sábado, 8 de dezembro de 2012

A Ceifa da semeadura

Estudando os Evangelhos: A CEIFA DA SEMEADURA
Pai Antônio de Aruanda – ESPÍRITO
Júlia H. Alcântara - MÉDIUM
A humanidade continua sua caminhada em direção ao futuro. Sendo a semeadura livre mas a colheita obrigatória, o bem ou o mal são consequências de toda ação humana, seja no individual ou no coletivo.
As pessoas se horrorizam quando acontece uma catástrofe, ou quando pessoas aparentemente inocentes passam por sofrimentos que parecem injustos. Não podemos ignorar que a justiça divina é absoluta perfeição. A colheita do hoje é a semeadura que aconteceu no ontem, desta ou de outras encarnações.
Quando o mal é coletivo foram faltas graves cometidas em gerações passadas. Temos conhecimento que os espíritos reencarnam seguidas vezes dentro de um grupo ou local, até que não mais tenham erros a reparar naquela comunidade. Assim, uma comunidade expurga faltas que cometeu em outra época, mas que constam na contabilidade espiritual porque não foram reparadas com atos benéficos a favor dos prejudicados.
O tempo para o encarnado é medido de forma diferente porque avalia só o que recorda. No entanto não é assim. Sendo o espírito milenar, com várias encarnações e outras experiências no mundo espiritual como espírito errante, todo esse tempo pertence ao espírito ou à comunidade da qual ele faz parte. A vida do espírito começa como criatura primitiva até à sua libertação do mal atingindo o patamar de espírito puro. No decorrer da caminhada, cuja duração depende de suas escolhas boas ou más, ele vive muitas experiências, porque para libertar-se das consequências de seus atos, quando encarnado ou desencarnado, o espírito terá que aprender a desenvolver o conhecimento e o amor por Deus e pelo próximo.
“Não erreis; Deus não se deixa escarnecer”; alertou o profeta Paulo. Deus é amor, compaixão, mas também justiça. Ele nos premia ou castiga na medida do nosso merecimento. Quanto mais nos esforçamos para melhorar a nós mesmos, mais ajuda recebemos, porque Sua justiça é cheia de compaixão. Mas ninguém engana, escarnece nem trapaceia, podemos até enganar ao próximo, mas jamais ao Criador.
É mais inteligente agir corretamente, dentro da lei moral e eterna do Senhor. Já nascemos com a consciência do bem e do mal e sabemos que o erro prejudica mais ao ofensor que ao ofendido. O mal a nós retorna nessa ou em outra vida. Ou após desencarnarmos, o que é pior.
Jesus nos alertou que quem pratica o bem tem a luz em si e o que vive no pecado tem as trevas espirituais. Por isso os videntes descrevem espíritos iluminados e outros feios, escuros, até deformados. É a lei de atração da luz ou das trevas, da vida ou da morte.
Muito se fala na Lei do Retorno ou Lei de Causa e Efeito. Há milênios a humanidade conhece a Lei do Carma, como é conhecida na Índia. E todos que estudam essa lei sabem que não é só o mal praticado que retorna, mas o bem também retorna. Na hora certa, no dia que Deus determinar como mais conveniente, em forma de bênçãos ou punições. Individual ou coletivamente colheremos o que semeamos ao longo da caminhada.
Nos ensinamentos evangélicos Jesus recomendou que pratiquemos o bem com discrição, anonimamente, “que a sua mão direita não saiba o que fez a sua mão esquerda”. Essa prática torna-se natural, nos eleva e nos torna merecedores da graça divina. Quem pratica o bem como forma de angariar vantagens, seja qual for, não se torna merecedor, porque já recebeu sua recompensa.
O que faz o bem por amor, doando natural e fraternalmente, imita Jesus que fez do amor um sentimento espontâneo. O espírito que ama como Cristo pratica o bem porque sente-se feliz em agir assim. Amar como Jesus amou é viver o amor de forma espontânea, saindo da condição de bruto e insensível para ver em cada criatura uma extensão de si mesmo e um filho ou filha de Deus.
Merecedor de respeito e reverência. NAMASTÊ!

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