É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?
A
passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles
possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja
execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a
atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da
inteligência.
Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo
igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o
mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir
e a liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência,
uma injustiça.
Mas, a encarnação, para os Espíritos, é um estado
transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida,
como primeira experiência do uso que farão do livre arbítrio. Os que
desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos
penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto
de seus labores.
Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus
lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que
demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da
reencarnação e é quando se torna um castigo – S.Luis (Paris, 1859).
Livro: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
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