Todos nós possuímos uma grande força dentro de nós que
denominamos vontade. Essa força está em todos, pois é inerente ao ser humano; é
a mola propulsora para construirmos nossas vidas. Sua origem é espiritual e
transcendental, pois é comumente identificada como a força suprema do Universo
em nós.
Sem a força da vontade não fazemos nada, não enfrentamos nem
superamos obstáculos, não transformamos nada. É através do uso dessa energia
que desenvolvemos cada vez mais nosso querer, nossa determinação e capacidade
de nos transformar em causadores de realidades. Ela brota a partir de um
impulso de nossa consciência quando temos claro o objetivo que queremos
atingir.
Tenha bem claro um sério conceito: vontade e consciência só
são conhecidas quando experimentadas, ou seja, quando usamos nossa vontade,
devemos estar absolutamente conscientes do que queremos e dos meios que
utilizaremos para alcançar nossos objetivos.
No entanto, essa força possui alguns consideráveis inimigos,
que não devemos negligenciar de maneira alguma. São sabotadores eficazes e
criados inconscientemente para nos paralisar. Se deixarmos que assumam o
comando e a supremacia em nossas vidas, certamente a energia da força de
vontade não terá espaço suficiente para se manifestar. Esses inimigos são a
indecisão e o medo.
A indecisão
A incapacidade de escolha muitas vezes é criada por nós para
nos impedir de darmos os passos necessários ao nosso crescimento. Possuímos muitos
sabotadores, mas a indecisão, juntamente com o medo, são especiais e os mais
comuns na vida de todos nós.
Acredito que exista certa fantasia ou imaturidade quando
estamos diante da necessidade de escolha. Precisamos entender que sempre que
escolhemos algo, perdemos algo também. Por isso é tão difícil escolher. Devemos
saber que esse é o único caminho possível para realizarmos nossos sonhos, atingirmos
nossas metas.
Para que a vontade seja forte, inevitavelmente uma das
alternativas deve ser descartada. Você deve escolher apenas uma e renunciar a
outra, ou outras alternativas. A energia da vontade é intensa e dinâmica e nada
tem a ver com o desejo. É um poder que se abriga na consciência e nos estimula
à ação.
E é exatamente nisso que ela se diferencia do desejo. O
desejo é quase sempre passivo em sua manifestação, muitas vezes contemplativo e
se encontra muito distante da consciência.
O medo
Já o medo pode manifestar-se de várias maneiras: também
através da dúvida, o medo de sofrer, de fazer a escolha errada, o medo de ficar
sozinho, de enlouquecer, de fazer alguém sofrer, e tantos outros medos que
todos nós já sentimos e conhecemos.
Muitas vezes, quando nos tornamos conscientes desse medo
conseguimos, através do desenvolvimento de nossa consciência, do amor e da
força da vontade, superá-lo. A partir de sua superação muitos sentimentos até
então camuflados por ele manifestam-se e começam a fazer parte de nossas vidas.
Aprendemos então o amor, a paciência e a tolerância, a calma e a serenidade, a
confiança e a fé.
No entanto, existem alguns medos mais profundos que
necessitam da intervenção e ajuda exterior para facilitar e promover sua conscientização
e consequente superação.
Há o medo positivo, que é um estado afetivo relacionado à
consciência que temos do perigo. Pode ser bom sentir medo quando existe um
perigo real e nos utilizamos dele para nos proteger. No entanto, muitas vezes
permitimos que ele nos paralise e nos atrapalhe na construção de nosso caminho.
Por esse motivo devemos torná-lo o mais consciente possível, pois não podemos
transformar aquilo que não conhecemos.
Lembre-se do princípio da polaridade: Tudo é duplo; tudo tem
dois pólos; tudo tem seu par de opostos; o semelhante e o dessemelhante são uma
só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os
extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos
podem ser reconciliados."
Pare e reflita profundamente durante o maior tempo que puder
sobre esse princípio. Ele pode ser inteiramente transformador e criador de
importantes insights. Quando aplicado em sua vida, pode promover grandes
mudanças.
No entanto, nenhuma mudança é feita sem um trabalho
consciente e persistente de nossa parte.
Por Eunice Ferrari (vidaeestilo.com.br)
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