Tudo na Vida Obedece à Lei dos Ciclos e da Periodicidade
Pergunta:
Podemos aplicar a Lei dos Ciclos ao processo de formação e ruptura de hábitos pessoais?
Resposta:
A doutrina dos ciclos se aplica a tudo. Não há uma só
impressão de qualquer tipo que tenhamos que não vá retornar: inclusive
cada pensamento que temos e cada ação que fazemos. Estamos o tempo todo
passando por ciclos regulares. São ciclos auto-estabelecidos.
O jeito de corrigir hábitos é reconhecer que os
pensamentos errados irão retornar, e que mesmo os pensamentos que não
são bem-vindos retornam obrigatoriamente devido à lei. Por isso,
estabeleça um pensamento oposto – ou um sentimento oposto, ou
comece uma ação na direção oposta. Continue fazendo isso da melhor
maneira que puder, e finalmente você vai destruir o velho ciclo e
estabelecer outro, novo.
Há pessoas que sentem tristeza – que têm os seus dias
de desânimo. William Judge disse certa vez: “Sinto outras coisas, mas
nunca tenho tristeza.” A maior parte das pessoas, no entanto, tem tais
momentos. O desânimo vem e parece tomar conta por completo da pessoa.
Mas isso pode ser curado, se o indivíduo aproveitar a oportunidade para
criar um outro ciclo diferente. Ele deve reparar no fato de que a
“tristeza” vem em certo período; que normalmente há um certo intervalo
entre os períodos de tristeza, e, sabendo que eles virão, deve
preparar-se para eles. Assim, ele começa a pensar no dia mais feliz, ou
no momento mais feliz, ou no relacionamento mais feliz que já teve, e
permanece ligado àquela felicidade da melhor maneira possível. Não terá
êxito na primeira vez, nem mesmo na segunda, talvez; mas se continuar
tentando, a cada vez ele reencontrará toda a força colocada nos
esforços anteriores, até que gradualmente, ao invés de um período de
desânimo, ele passará a ter um período de felicidade.
Deste modo, é observando o retorno das impressões mentais que podemos corrigir os hábitos.
Hábitos de qualquer espécie são criados por repetição.
Na primeira vez que fazemos algo, ainda não há um hábito; mas se
repetirmos a ação, e continuarmos repetindo, ela finalmente se
tornará automática. Com o conhecimento da lei dos ciclos, os hábitos
ficam dentro dos limites do nosso controle inteligente. (R.C.)
Traduzido da revista “Theosophy”, de Los Angeles, edição de junho de 1932, p. 358. Título original: “Cycles of Habits”.
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