sábado, 1 de dezembro de 2012

Introdução ao Reiki


Por toda a história, a humanidade freqüentemente se voltou para a espiritualidade em épocas de angústia. Agora, a ponto de destruir completamente este belo jardim, muitas pessoas estão se voltando para ações mais elevadas em busca de orientação, e algumas estão se voltando para dentro de si mesmas. Há muitas maneiras de apontar a flecha da consciência na direção do seu próprio centro, e o Reiki é apenas uma delas. É um sistema de auto-ajuda perfeito, que se ajusta àquele que o usa e não requer intermediários, independentemente de você ser um iniciante no mundo espiritual, um intelectual calejado, um estudante de yoga que enfatiza o corpo, uma dona de casa ou um devoto. 

Ele nos coloca de novo em contato com a energia vital há muito esquecida, mas que a tudo permeia, e nos ensina como amar a nós mesmos novamente. Ajuda-nos a cruzar o vão aberto pelo homem entre nossos semelhantes humanos e a natureza. Para que assim possamos viver de novo em harmonia. Para alguns, o Reiki é uma das muitas formas de atividades físicas; para outros, é uma arte de cura alternativa da Nova Era, e para outros ainda, uma técnica de meditação. Tudo depende do ponto de vista do praticante.

Em todo o mundo, agentes de cura trabalham com energia vital, o que pode ser comparado a uma família com muitos membros. Toda forma de energia vital tem sua própria "individualidade", suas próprias características, mas são todas feitas do mesmo material fundamental. Chamado de prana na Índia, de élan vital na Europa, de chi na China, de orgone por W. Reich e de ki no Japão (só para mencionar alguns dos seus nomes), o Reiki é a energia que a tudo permeia, seja sensível ou insensível. Está sempre mudando, mas é sempre o mesmo. Aos olhos do Reiki, tudo é vivo e, portanto, digno de respeito: das pedras do seu jardim às mãos do ser amado nas suas...

De acordo com as filosofias indiana, tibetana e chinesa, e também, agora, de acordo com a ciência moderna, estamos cercados por um universo incrivelmente vivo, feito de energia. Os cientistas demonstraram recentemente que aquilo que se costumava pensar como sendo matéria “sólida” são, de fato, partículas de energia que se movem rapidamente. A solidez é uma ilusão causada pela limitação da nossa percepção. Tudo é energia e, portanto, vivo e receptivo à energia.
 Mesmo que estejamos flutuando nesse lago de energia restauradora, doadora de vida, 24 horas por dia, esquecemos da sua presença e não podemos mais compreender seus efeitos positivos na nossa saúde física e psicológica. Talvez seja mais fácil descrever o Reiki afirmando o que ele não é: não é nem seu nem meu; nem velho nem jovem; nem bom nem ruim.

O Reiki é a evolução cósmica e é o útero que nos cerca. A iniciação do Reiki não transforma necessariamente você num agente de cura, num rico homem de negócios, ou num ser iluminado. Simplesmente, faz emergir o melhor que ha em você, intensifica suas capacidades e mostra a você quais partes da sua vida ainda não foram integradas.
O Reiki também revela o caminho da descontração, tão importante na nossa vida atribulada. Sem isso, esquecemos o quanto cada momento da nossa efêmera existência é realmente precioso. 

Tecnicamente falando, o Reiki é um dos muitos métodos que fazem parte da família chinesa do Qigong, e que são usados para ativar, harmonizar e religar o eu com a energia universal. Ele tem suas raízes no antigo budismo/xintoísmo, mas difere das correntes mais comuns num ponto central: a energia é transferida ou disponibilizada ao estudante pela iniciação e não por longos anos de prática. Poderíamos chamá-lo do Qigong do preguiçoso.

Qualquer pessoa pode se tornar um canal de Reiki em questão de um ou dois dias. Nenhuma habilidade, nem preparações especiais, nem estágios são necessários. É a sua herança natural. Uma vez iniciada no Reiki, a pessoa toma-se um canal de Reiki por toda a vida, mesmo que não seja colocado em uso. É claro que a prática diária aprofunda a compreensão da energia vital universal, e também ajuda a se tornar um canal límpido para ela. Não há filosofia ou religião ligada a ela.
É pura energia! O tratamento com o Reiki é seguro em qualquer situação, independentemente da doença ou do mal-estar, mas não substitui o cuidado médico. O Reiki pode ser facilmente combinado com a medicina ortodoxa, bem como com outros métodos alternativos de cura e de relaxamento. Já é hora dos métodos de cura ortodoxos e alternativos trabalharem lado a lado, em vez de competirem entre si.

O sistema Reiki é dividido em três ou, em alguns casos, quatro graus que são como módulos para construção. Uma pessoa não tem de completar todo o currículo. De fato, muitas pessoas, no mundo inteiro, aprenderam apenas o primeiro ou os dois primeiros graus. Entretanto, a seqüência dos graus tem de ser seguida. Cada grau é completo em si mesmo.
Compreender o Reiki na sua totalidade é um processo sem fim. Ler um livro ou dois e reunir informações não é o suficiente. O Reiki não pode ser descrito convenientemente, nem seus efeitos em você podem ser determinados por um manual. Enquanto viver, porém, você terá crescimento pessoal continuo. A melhor coisa a fazer é seguir com o fluxo e crer que a própria vida derramará suas bênçãos sobre você. O resto é o mistério pessoal de cada pessoa.

Quando Falo sobre “energia” e metafísica, abstenho-me propositadamente de tentar explicar cientificamente o inexplicável. A tentativa de desmistificar cientificamente é apenas outro truque da (minúscula) parte racional da nossa mente para continuar a manter sua supremacia como única governante da nossa vida. A existência é e continua sendo um mistério eterno, e deve ser celebrada nesses termos.

Livro: O Fogo do Reiki – Frank A. Petter

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