre mas a colheita obrigatória, o bem ou o mal são
consequências de toda ação humana, seja no individual ou no coletivo.
As
pessoas se horrorizam quando acontece uma catástrofe, ou quando pessoas
aparentemente inocentes passam por sofrimentos que parecem injustos.
Não podemos ignorar que a justiça divina é absoluta perfeição. A
colheita do hoje é a semeadura que aconteceu no ontem, desta ou de
outras encarnações.
Quando
o mal é coletivo foram faltas graves cometidas em gerações passadas.
Temos conhecimento que os espíritos reencarnam seguidas vezes dentro de
um grupo ou local, até que não mais tenham erros a reparar naquela
comunidade. Assim, uma comunidade expurga faltas que cometeu em outra
época, mas que constam na contabilidade espiritual porque não foram
reparadas com atos benéficos a favor dos prejudicados.
O
tempo para o encarnado é medido de forma diferente porque avalia só o
que recorda. No entanto não é assim. Sendo o espírito milenar, com
várias encarnações e outras experiências no mundo espiritual como
espírito errante, todo esse tempo pertence ao espírito ou à comunidade
da qual ele faz parte. A vida do espírito começa como criatura primitiva
até à sua libertação do mal atingindo o patamar de espírito puro. No
decorrer da caminhada, cuja duração depende de suas escolhas boas ou
más, ele vive muitas experiências, porque para libertar-se das
consequências de seus atos, quando encarnado ou desencarnado, o espírito
terá que aprender a desenvolver o conhecimento e o amor por Deus e pelo
próximo.
“Não
erreis; Deus não se deixa escarnecer”; alertou o profeta Paulo. Deus é
amor, compaixão, mas também justiça. Ele nos premia ou castiga na medida
do nosso merecimento. Quanto mais nos esforçamos para melhorar a nós
mesmos, mais ajuda recebemos, porque Sua justiça é cheia de compaixão.
Mas ninguém engana, escarnece nem trapaceia, podemos até enganar ao
próximo, mas jamais ao Criador.
É
mais inteligente agir corretamente, dentro da lei moral e eterna do
Senhor. Já nascemos com a consciência do bem e do mal e sabemos que o
erro prejudica mais ao ofensor que ao ofendido. O mal a nós retorna
nessa ou em outra vida. Ou após desencarnarmos, o que é pior.
Jesus
nos alertou que quem pratica o bem tem a luz em si e o que vive no
pecado tem as trevas espirituais. Por isso os videntes descrevem
espíritos iluminados e outros feios, escuros, até deformados. É a lei de
atração da luz ou das trevas, da vida ou da morte.
Muito
se fala na Lei do Retorno ou Lei de Causa e Efeito. Há milênios a
humanidade conhece a Lei do Carma, como é conhecida na Índia. E todos
que estudam essa lei sabem que não é só o mal praticado que retorna, mas
o bem também retorna. Na hora certa, no dia que Deus determinar como
mais conveniente, em forma de bênçãos ou punições. Individual ou
coletivamente colheremos o que semeamos ao longo da caminhada.
Nos
ensinamentos evangélicos Jesus recomendou que pratiquemos o bem com
discrição, anonimamente, “que a sua mão direita não saiba o que fez a
sua mão esquerda”. Essa prática torna-se natural, nos eleva e nos torna
merecedores da graça divina. Quem pratica o bem como forma de angariar
vantagens, seja qual for, não se torna merecedor, porque já recebeu sua
recompensa.
O
que faz o bem por amor, doando natural e fraternalmente, imita Jesus
que fez do amor um sentimento espontâneo. O espírito que ama como Cristo
pratica o bem porque sente-se feliz em agir assim. Amar como Jesus amou
é viver o amor de forma espontânea, saindo da condição de bruto e
insensível para ver em cada criatura uma extensão de si mesmo e um filho
ou filha de Deus.
Merecedor de respeito e reverência. NAMASTÊ!
Nenhum comentário:
Postar um comentário